vinhos

 

 

Hugh Johnson esclarece que os vinhos da comuna de Pomerol são famosos por  “seu estilo cheio, rico, untuoso dominados pela Merlot. Entre os châteaux de primeira linha estão La Conseillante, Leglise Clinet, Levangile, Lafleur, Lafleur-Petrus, Pétrus, Lê Pin, Trotanoy, Vieux-Ch-Certan.  No solo predomina somente argila, cascalho e areia. Não há calcário”.

 

Pois bem. Os dois vinhos a seguir descritos ostentam nos respectivos rótulos a classificação “Appelation Pomerol Contrôlée” e nada mais. Ei-los: Chateau Nenin 1997 (13% álcool) e Château La Pointe 2000 (12,5% álcool). Como sobredito a Merlot participa majoritariamente na composição dos dois vinhos.

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O primeiro é o Château Nenin 1997.

Desde 1997 este Château está sob a direção da família Dellon, proprietária do Chateau Léoville-las-Cases, de Saint Julién, no Médoc. Desde então, por força de pesados investimentos, vem produzindo vinhos mais concentrados, ideais para serem guardados por longos períodos, o que corrobora a alegada recuperação de sua qualidade e prestígio. Para essa safra Robert Parker lhe deu 87-89 pts.

 

Degustação –

Preço: R$ 520 (safra 2005) – Grand Cru e US$ 189,00 (safra 1998) – Mistral

Rubi violáceo profundo com halo de evolução. Amplo no olfato, apresentou um verdadeiro buquê de aromas nos quais sugestões de ameixas, cerejas e pimenta são os destaques. Toques florais e um leve defumado. Na boca um vinho que tem nervo e taninos em profusão. Cheio, rico e concentrado. Pronto para ser degustado, a firmeza de sua estrutura lhe permite envelhecer por mais algum tempo, eis que se a safra de 1997 não foi das melhores, também não foi das piores, talvez uma safra mediana que ainda possibilite alguma evolução na garrafa. Avaliação: 90/100 pts.+ 

 

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O segundo é o Château La Pointe 2000.

Pouco se sabe com exatidão sobre sua história. É uma propriedade de 21 hectares que no começo do século XIX pertenceu à respeitada família Chaperon, de Libourne, sudoeste do Pomerol. Na atualidade está sob controle do Château La Serre, conhecido Grand Cru Classé de Saint-Émilion.  A safra 2000 recebeu 91/100 pts. da Wine Spectator e é apontada como espetacular para Bordeaux (vinhos ricos, notáveis e longevos). Por fim, esse château é reconhecido por produzir vinhos que se destacam por sua linda cor, aromas elegantes e sutileza no palato.

 

Degustação – 

Preço: R$ 380,00 (Casa do Vinho de Belo Horizonte)

Rubi escuro intenso e profundo com discreto halo de evolução. Nariz espetacular com fruta madura (ameixas, amoras e cerejas), tabaco, caixa de charutos, defumado, cedro e notas mentoladas. Boca a subscrever o nariz, com taninos polidos de excelente textura, corpo ligeiro, acidez delicada, perfeito entrosamento da fruta com a madeira. Um vinho de muita classe, elegância e que esbanja tipicidade. Termina tão suave quanto começou. Mostrou-se jovem. Vai evoluir lentamente na garrafa nos próximos anos. Recomenda-se decantar. Avaliação: 91/100 pts.++     

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