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Sobre o apresentante: Georges Plaskocinski conduziu o evento com serenidade, intercalando a exibição em Power Point com a degustação dos vinhos. Simpático, respondeu indagações acerca da produção dos vinhos, passagem por madeira, etc.

 

Também concedeu substancial desconto de 25% sobre os valores de tabela e prometeu uma nova degustação para novembro, desta vez com os Champagnes Angel Dust – Michel Gonet.

 

Sobre a degustação: de fato os vinhos produzidos no Noroeste da Argentina agradaram. Diretos, com fruta limpa e madeira dentro do aceitável. Taninos macios, acidez balanceada e principalmente tipicidade. Na ala dos mendocinos, o destaque ficou por conta do Bonarda, macio, redondo, frutado e fácil de beber. Por ter perfil moderno se distanciou de outros bonardas platinos, normalmente rústicos e com alguma aspereza. Uma boa escolha por preço razoável. 

 

 A seguir a relação dos vinhos degustados por este redator e pelos degustadores José Luiz G. Pagliari, Paulo Guerra, Gilberto Medeiros e Rodrigo Mammana, cujas médias das notas seguem abaixo:

 

 

LAS PIEDRAS ROSÉ

Origem: Argentina – região: Mendoza – safra: 2008 – álcool: 12,7% uva: malbec – preço: R$ 38,00 (vendido com desconto por R$ 29,00) – Cor salmão límpido, brilhante e intenso. Nariz frutado a evocar notas cítricas – tangerina/toranja. Na boca bom frescor, acidez picante, corpo magro com baixa persistência. Termina com um discreto amargor. Vinho simples, festivo e fácil de beber. Bom para aperitivos. Nota: 82/100 pts.

 

 

DON DIEGO CELSIUS – ORGÂNICO

Origem: Argentina – região: Fiambalá/Catamarca – safra: 2008 – álcool: 13,9% – uvas: Syrah (60%), Cabernet Sauvignon (30%) e Malbec (10%) – preço: R$ 34,00 (vendido com desconto por R$ 26,00) Rubi violáceo intenso com alguma profundidade. Nariz herbáceo com pitadas de condimentos (pimenta, cardamomo, etc), ligeiro esfumaçado e leve sobra de álcool. Boca tânica (boa qualidade), alguma mineralidade, boa concentração de sabor com razoável presença de fruta madura, acidez balanceada e final limpo sem adstringência. Boa persistência. Fácil de beber, agradou porque é um vinho sem arestas e sem pretensões. Beber já ou até o fim de 2010. Atraente relação preço-qualidade. Nota: 86/100 pts.

 

DOLCE STEFANIA BONARDA

Origem: Argentina – região: Mendoza – safra: 2007 – álcool: 13% – uva: Bonarda – preço:

R$ 40 (vendido com desconto por R$ 30) – Vermelho-rubi intenso com reflexos violáceos. Nariz complexo com sugestões de alcaçuz, ameixa madura, ligeiro tostado e uma leve notinha de frutas vermelhas. Boca que subscreve o nariz com taninos de qualidade superior à média dos bonardas, corpo bom, bastante frutado, macio e redondo. Ótima tipicidade. Termina levemente adocicado, sem rusticidade e devido a sua boa acidez mostrou aptidão gastronômica. Prazeroso, seu perfil é superior à maioria dos bonardas encontrados nos supermercados. Possui um rótulo bonito que lembra alguns vinhos italianos. Além de suas qualidades intrísecas, destaca-se no quesito preço-qualidade. À conferir. Nota: 87/100 pts.

 

 

 

 

 

DON DIEGO CABERNET SAUVIGNON ROBLE – ORGÂNICO

Origem: Argentina – região: Fiambalá/Catamarca – safra: 2007 – álcool: 14,5% – preço: R$ 48,00 (vendido por R$ 36) – Apresentou muito boa tipicidade da casta no noroeste da Argentina e de certa forma surpreendeu por isso. Cor rubi intenso, profundo com brilho e intensidade. Boa expressão aromática com notas mentoladas, tabaco, groselha sobre um fundo madeirado e crocante. Pronto para o copo, na boca se destacou por conta de seu frescor, taninos firmes e de grande personalidade. Denso, rugoso, largo, com acidez correta e sem a super concentração de alguns vinhos modernos, tem álcool elevado porém integrado. A madeira está bem colocada (seis meses em barricas francesas e americanas) e lhe dá boa complexidade. Com o tempo deverá arredondar-se ainda mais. Muito boa concentração de sabor sem aspereza ou amargor, apenas um leve travo herbáceo característico da casta no Novo Mundo. Deve crescer à mesa, principalmente com chivito asado ou queijos de ovelha.  Ótima relação preço-qualidade. Obteve **** Austral Spectator 2009. À conferir. Vai evoluir bem na garrafa nos próximos 2/3 anos. Guloso, seu perfil é distinto dos cabernets de Mendoza, vale à pena experimentar. Nota: 88/100 pts.   

 

 

 

DON DIEGO SYRAH RESERVA – ORGÂNICO NÃO FILTRADO

Origem: Argentina – região: Fiambalá/Catamarca – safra: 2007 – álcool: 14,5% – preço: R$ 54,00 (vendido com desconto por R$ 41) – Com produção reduzida (apenas 7.200 garrafas), este syrah de Catamarca tem cor idêntica à do vinho anterior. No olfato sugestões tostadas secundadas por marmelada, mentol e toques de resina. Depois de algum tempo um toque selvagem (a lembrar estrebaria) que se repetiu no palato picante, estruturado, de taninos potentes, doces e de boa qualidade.  Acidez mediana e álcool elevado sem perturbar o conjunto. Sabor concentrado, profundo, intenso com fruta madura e uma nota tostada (madeira). Termina com uma pitada de especiarias. Para preservar aromas e sabores não foi filtrado. Apresenta condições de evolução na garrafa. Por força de sua estrutura sólida deve compatibilizar com empanadas picantes. À exemplo da amostra anterior o seu preço também não se afigura exagerado. Obteve **** Austral Spectator 2009 e foi mencionado no Guia Descorchados 2009: entre os 10 syrah argentinos. Amadureceu um ano em barricas americanas e francesas. Também apresenta algum potencial de guarda e mostrou boa tipicidade da casta no Noroeste da Argentina. Nota: 87/100 pts.

 

 

 

NAIARA MALBEC RESERVA

Origem: Argentina – região: Mendoza – safra: 2006 – álcool: 13,8% – preço: R$ 64,00 – (vendido com desconto por R$ 48,00) – Rubi violáceo intenso, profundo e sem halo de evolução. Nariz unidimensional com ligeiro mentolado. Na boca a sua entrada é forte e revela um vinho estruturado, de taninos secantes, álcool em evidência e acidez baixa. A madeira está presente e encobre a fruta. No palato, apresenta e intenso do que no olfato. Termina adstringente e por ter sido produzido numa safra considerada das melhores na Argentina nos últimos anos (2006), poderá apresentar boa evolução na garrafa nos próximos meses/anos. Deve melhorar com comida. Nota: 83/100 pts.

 

 

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