Crédito da imagem supra: pepitabuena.blogspot.com
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Foto acima:  Vale de Calchaquíes – Salta

A Provincia de Catamarca está localizada no noroeste da Argentina e possui cerca de 300.000 habitantes. Faz divisa ao norte com Salta, ao nordeste com Tucumán, ao leste com Santiago del Estero, ao sudoeste com La Rioja, ao sul com Córdoba e ao oeste com Chile. A capital é San Fernando do Vale de Catamarca (1.121 km de Buenos Aires), que tem vôos diretos para a capital Argentina. Sua gastronomia é rica e pode ser provada na capital provincial e nos diferentes povoados. Há a possibilidade de organizar visitas a estabelecimentos para o aprendizado do processo de elaboração de doces, queijos de cabra, óleos e principalmente vinhos, porque é uma provincia historicamente produtora de vinhos de mesa, eis que conta com 2.200 hectares de vinhedos. Hoje em dia, todas as esperanças estão postas no Vale de Fiambalá, onde se trabalha seriamente no cultivo de diversas castas nobres com destaque para Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. A Malbec e a Bonarda também são cultivadas mas de acordo com a crítica especializada os melhores resultados são alcançados com a Syrah e a Cabernet Sauvignon, as quais produzem vinhos frutados e sedutores. Com as brancas Torrontés Riojano, Moscatel e Chardonnay, também são alcançados bons resultados.

 

A diversidade de microclimas que caracteriza o território catamarquenho permite o desenvolvimento de uma ampla gama de atividades ligadas à agricultura. A zona vitícola está conformada por duas regiões. Uma voltada para Santa Maria, limite sul do Vale de Calchaquíes. A outra é reconhecida por seu sucesso na produção de vinhos finos e está localizada em Tinogasta, Vale de Fiambalá, responsável por 80% da produção. Há vinhedos plantados a 1.700 metros de altitude, no leste, de solo arenoso argiloso-pedregoso a cerca de 200 km da fronteira com o Chile, com o cultivo de 400 ha de uvas nobres. A  Província de Catamarca integra a região semi-árida da Argentina e suas temperaturas médias anuais são de 20°C no leste e centro, embora se registrem marcas de até 45º C no verão. O clima continental temperado de extraordinária sanidade para as uvas e a amplitude térmica de cerca de 18ºC,  concorrem positivamente para o cultivo de castas nobres, como salientado no início deste texto. Os vinhos são produzidos com a Indicação de Procedência (IP) Catamarca, Denominação de Origem (DO) Vale de Fiambalá.  

 

Importante registrar que Catamarca incorporou-se recentemente como membro ativo ao diretório da Corporação Vitivinícola Argentina (COVIAR), que estuda estratégias para impulsionar a vitivinicultura da Argentina.

 

Nesse contexto, verificamos a existência da Finca Don Diego, estabelecida na Ruta nº 60 – Vale de Fiambalá (1.505 metros de altitude) – turismo@fincadondiego.com, de propriedade da família Centurión, que produz vinhos bastante conhecidos no mercado interno argentino e exportados com êxito para diversos países.

 

A linha de produtos disponíveis no Brasil são: Don Diego Celsius, Don Diego Cabernet Sauvignon Roble e Don Diego Syrah Reserva. Todos são orgânicos e já obtiveram as seguintes premiações: dupla medalha de prata “Vinadino”, Argentina 2005. Menção honrosa na Vinitaly, Verona, Itália 2003 e 2004. 1º. Prêmio duplo ouro, Catamarca, Argentina 2003, medalha de bronze Prodexpo, Moscou, Rússia, 2003 e Wine of Year WAWWJ, Argentina 2002.

 

Por fim, ressalto que a representação desses vinhos no Brasil está à cargo da Importadora Boutique SPGOURMET – Vinhos e Champagnes, com sede nesta capital sito à Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 302 – Vila Nova Conceição, telefone 3375 9576, www.saopaulogourmet.com.br, na pessoa dos sócios diretores Georges Plaskocinski e Hugo Belloc.

 

A seguir a relação dos vinhos degustados (ordem de serviço) na noite de 06.10.2009 – por este redator, por Georges Plaskocinski e pelos experientes degustadores Clóvis Pavan, José Luiz Garaldi, Paulo Guerra, Lucas Garaldi, Roberto Ventura, Rodrigo Santos e Waldir Gandolfi, aos quais externo o meu sincero agradecimento e também ao competente sommelier Mauro Torquato, do Restaurante “Ráscal”, da Shopping Villa Lobos, Capital – SP.

 

Don Diego Torrontés – Orgânico

Origem: Argentina – região: Fiambalá/Catamarca – safra: 2009 – álcool: 13% – preço estimado: R$ 45,00 – palha claro quase translúcido. Perfil aromático típico da casta que faz parte da família das terpênicas (aromáticas). A torrontés encontra sua verdadeira expressão no Noroeste da Argentina. O clone utilizado é juanino. Sugestões florais (jasmim e rosas), lichia e vegetais (grama cortada), com algum ímpeto. Boca equilibrada e harmoniosa, muito boa acidez que se traduz no frescor jovem e vibrante. Média concentração de sabor e ligeiro amargor no fim-de-boca dentro do aceitável. Vinho que encontra melhor resultado como acompanhamento para empanadas salteñas picantes e pratos do sudeste asiático.

Nota: 85,5/100 pts. 

 

   

Don Diego Centurio Yaguarete   Orgânico

Origem: Argentina – região: Fiambalá/Catamarca – safra: 2005 – álcool: 14,5% – uvas: Cabernet Sauvignon (50%), Malbec (20%), Syrah (20%) e Tannat (10%) – preço estimado: R$ 110,00 Com diminuta produção (apenas 1.000 garrafas), este blend de Catamarca passa dezoito meses em barricas de carvalho francês e dezoito meses nas caves da vinícola para melhor evolução da estrutura e desenvolvimento de bouquet. Rubi violáceo intenso e profundo. Inicialmente mentolado (cabernet sauvignon) e depois (aeração) surgiram notas de fruta em compota (goiabada) e marmelada. Média complexidade olfativa. Boca rica, potente e tânica (taninos ainda jovens de boa qualidade), boa concentração de sabor com bastante madeira e algum espaço para fruta (amoras e ameixas). Intenso, tem retrogosto com notas vegetais e final suave. Estruturado e de boa tipicidade, é um vinho que promete boa evolução na garrafa nos próximos anos.

Nota: 87,5/100 pts.

 

 

  

Naiara Malbec Special Edition

Origem: Argentina – região: Mendoza – safra: 2007 – álcool: 13,8% – preço estimado: R$ 100,00 – A malbec é uma casta tintureira e isso fica evidenciado no exame da cor deste vinho, um rubi violáceo intenso, profundo, quase retinto com reflexos levemente púrpura nas bordas. Nariz intenso e bastante típico com sugestões de chocolate, ameixas em calda, especiarias e discreto floral. Com dezesseis meses em barricas francesas, mostrou taninos macios e madeira bem integrada à fruta. Final médio com alguma persistência e retrogosto frutado. Vinho bem elaborado que tem plenas condições de evoluir na garrafa. Para gastronomia de sabores pronunciados.

Nota: 87/100 pts.

 

  

Naiara Malbec Gran Reserva

Origem: Argentina – região: Mendoza (Medrano, Perdriel e Vistalba) – safra: 2006 – álcool: 13,8% – preço estimado: R$ 170,00 – Com vinte e dois meses de barrica e uvas de três vinhedos, este malbec de raça mostrou cor retinta com muita profundidade. Começou fechado no nariz e ao abrir seu perfil aromático mostrou delicadeza com notas florais típicas a lembrar violetas secundadas por baunilha, chocolate, especiarias doces (canela) e frutas negras em maior grau do que o exemplar anterior. Boca que subscreve o olfato. A doçura de seus taninos maduros, redondos e marcantes desenha um perfil no qual o enólogo procurou, com acerto, unir a força da malbec com a maciez adquirida por quase dois anos de passagem por barricas de carvalho francês.  Concentrado e afável, com boa fruta completada por acidez gastronômica, seu final é longo, intenso e marcante. Um vinho para os apreciadores dos grandes e tradicionais malbecs argentinos que procuram se afastar da padronização provocada pelo uso desmedido da alta tecnologia. Já pode ser bebido com os melhores cortes de carnes argentinas, mas inegavelmente terá boa evolução na garrafa nos próximos anos. Por fim, esclareço que a safra em questão foi apontada como uma das melhores da década no país platino.

Nota: 89,5/100 pts.

 

Bodega Tacuil

 

 

A Bodega Tacuil tem dois enólogos: Raúl Dávalos e Salvador Figueroa  e está situada a oeste do Departamento de Molinos,  Provincia de Salta (região eminentemente agrícola), encravada em pleno Valle Calchaquíes, onde os vinhedos variam de 1660 a 2300 metros de altitude, na pré-cordilheira Andina ao Norte da Argentina, excepcional zona da Cordilheira Oriental que se encontra a 250 km da cidade de Salta e a 36 km. do povoado de Molinos por estrada vicinal. Tem uma extensão de 127 km e uma superficie agricultável de 208 ha. aptas para o cultivo de cepas viníferas, com destaque para as brancas Torrontés Riojano e Chardonnay e as tintas Malbec, Cabernet Sauvignon e Tannat.  Plantadas a 2.567 metros de altitude, essas cepas adquirem particularidades próprias do cultivo em elevadas altitudes.

 

.SP Gourmet Vinhos – Bodega Tacuil: uvas cultivadas a quase 3.000 metros de altitude em Salta, na Argentina, produzem vinhos com 93/100 pts. dados pela Wine Advocate de Robert Parker em agosto último

 

 

Localizada em região privilegiada, livre de fábricas e de indústrias que podem contaminar e/ou alterar as propriedades do solo e a sanidade das videiras, o clima frio e seco na maior parte do ano com baixo índice de pluviosidade somados à baixíssima umidade do inverno , são fatores que concorrem para o máximo desenvolvimento dos sabores e qualidades aromáticas dos vinhos ali produzidos.

 

Um pouco de história.

Don Nicolás Severo de Isasmendi foi Governador e Intendente de Salta e ao morrer deixou como herança à sua filha menor Ascensión Isasmendi, uma serie de fincas, entre elas  Tacuil e Colomé. Por sua vez Doña Ascensión, contraiu matrimônio com Dr. José Benjamín Dávalos, que também seria Governador de Salta, cargo que ocupava quando faleceu em 1867. À partir de então superando uma série de dificuldades, Doña Ascensión adquiriu cepas de qualidade vitis vinífera na França e incrementou os vinhedos, iniciando assim a industrialização da vitivinicultura no Valle Calchaquíes.

Desde 1989 o negócio familiar está à cargo de Raúl Dávalos que vendeu no ano 2000 a Finca Colomé, ao multimilionário suíço Donald Hess, famoso pelo “Hess Colection” produzido no “Napa Valley”. Todavia, Raul manteve em seu poder a Finca Tacuil que recebeu investimentos com o incremento na superfície de vinhedos até alcançar em 2007 trinta hectares, que hoje oferecem uma capacidade de produção anual de 100.000 litros de vinhos engarrafados sem filtragem cujas uvas para sua elaboração são cultivadas de forma orgânica e irrigadas com águas do degelo das montanhas.

Por fim, Agnaldo Záckia Albert explica que “…situada bem mais ao norte de Mendoza, Salta é um lugar bastante quente e o plantio em altitude é uma forma de compensar sua latitude pouco adequada ao plantio da uva vinífera”.

 

Abaixo segue a descrição e avaliação dos vinhos degustados.

 

 

Bodega Tacuil –  RD –  Malbec – Cabernet

Origem: Argentina – região: Los Molinos/Salta, vinhedos de 10 anos, a 2.500 metros de altura – safra: 2008 – álcool: 14,8% – uvas: Malbec (70%) e Cabernet Sauvignon (30%)  – preço estimado: R$ 190,00 –  Amadurece na garrafa por 12 meses em ambiente controlado antes de sua liberação, sem passagem por madeira. Produção total 8.000 garrafas. Rubi violáceo intenso, profundo, brilhante com reflexos púrpura.  Medianamente complexo nos aromas, nos quais sobressaem notas tostadas e picantes (azeitona preta), discreto herbáceo, especiarias e um leve floral (malbec). Boca densa, rugosa, taninos mastigáveis de ótima qualidade (elegantes), fruta madura profusa e intensa, eis que a não passagem do mosto por madeira tem o condão de evidenciar essa característica. Retrogosto com notas de fruta em compota. Termina harmônico e sem arestas e mais algum tempo lhe fará bem, principalmente para o arredondamento de seus taninos, ainda jovens. Foi o primeiro vinho em quantidade de elogios, por conta de seu estilo frutado, potente e elegante. Robert Parker atribuiu 92/100 pts. para a safra 2007. Estimativa de guarda: 5/6 anos. Decantar no minimo uma hora antes de consumir.

Nota: 91,1/100pts. ++

 

Bodega Tacuil – Doña Ascensión

Origem: Argentina – região: Los Molinos/Salta, vinhedos de 10 anos, a 2.500 metros de altura– safra: 2007 – álcool: 14,9% – uvas: Malbec (83%) e Cabernet Sauvignon (17%) – preço estimado: R$ 280,00Amadurecimento: 5 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses na garrafa em ambiente controlado. Produção total 2.500 garrafas. Cor idêntica à do exemplar anterior e perfil aromático um pouco mais complexo, com notas florais (violetas), pitadas balsâmicas, alcaçuz, azeitonas, chocolate e ameixas. Boca expressiva, rugosa, taninos macios e potentes.  Vinho mais encorpado do que o exemplar anterior e de complexidade semelhante, com fruta evidente secundada por madeira de qualidade e bom equilíbrio da acidez, álcool, madeira e taninos. Longo e profundo, termina como começou, apenas com uma pontinha de adstringência. Já está pronto, todavia, apresenta características de longa guarda e poderá ganhar mais complexidade (7/8 anos). Informação adicional: recebeu 93/100 pts. de Robert Parker (vide abaixo) e obteve três estrelas na edição 2009 do ótimo guia argentino Austral Spectator. Foi escolhido pelos presentes como o segundo melhor vinho da noite.Decantar no minimo uma hora antes de consumir.

Nota: 91/100 pts.++

 

 

 

 

 

Wine Advocate Robert Parker August 2009

Tacuil-Davalos   “33 de Davalos 2007”

A Proprietary Blend Dry Red Table wine from Salta, Argentina arker.com #

r

93/100 pts.

The unoaked 33 de Davalos weighs in at 16.1% alcohol. Purple/black in color, it offers up a brooding bouquet of cinnamon, allspice, leather, lavender, black cherry, plum, and licorice. Full-bodied, voluptuous, and rich, this dense, concentrated wine has ample structure, and excellent balance. It will require another 5-7 years in the bottle age to show its full potential.

 

Bodega Tacuil-Davalos is located in the Molinos region of Salta at an altitude of 7200-7800 7200-7800 feet, one of the most elevated vineyards in the world. The Davalos family sold much of their land to Donald Hess for what is now the Colome winery. They retained 520 acres from which they produce four red wines, all produced from their organically grown grapes. All four wines are blends of 80% Malbec and 20% Cabernet Sauvignon from an assortment of clones.

 

Tacuil-Davalos  “Dona Ascension 2007”

A Proprietary Blend Dry Red Table wine from Salta, Argentinar.com

Miller

93/100 pts.2$55 (55)

The 2007 Dona Ascension is the only wine in the portfolio aged in oak. It spent 10 months in new French oak before bottling without filtration. It displays a super-fragrant nose of wood smoke, violets, incense, black cherry, and plum. Dense, opulent, but a bit more restrained, (only 13.9% alcohol), this tasty, structured wine is a more conventional, but impressive effort that will evolve for 5-7 years and drink well through 2022.

 

Bodega Tacuil-Davalos is located in the Molinos region of Salta at an altitude of 7200-7800 7200-7800 feet, one of the most elevated vineyards in the world. The Davalos family sold much of their land to  Donald Hess for what is now the Colome winery. They retained 520 acres from which they produce four red wines, all produced from their organically grown grapes. All four wines are blends of 80% Malbec and 20% Cabernet Sauvignon from an assortment of clones.

 

 

  

Tacuil-Davalos  “RD 2007”

A Proprietary Blend Dry Red Table wine from Salta, ArgentinabertParker.com # 184

ler

92/100 pts.  N/A$45 (45)

The unoaked 2007 RD is purple/black in color with a full-blown nose of violets/lavender, underbrush, black cherry, and black raspberry. Full-bodied (15.9% alcohol) layered, sweetly-fruited, and complex, the wine has a velvety texture, ripe tannin (all from the fruit), and superb depth and concentration.

Bodega Tacuil-Davalos is located in the Molinos region of Salta at an altitude of 7200-7800 7200-7800 feet, one of the most elevated vineyards in the world. The Davalos family sold much of their land to Donald Hess for what is now the Colome winery. They retained 520 acres from which they produce four red wines, all produced from their organically grown grapes. All four wines are blends of 80% Malbec and 20% Cabernet Sauvignon from an assortment of clones.

 

 

Tacuil-Davalos  “Vinas de Davalos 2007”

A Proprietary Blend Dry Red Table wine from Salta, Argentina

eRobertParker.com # 184

94/100 pts.

The 2007 Vinas de Davalos is also unoaked and a “mere” 16.9% alcohol! Purple/black colored, it has a room-filling perfume of Asian spices, lavender, leather, black cherry, plum, and licorice. On the palate it is liqueur-like, opulent, succulently flavored, and very long in the finish. These are extraordinary wines produced in a unique terroir with great attention to detail. They will also be controversial because of the alcohol, and their sheer density and viscosity and are certainly not for everyone. Those with na adventurous spirit should seek them out; quantities are very limited.

 


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  1. Caro Jeriel, os vinhos Argentinos, assim como os Chilenos e Espanhóis, não são pontuados pelo Robert Parker. Suas pontuações são feitas por um membro da equipe chamado Jay Miller.O Parker só (só?) prova e pontua os vinhos de Bordeaux, Provence, Rhone e Califórnia(caso contrário o cara já teria morrido).Como jogada de marketing de vendas, as importadoras/distribuidoras relacionam qualquer pontuação dada pela equipe(07 degustadores) ao Parker (compreensível, já que eles querem vender). Acho que o mais correto seria anunciar 93 Wine Advocate/Jay Miller ou outro membro da equipe que tivesse degustado o vinho em questão. O nome Parker, apareceria apenas quando o próprio tivesse degustado.

    1. Prezado Confrade,

      Concordo em termos com a sua manifestação. Já opinei sobre o assunto no meu post imediatamente anterior quando comentei o Catena Cabernet Sauvignon 2006 que recebeu 90/100 pts. de Robert Parker, que se fez presente através de Jay Miller que avalia os vinhos Sul americanos em seu nome. Degustei o vinho três vezes em ocasiões diferentes e o vinho me decepcionou bastante (veja a minha nota). No mesmo sentido leia, quando puder, o artigo publicado no portal do critico chileno Patricio Tapia http://www.planetavino.com/descorchados/reportaje.asp?id=189.

      No caso dos vinhos Tacuil, milagrosamente aconteceu justamente o inverso: as notas dadas pelos presentes ficaram próximas às notas dadas pelo preposto do Parker e por isso o destaque (os vinhos realmente são bons), que na minha singela opinião não está equivocado, por que o tal do Jay Miller age em nome e sob a responsabilidade do Parker. E tem mais. Para mim é indiferente que seja o próprio Parker ou alguém que avalie os vinhos em seu nome (o tal do Jay Muller continua distribuindo notas elevadíssimas) , o que não pode ocorrer é a distribuição injustificada de notas como apontado pelo Tapia no artigo que mencionei. E, apenas para esclarecimento, como é do meu feitio, não cobrei nada pela degustação porque fui movido pela curiosidade de degustar vinhos produzidos com uvas cultivadas em elevadas altitudes e que até pouco tempo atrás faziam parte do portfólio de uma grande importadora que cobrava preços elevadíssimos sem divulgá-los.

      atenciosamente

      Jeriel

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