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Uma Adega de Múltiplas Opções

O mercado brasileiro é um dos mais diversificados do mundo. Somente nos EUA, Inglaterra e Japão existem tantas opções de vinhos como aqui. Por isso, o principiante poderá ter alguma dificuldade na hora de escolher. Abaixo, segue uma lista para celebrações e datas especiais. Há também dois tintos abaixo de R$ 50, ótimos para o almoço de domingo.

Cava Cordoniu Pinot Noir Brut – R$ 114 (Interfood).Produzido pelo método tradicional, este delicioso Cava brut oferece intensas notas de frutas vermelhas e cassis. Elegante na boca tem doçura na medida e confirma a fruta. É uma ótima opção para os dias quentes do verão, por conta de sua cremosidade, estrutura, frescor e tipicidade. Versátil, vai bem com pratos leves e sobremesas.

Louise Brison Brut Millésime 2003 – R$ 175 (Cave Jado).

Resultado de viticultura orgânica com a utilização de Chardonnay e de Pinot Noir em proporções iguais é um champagne de borbulhas numerosas e pequenas. Perlage fino e intenso. Nariz com sugestões de fermento, fruta branca e algum cítrico. No palato é leve, macio, de acidez delicada e refrescante. Deixa uma sensação gostosa na boca.

Ruca Malén Chardonnay 2006 – R$ 54,00 (Hannover). Paleta aromática diversificada com pitadas de baunilha, damasco, pêssego e um leve toque cítrico. No palato chamou atenção por seu frescor, maciez, alguma untuosidade, fruta (abacaxi maduro) e madeira (50% do mosto passou por barricas francesas durante oito meses) em comunhão. Equilibrado, tudo no lugar certo (álcool, acidez e madeira), termina suave e refrescante.

Ervideira Branco Reserva DOC Alentejo 2007 – R$ 81,00 (World Wine). Elaborado com uma das melhores castas brancas portuguesas, a Antão Vaz, é um vinho que comprova que Portugal também produz brancos de elevada qualidade. Sua complexa paleta aromática evoca frutas tropicais (toranja), madeira fina e uma nota mineral solidamente confirmada no palato. Na boca é balanceado, estruturado, sua acidez e sabor aveludado lembram um bom Chablis. Fim de prova longo sem arestas. Apresenta potencial de evolução na garrafa.

Arboleda Sauvignon Blanc Leyda 2007 – R$ 85,00 (Expand). O Chile também vem se destacando na produção de brancos. Este exuberante sauvignon blanc esbanja tipicidade com suas notas vegetais (grama cortada), aspargos e maracujá. Na boca é voluptuoso, concentrado, de acidez rica e cítrico sem perder o acento mineral dos vinhos do Vale de Leyda, localizado a apenas 14 km do Pacífico.

Louis Latour Chablis Côte D’Or 2007 – R$ 126 (Aurora). Palha claro brilhante. No olfato seu forte traço mineral secundado por frutas brancas e a ótima sustentação na taça confirmam sua boa tipicidade. Boca que subscreve integralmente o olfato, intensa, de acidez delicada, fina com a repetição da mineralidade.Fim de prova persistente e agradável.

Don Laurindo Tannat Reserva 2005 – Vale dos Vinhedos – R$ 36 (Rei dos Whyskies) – Rubi violáceo intenso com alguma profundidade. Aromas frutados com predomínio de framboesa, especiarias e madeira fina. Denso e rugoso na boca, com uma massa tânica de ótima qualidadeque lhe dá vida. Tudo no lugar certo: álcool, taninos, acidez e madeira perfazendo um conjunto equilibrado e prazeroso. Vinho regular e consistenteque apresenta ótima evolução na garrafa, podendo ser guardado por 8/10 anos.

Don Diego Cabernet Sauvignon Roble Orgânico Catamarca 2007 – R$ 48,00 (SP Gourmet) –Vinho surpreendente que apresenta ótima tipicidade da casta no noroeste da Argentina, eis que seu perfil é distinto dos cabernets mendocinos. Intenso e profundo na cor, de boa expressão aromática com notas mentoladas, tabaco, groselha sobre um fundo madeirado crocante. Na boca é fresco, taninos firmes e de grande personalidade. Não é superconcentrado e a madeira está bem colocada (seis meses em barricas francesas e americanas) e lhe dá boa complexidade. Termina com ligeira rugosidade e com mais algum tempo na garrafa deverá arredondar-se ainda mais. Bom para churrascos.

Taurus Crianza Tinta de Toro DO 2005 Bodega Marco Real – R$ 89,90 (Obra Prima) – A emergente região de Toro vem surpreendendo com seus vinhos potentes, concentrados e gulosos. Este, não foge à regra porque consegue aliar madeira à fruta de forma interessante. Aromas intensos de frutas negras, mentol e caramelo. Na boca é um vinho quente, macio, carnudo e muito saboroso. Tem acento mineral e uma boa dose de fruta em compota. Termina crocante e suave prometendo uma boa evolução na garrafa nos próximos anos. Contra-rotulo: “TCnace em nuestros viñedos de Tinta de Toro, vendimiados a mano.Trás la fermentación, el vino fue criado em barricas de roble francês durante seis meses y osteriormente em botella hasta la fecha. De color rojo cereza picota com tonos granates, em nariz se aprecian potentes aromas de frutas negras maduras, em perfecto equilíbriocom notas eseciadas y tostadas. Amplio y carnoso, em boca posee gran final, elegante y persistente. Este vino no ha sido filtrado ni estabilizado, por lo que se recomiendadecantar”

Ventisquero Grey Syrah Colchágua 2006 – R$ 98,00 (Cantú) – O Vale de Colchágua é comprovadamente o melhor terroir da Syrah no Chile. Este varietal tem uma participação pequena de Cabernet Sauvignon e de Carménère que lhe conferem mais complexidade. No olfato violetas, frutas vermelhas e um toque picante de especiarias (noz moscada e cravo) a lhe confirmar tipicidade. Álcool elevado sem incomodar. Na boca os taninos macios dão o tom. A madeira (carvalho francês) está presente e não tripudia sobre a fruta. De acidez firme e sólida, é um vinho guloso que se move facilmente no palato e que termina longo, suave e sem arestas.

Cesari Bosan Ripasso DOC 2006 – R$ 120,00 (Wine Brands) – De forma simplificada, a técnica Ripasso consiste na refermentação de vinhos da mesma safra ou anteriores no bagaço das uvas do Amarone. Potente no nariz com frutas negras, especiarias e uma deliciosa nota de licor de cacau. Boca rica, de taninos macios, aveludados, acidez gastronômica. Encorpado, profundo e intenso, sua concentração de sabor evoca ameixas em calda. Termina sedoso e sem arestas. De ótima tipicidade, apresenta qualidade superior a de alguns Amarones mais baratos. Ótima opção para carnes grelhadas, queijos maturados ou para ser bebido sozinho.

Borgonero IGT 2003 – Borgo Scopeto – “Supertoscano” – R$ 256,00 (MM Vinhos) –Nariz complexo com notas de caça, couro, terroso, madeirado e com uma boa dose de frutas negras e especiarias. Ao ingressar na boca, apresenta uma estrutura imponente, discreta e equilibrada, com acidez evidente, taninos mastigáveis prevalecendo sobre o álcool. Notas de canela e de especiarias perfazendo um conjunto concentrado, profundo e intenso. Guloso, concilia de forma ímpar a força da Sangiovese com a elegância da Cabernet Sauvignon e as especiarias da Syrah. Termina doce e persistente convidando o degustador para o próximo gole. Para ser bebido nos próximos 10 anos.

A Naca Rosso IGT Sicília – Calatrasi 2006 – R$ 298,00 (Ravin) – A Casa Vinícola Calatrasi di San Cipirello é uma vinícola siciliana cuja produção apresenta qualidade em constante crescimento. Já obteve, inclusive, a certificação ISO 9002. Com 95% de Nero D’Avola e 5% de outras uvas autóctones, este A Naca apresenta nariz amplo, envolvente e complexo com alcaçuz e fruta madura (cereja e amora) sobre um fundo de tabaco. Na boca, sua entrada é quente e confirma as sensações olfativas com taninos densos, poderosos e doces. Ótima acidez e integração da fruta, madeira (amadurece 15 meses em barricas de origem não divulgada), acidez e taninos. Deixa uma sensação agradável no fim de boca. Vinho de grande tipicidade e inequívoca personalidade mediterrânea. Seu estilo lembra um bom Amarone.

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