Numa das primeiras edições da Revista Adega (n° 11), o exemplar da safra 2003 recebeu a seguinte avaliação: “Michael Franz do Washington Post tem razão. Esse Nebbiolo é realmente um espetáculo. O colunista Franz afirmou que é o melhor exemplar produzido com esta casta fora da Itália. Seus aromas são fabulosos, lembrando um Barbaresco de boa estirpe. Na boca tem taninos de altíssima qualidade com uma acidez típica de bons Nebbiolos. Já está causando furor, mas como todo bom vinho produzido com esta variedade de uva, precisa de garrafa. Estamos diante de um dos grandes vinhos da Argentina do momento. Palmas para a guerreira Alicia Arizu que conseguiu realizar o sonho de produzir um vinho de exceção. Quatro Estrelas –  90/92 pts.”

Na mesma linha se manifestou o crítico argentino Daniel Lopes Rocca, só que para o 2002, vinho objeto deste post: “Violáceo, muito azulado. Uma explosão de frutas que se sente a vários centímetros de distância da taça. Taninos maduros, muita fruta e no retrogosto alcaçuz”. Avaliação: E++ (ótimo)

 

Viña Alicia 2002: precisa de mais algum tempo para integração do álcool e da madeira, mesmo assim, a tipicidade é um de seus destaques!

 

 

Degustação –
Viña Alicia Nebbiolo 2002 – Álcool: 15% – Região: Luján de Cuyo – Importador: Decanter –
vermelho-rubi concentrado com reflexo violáceo com discretíssimo halo púrpura nas bordas. Nariz aberto com traços aromáticos que remetem à casta: rosas, tabaco e frutas vermelhas e negrasreta em profusão. Na boca apresentou taninos maduros e de elevada qualidade, devidamente amaciados pelo longo amadurecimento na garrafa. O álcool na casa dos 15% foi percebido logo no início (o vinho foi decantado por 30 minutos) mas ao longo da degustação integrou-se aos demais elementos. A acidez é característica da Nebbiolo e aqui provocou intensa salivação. O estilo desse vinho remete a um bom Barbaresco DOCG, principalmente por sua leveza e fluidez. A madeira ainda não está totalmente integrada, mas dá sinais de que se integrará completamente nos próximos 3/5 anos na garrafa ou ma. Enfim, um vinho prazeroso que demonstra a inequívoca evolução da vinicultura Argentina, principalmente na ala dos tintos sem a onipresente Malbec. Avaliação: 90/100 pts.++

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