O Chile vem se destacando no cultivo das cepas brancas e atualmente a de melhor resultado é a Sauvignon Blanc, principalmente nas regiões costeiras, por seu solo pedregoso e por se beneficiar das brisas frias do Pacífico. Atualmente, sem medo de exagerar, os Sauvignons chilenos já apresentam nível de qualidade semelhante aos similares Neozelandeses e Sul-africanos.  A última novidade são vinhos da região costeira de Colchágua (Cordilheira da Costa, vinhedos a menos de 10 km do Pacífico), que é apontado com justa razão como um dos melhores terroirs para a Sauvignon Blanc. Os exemplos partem da Casa Silva, com seu Cool Coast 2009 e da Santa Helena com seu Selección Del Directório Gran Reserva Sauvignon Blanc 2009 – Viñedos Costeros  (10 km do Pacífico) – Valle de Colchágua.  Aqui, vamos analisar um vinho de outra região costeira ao Norte de Santiago, praticamente nas fraldas do seco deserto de Atacama: o Vale de Limarí, indicado como apropriado para brancas como Chardonnay e Sauvignon Blanc, nesta ordem. Na ala das tintas o destaque fica por conta da Syrah.

Maycas de Limari Sauvignon Blanc 2007: bom frescor apesar dos 4 anos da safra

Para tanto, o vinho escolhido foi o Maycas de Limarí Reserva Especial Sauvignon Blanc 2007, Vale do Limarí  –  13% álcool  – Enoteca Fasano – R$ 94,00 – tel. 011 –  3168 1255.

Contra-rótulo:

“Maycas significa “tierras de cultivo” en lengua quechua. Estas fueram la base del imperio Inca, la civilización mas poderosa de Sudamérica. El luminoso Vale del Limarí – que fue parte de las tierras Incas del norte de Chile – se abre a través de una cuenca  amplia de suelos minerales que se banãn en una brisa fresca proveniente del Oceano Pacífico”

 Concha y Toro - logo

 

Degustação

Maycas de Limari Reserva Especial Sauvignon Blanc 2007 – álcool: 13% – região: Limari – importador: Enoteca Fasano – palha claro quase transparente com levíssimo toque esverdeado. Aromas francos e diretos que remetem diretamente à casta com toques vegetais (grama cortada), sugestões cítricas (lima) sobre um fundo mineral. Na boca já dá sinais de declínio eis que seu frescor já não é tão intenso, mesmo assim,  surpreende por sua mineralidade e acidez delicada. Corpo e persistência médios. Fim-de-boca harmônico sem o travo amargo e excessivamente vegetal de alguns vinhos dessa casta no Chile. Beber no máximo nos próximos seis meses. A tipicidade é um de seus maiores atributos. Avaliação: 87/100 pts.

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