Vista do salão do Bistrô Charlô

 

Apresentação feita para a simpática brigada do Restaurante Charlô (Rua Barão de Capanema n° 440, Cerqueira César, e-mail bistro@charlo.com.br

 

 

Vinhos degustados:

Viu Manent Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008

Ruca Malén Petit Verdot 2007

Viu Manent Single Vineyard San Carlos Malbec 2007

Rio Bom DOC Douro Reserva 2005

Rio Bom DOC Douro Touriga Franca 2003 

 

 

A Viu Manent  foi fundada em 1935 por imigrantes catalães. Seu tamanho atual é médio-pequeno, mas figura entre as 10 mais importantes vinícolas chilenas. Possui 250 ha de vinhedos e os três principais são próprios: San Carlos, La Capilla e El Olivar. De Casablanca vem as uvas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Noir.  A vinícola produz 24 rótulos diferentes, 250.000 garrafas anuais  e está presente em 30 mercados, dentre os quais se destacam EUA, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Coréia do Sul, Japão e China.

Altitude  média dos vinhedos Viu Manent: 150/200 metros.

O Chile possui 120.000 ha de vinhedos; Mendoza 180.000 ha

Vinhos de personalidade, focados na gastronomia e também há um portfólio de Alta Gama.

 

 

Viu Manent Single Vineyard San Carlos Malbec 2007

Vinhedo: as uvas deste vinho são originárias das glebas 5 e 6 de San Carlos do Cunaco, lno coração do Vale de Colchágua. As vinhas têm 80 anos de idade e a uma densidade de 4,464 per hectare.

O vinho é amadurecido por 16 meses  em barrica francesa (92%) e americana (8%).

 

Viu Manent Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008 – amadurecido em barrica francesa de primeiro (60%) e segundo uso (40%), é um vinho que apresentou aromas de especiarias, chocolate e mentol com boa sustentação. Na boca é um vinho macio, redondo, aveludado, persistente, de bom balanço entre fruta e madeira. Verdadeiro “best buy”, tem qualidade superior ao de alguns Cabernets chilenos de alta gama. Um vinho sem arestas que evolui muito bem na garrafa. Elaborado com carvalho francês (Segun Moreau e Taransaud), 60% novos e 40% de segundo uso, um vinho macio, redondo, aveludado, que tem cor, extração e intensidade.

 

 

Viu Manent Single Vineyard San Carlos Estate Malbec 2007  – vermelho rubi profundo com reflexo violáceo sem halo de evolução. Nariz elegante com notas de especiarias (cravo e nóz-moscada), frutas negras sobre um fundo madeirado (cedro). Na boca repete o  nariz, mas a qualidade de seus taninos finos e maduros se destacam. É um vinho forte, como normalmente são os malbecs chilenos, mas tem finesse. Concentrado e com boa fruta, termina profundo e no retrogosto deixa uma nota mentolada. Ainda vai evoluir na garrafa. 

 

O crescente portfólio da Hannover tem Malbec chileno, Petit verdot argentino, Touriga Franca português...

 

Ruca Malén Petit Verdot 2008 – origem: Argentina – região: Agrelo/ Luján de Cuyo/Mendoza – álcool: 13,7% – uva: Petit Verdot (100%) – preço: R$ 58,00 – Rubi violáceo intenso, profundo com reflexo púrpura. Olfato tomado por uma forte nota de alcaçuz que depois cede espaço para café torrado e especiarias, leve floral e fruta madura, tudo de forma definida e integrada. Boca forte, rica, volumosa, intensa com taninos presentes de ótima textura. É um vinho de personalidade que tem “nervo”. Equilíbrio no álcool, acidez e madeira, que por sinal está bem colocada (doze meses em barris de carvalho de 1º, 2º e 3º uso, 85% franceses e 15% americanos) e permite a expressão da fruta madura (ameixa/framboesa). De produção pequena, mostrou tipicidade da casta no Novo Mundo e no concurso “Argentina Wine Awards 2010”, um exemplar desta safra obteve medalha de ouro e a distinção “Trophy”, ou seja, na análise de dois grupos de julgadores, passou no último dia por uma reavaliação de todos os jurados em conjunto, para se estabelecer o melhor em cada categoria, cabendo aí essa distinção. Degustado pela quarta vez desde março de 2010, demonstrou boa evolução na garrafa, eis que seus taninos continuam suaves e ganharam mais finesse. À conferir.

 

Dois durienses de peso: Rio Bom Touriga Franca 2003 e Rio Bom Reserva 2005. Ambos na Hannover, com preço menor do que no importador anterior.

 

Degustação vinhos do Douro da Quinta do Mourão

Mário Joaquim da Rocha Braga Herdeiros é um projeto familiar que teve origem com a concretização de um sonho de Mário Braga, na década de 70, quando adquiriu a Quinta do Mourão para se dedicar à produção de Vinho do Porto. No final dos anos 90, com o falecimento de Mário Braga, a Quinta do Mourão e outras quatro quintas cincundantes passaram a ser geridas pelos seus herdeiros. Desde então foram introduzidas profundas alterações no projeto inicial, as quais incidiram fundamentalmente na reestruturação da área agrícola e na modernização dos processos de produção de vinho.

 

A Empresa

Nascida em 1999, a organização Mário Braga, Herdeiros tem vindo a dar continuidade, a um projecto que tem como base um conjunto de propriedades centradas em torno da Quinta do Mourão. Estas propriedades referenciadas  desde o século XVIII, no mapa pombalino de demarcação da região do Douro, integram-se na herança vinícola duriense aliando tradição e modernidade.

Rio Bom Touriga Franca 2003: amadurecido durante 26 meses em barrica francesa de primeiro uso

 

Degustação Rio Bom DOC Douro Reserva 2005 – álcool: 13,75% – uvas: Tinta Roriz, Touriga Nacional e Tinta Francapreço: R$ 163,15 – amadurecido em barricas novas de carvalho francês durante 16 meses – quase retinto na cor, aromas complexos de fruta madura sobre um fundo madeirado. Encorpado, taninos volumosos, com final aveludado marcado por taninos finos, acidez gastronômica e  média persistência aromática.  Sem arestas, vinho bem elaborado, uma das grandes expressões do Douro. Avaliação: 89,5/100 pts.+

 

Rio Bom Reserva 2005: agora na Hannover, compreço reduzido. Antes, no importador anterior, custava R$ 190, atualmente, está por R$ 163,15. Um vinhão duriense que vale o preço!

 

Rio Bom DOC Douro Touriga Franca 2003 – álcool: 14,1% – região: Douro – preço: R$ 251,20 – amadurecido em barricas novas de carvalho francês durante 26 meses – quase retinto na cor com halo granada em formação, apresentou aromas de baunilha e um gostoso tostado envolvido por frutas vermelhas com ótima sustentação. Na boca é um vinho denso, aveludado, crocante, complexo, marcante, persistente com final marcado pela doçura de seus taninos. Um vinho de características particulares e muita personalidade que vale à pena ter ao menos uma garrafa na adega. Avaliação: 92/100 pts.+

 

Brigada: atenção na degustação e questões pertinentes. Não é à toa que o Charlô é um dos mais comentados restaurantes dos Jardins.
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