“Boa frescura, toque de brett (suor de cavalo), sensação floral ainda evidente. Muito elegante na boca, taninos resguardados, estilo bastante afinado, capaz de dar boa prova nos próximos anos. Conjunto bem interessante. 16 – transcrito do catálogo  João Paulo Martins – Vinhos de Portugal 2012 – Notas de Prova

O conceito de “vinhas velhas” no Douro significa que dezenas de castas foram plantadas misturadas e não apenas as mais famosas como a Touriga Nacional e a Tinta Roriz. A seguir resumo do contra-rótulo: “o Quinta do Crasto Douro Reserva 1996 foi vinificado  a partir de uma rigorosa seleção de uvas provenientes de vinhas com uma idade média de 60 anos. O vinho mostra grande complexidade, concentração e intensidade que resultam das baixas produções das vinhas velhas e do envelhecimento durante oito meses em barricas de carvalho e americano e francês. Foi engarrafado, sem qualquer colagem ou filtração em maio de 1997, podendo vir a criar depósito durante o seu envelhecimento na garrafa”.

O vinho deste post é da safra 1996

 Degustação

Quinta do Crasto Reserva Douro 1996, 12% de álcool, Vinhas Velhas (25 a 30 castas diferentes), R$ n/c – importador: Qualimpor – Vermelho rubi com  reflexo violáceo e halo granada em formação. Expressivo nos aromas de frutas negras maduras (destaque para ameixa), forte pitada de baunilha, leve tostado e discreto  toque de violetas aportado pela Touriga Nacional sobre uma nota de sous-bois. Boca a subscrever o olfato, com taninos finos e amadurecidos pelo tempo, álcool, madeira, fruta e acidez integrados, muito boa concentração de sabor ainda ostentando alguma fruta – final longo e suave, sem nenhuma adstringência. Às cegas costuma surpreender, inclusive derrotando caldos lusitanos bem mais caros. É um vinho hedonista que não custa barato mas vale cada centavo empregado na sua aquisição. Tem ótimas perspectivas de evolução na garrafa nos próximos cinco/oito anos ou mais. Decantar por cerca de uma hora antes de servir. Avaliação: 90/100 pts. ++

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