Quais são as diferenças entre os termos ecofriendly, sustentável, agricultura orgânica e biodinâmica? Mariana Martinez, Editora do portal chileno Planeta Vinho, responde.


Vinhos sustentáveis: são aqueles cujos processos de elaboração desde os vinhedos até a sua comercialização, são levados a cabo pensando no futuro do planeta e de seus habitantes. É uma maneira  voluntária  de melhorar em curto e largo prazo o  meio ambiente, assim como as condições  de vida de suas comunidades de trabalhadores. Também implica que o negócio deve ser rentável a largo prazo. No Chile os  vinhos prontos serão classificados e selados como Sustentáveis,  submetendo-se a uma grande lista de atividades recomendadas e contidas no novo Protocolo de Sustentabilidade. Enquanto outras iniciativas serão desenvolvidas pela empresa, mais pontos serão somados ano a ano em sua cartilha de Sustenibilidade.   Isto é,  para não dizer que se um vinho é sustentável, seus vinhedos e vinícola se manejam sob as exigências de certificação orgânica ou biodinâmica. Em geral, as  exigências de sustentabilidade são de livre escolha e  sua transcendência pode ir mais além,  como por exemplo ao preocupar-se com o eficiente da água e da eletricidade na bodega,  ou ao engarrafar os vinhos em recipientes mais leves. As exigências da agricultura orgânica ou biodinâmica  não são eletivas e não podem ser cumpridas pela metade, seus protocolos necessitam ser atendidos passo a passo, porque são protocolos individuais que exigem cumprimento ao pé da letra.

Ecofriendly: do inglês “amigável com o meio ambiente”. Em geral,  este termo de marketing, se refere a  todo produto ou atividade  que busca ser sustentável e  que portanto pretende não afetar negativamente o meio ambiente dentro do qual se produz, nem os seus  consumidores. Por isso pode implicar ações  diversas, como a reserva de um  bosque próximo ao vinhedo, ou o desenho de etiquetas e caixas de material reciclado.

Biodinâmica: vida em movimento. Esta  filosofia de produção agrícola se baseia nos princípios do antroposófico austríaco Rudolf Steiner, formulados em consequência da industrialização dos campos europeus, depois da Primeira Guerra Mundial. Seu desenvolvimento se baseia na influência dos astros sobre os cultivos e toda forma de vida, assim como na diversidade de flora e fauna dentro de un vinhedo, para evitar os monocultivos, também chamados “desertos verdes”. Para ajudar a dar vida à terra e saúde das  plantas,  seus seguidores desenvolvem uma série de preparados a base a ervas e minerais que são aplicados segundo um calendário lunar em doses homeopáticas.

Cultivo orgânico/uvas orgânicas: filosofia de produção agrícola que busca eliminar o uso de pesticidas, herbicidas e fertilizantes químicos ou sintéticos  nos  vinhedos, ao mesmo tempo que promove no mesmo lugar a  diversidade de flora e fauna. O ideal, mas não é sempre assim, eis que os produtos certificados como orgânicos aplicados no campo são menos nocivos para o meio ambiente que os de origem química.

Biodiversidade: conceito oposto ao monocultivo. Isto quer dizer que no mesmo ecossistema existe uma grande diversidade de flora e fauna capaz de viver em perfeita harmonia e equilíbrio. Sob os princípios da biodinâmica, essa diversidade de vida da saúde  e sustentabilidade a um ecossistema que por sua vez é considerado como um ser vivo  por si mesmo.

Ecoturismo: conjunto de atividades destinadas à recreação ao ar livre, com o fim de  fomentar o disfrute, conhecimento e preservação do meio ambiente, assegurando sua sustentabilidade ao longo do tempo.

RSE: Responsabilidade Social Empresarial  ou responsabilidade social corporativa é um termo que se refere ao conjunto de ações que desenha e realiza uma empresa para  contribuir ativa e voluntariamente ao melhoramento de seus empregados e comunidade,  o meio ambiente e sua  própria eficiência  econômica. É importante que uma empresa não só se preocupe por cuidar do meio ambiente para as futuras gerações, senão também pelo bem estar dos seus atuais empregados e comunidade. Freqüentemente implementados para melhorar a imagem de uma empresa.

Camada de carbono: é a forma  de identificar e quantificar as  emissões de GEE ou “gases de efeito estufa” medidas em emissões equivalentes de CO2,  que são liberadas na atmosfera devido à nossa tarefa diária  na elaboração de um produto determinado. Poder quantificar a camada de carbono da produção e distribuição  de um vinho,  permite às vinícolas tomar iniciativas efetivas para reduzir suas emissões de GEE e por sua vez reduzir custos.  No futuro muito próximo estaremos medindo com a mesma importância, ou maior ainda, a camada de água dos  vinhos e outros milhares de produtos. Reduzir o peso das garrafas, por exemplo, é uma maneira eficiente de reduzir emissões de CO2 na atmosfera e, portanto,  reduzir custos.

Traduzido do portal Planeta Vino por Jeriel

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