“Vinos de Chile” anunciou que se aprovada a medida, não descarta recorrer às instâncias internacionais. O gigante sul-americano (Brasil)  representou no ano de 2011 o quarto mercado mundial para o vinho chileno.

Mario Pablo Silva, vice-presidente Vinos de Chile

Santiago, Chile – O vice-presidente de “Vinos de Chile”, Mario Pablo Silva, informou que o setor está preparado para  enfrentar as eventuais medidas de salvaguarda que poderão ser adotadas pelo Brasil com respeito à importação de vinhos chilenos.

Silva assegurou que se trata de uma medida arbitrária, que também é repelida por alguns produtores de vinhos brasileiros, que afeta o comércio no âmbito internacional, gerando uma desvantagem num mercado onde o Chile representa el 32% em valor e 36% em volume.

O Brasil representa hoje o quarto mercado mundial para exportação de vinhos chilenos, e em 2011 recebeu 3.088 milhões de caixas de vinho do Chile, o que representou um acréscimo de 13,2% com respeito a 2010 (em volume), enquanto que por valor, houve um acréscimo de 26,5% com relação ao ano passado.

Devido a essas razões, o porta-voz da associação realizou um apelo ao governo chileno para converter este tema em prioridade para o país incluí-lo na agenda que marcará a visita da Presidente Dilma Rousseff proximamente.

“Consideramos que uma medida como esta transcende ao âmbito produtivo em particular e afeta a competitividade do setor exportador em seu conjunto, dentro do qual o vinho está num rol destacado”, destacou Silva.

Segundo explicação do dirigente, o atual  presidente de “Vinos de Chile”, René Araneda, entende que as salvaguardas afetam o livre comércio e poderão abrir um precedente negativo para as relações comerciais entre os dois países que sempre foram harmoniosas.

“Estamos fazendo parte do processo e estamos trabalhando para fazer frente a todos os cenários, entre os que esperamos o menos provável seja a aprovação das barreiras. Se isso ocorrer, não descartamos recorrer às instâncias internacionais, como o “Grupo Mundial do Vinho” e a “Organização Mundial do Comércio”, comentou.

As medidas que se preparam

Entre as medidas preparadas para fazer frente a uma eventual salvaguarda ao mercado de vinho,  formou-se  um comitê especializado para tratar do tema. Também se contratou um escritório de advogados especializados em São Paulo (Veirano Advogados) para que represente “Vinos de Chile” no processo, e ademais já se encontram realizando reuniões estratégicas com atores relevantes do mercado brasileiro.

Desta forma, já se reuniram com Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (A.B.B.A), produtores locais, que já manifestaram  seu apoio aos produtores chilenos que consideram que os mais afetados com a restrição serão os consumidores, segundo Vinos de Chile.

Mario Pablo Silva comentou que o êxito dos vinhos chilenos no Brasil se deve a uma “sintonia entre os nossos produtos e as preferências de seus consumidores”, pelo que, restringir sua entrada diminuirá a capacidade de escolha dos compradores, “sobretudo nos segmentos de maior preço, nicho onde Chile tem crescido de maneira sustentada”, informou Mario. Por fim,  “Vinos de Chile”,  considera que o processo levará cerca de seis meses. Fonte: portal chileno Emol –

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