Finalmente segue post completo com nossas impressões sobre uma das mais homogêneas linhas de vinhos do Novo Mundo disponíveis no mercado brasileiro de vinhos e que tivemos oportunidade de provar recentemente….sem  falar que são vinhos que se destacam nos concursos e nas revistas norte-americanas, tal como a Wine Spectator, por exemplo. Vale à pena prová-los porque não custam tanto assim.  Leia atentamente o texto que segue porque você vai gostar, estou certo disso!

Wine Lovers – telefones: 011 5531 0081 e  011 8439 3392

Sobre a Bogle Winery

A vinícola Bogle, na Califórnia, possui cerca de 600 ha de vinhedos distribuidos entre as proximidades do Vale do rio Sacramento e outros pontos nobres da região como Russian River Valley, Mendocino, Lodi e San Luis Obispo, entre outros. À beira do rio Sacramento, ao redor da cidade de Clarksburg, encontramos diversos vinhedos e a cantina da Bogle Winery, cuja família está estabelecida há 6 gerações. O enólogo principal, Chris Smith, tem formação em Fresno na California State University, foi assistente na vinícola Kendall-Jackson e é bastante focado em obter o melhor das castas Chardonnay e Cabernet Sauvignon.

A degustação começou com o Champagne Tzarine e terminou no fantástico Bogle Phantom

A seguir a descrição e avaliação dos vinhos degustados:

Bogle Chardonnay 2009 – álcool: 13,5% – região: Clarksburg/Napa – preço: R$ 85 – amarelo com reflexo na transição para o dourado. Aberto e sofisticado nos aromas com notas amanteigadas entremeadas por frutas maduras como abacaxi, carambola sobre baunilha e algum cítrico, com ampla sustentação na taça. Na boca a sua entrada revela um vinho seco, de ótimo frescor, de acidez delicada, fruta expressiva e a madeira conferindo estrutura e solidez ao conjunto onde sua participação é apenas como coadjuvante. Longo, profundo, é um exemplo de vinho balanceado, gastronômico. Avaliação: 90-91/100 pts. 

Bogle Viognier 2008 – R$ 69  – álcool: 14,2% – região: Clarksburg/Napa – preço: R$ 85 – amarelo mais intenso do que o vinho anterior, mas com brilho. Aberto nos aromas com notas florais e de frutas tropicais como damasco, pêra e lichia com boa sustentação. Boca elegante, com acidez que lhe aporta frescor sem denunciar o peso de 4 anos. A madeira está bem entrosada (10 meses em carvalho americano) e dá um toque tostado. Enfim, um vinho com tudo no lugar certo. Avaliação: 89/100 pts. 

Bogle Merlot 2008 – álcool: 14% – região: Clarksburg/Napa – preço: R$ 85 – vermelho rubi intenso. Aberto nos aromas com notas de frutas vermelhas e negras com ênfase em geléia de cerejas, ameixas sobre uma nota de chocolate. Na boca é um vinho com tudo no lugar certo: álcool integrado, acidez gastronômica, fruta copiosa e madeira bem colocada fechando o conjunto. Um Merlot de excelente tipicidade por preço acessível. Avaliação: 89/100 pts.

Bogle Phantom 2006 – álcool: 14% – uvas: Petite Sirah (53%), Zinfandel (44%)  e Mourvèdre (3%) – região: Clarksburg/Califórnia – preço: R$ 114 – quase retinto na cor. Intrigante perfil aromático com notas de especiarias, fumo-de-corda, ameixas e figos em calda sobre um fundo defumado. Na boca este Phantom é um tinto tânico (boa qualidade),  encorpado, poderoso,  para beber com carnes grelhadas e queijos. Tem sabores picantes, é profundo e de final secante, clamando por comida. Avaliação: 90/100 pts.+

Bogle Petite Sirah Port 2007 – álcool: 19,5% – região: Clarksburg/Califórnia – preço: R$ 109 –  com açúcar residual de 9,0%, cor intensa e profunda, com nariz rico, imediatamente complementado por toques de ameixas e aniz. Notas de suco de frutas (vermelhas) e apenas uma leve sugestão de cacau em pó envolvem o paladar bem equilibrado. Voluptuoso, profundo  e atraente, este vinho de sobremesa irá seduzir quem gosta e até quem não gosta desse tipo de vinho. Longevo e de ótima tipicidade, está em condições de ser bebido nos próximos anos sem preocupação. Avaliação: 91/100 pts.

CONCLUSÃO –

Os vinhos acima descritos ostentam preços compatíveis com a qualidade apresentada (o que é raro com vinhos dos EUA – normalmente caros), excelente caráter varietal, uso consciente da madeira (sem os habituais excessos), álcool na medida e opções de estilos desde os vinhos leves, fluídos, saborosos até os encorpados, poderosos elaborados com cepas “pouco convencionais” como Petite Sirah, Mourvédre, etc..até um tipo “Porto” produzido pela Bogle. Vale à pena experimentá-los e fica registrada a nossa singela recomendação.

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