A Inovini promoveu, no dia 12.09, almoço com Bruno Pepin, diretor da Maison Louis Latour, que veio ao Brasil para lançar os vinhos da vinícola Henry-Fessy – produzidos com uvas Gamay nas colinas graníticas de Beaujolais, região de grande tradição na França. A família Fessy produz vinhos de altíssima qualidade desde 1888 em Beaujolais e foi adquirida pela famosa Maison Louis Latour, da Borgonha, em 2008. A Inovini inicia em setembro a importação dos vinhos Henry-Fessy. Estiveram presentes, além de Bruno Pepin, Stéphane Chauvel, Rita Ibañez (Inovini), Carolina Velloso (Ag. Ideal), jornalistas e formadores de opinião.

 

Henry Fessy possui vinhedos numa das melhores regiões de Beaujolais, todos produzidos com a uva Gamay e buscam equilíbrio entre a maciez frutado-sedutora da uva com um bom potencial de envelhecimento. Experiência, tradição, respeito à terra e um profundo conhecimento dos vinhedos de Beaujolais elevaram este produtor ao status de respeito e dedicação que justificam a fama de seus vinhos.

Vinhos degustados:

Louis Latour Beaujolais Village 2010 / R$ 67

Henry-Fessy Morgon 2010 / R$ 75 – álcool: 13% – Morgon, com mais de 1.000 ha em produção, é um importante cru de beaujolais e também um dos melhores, graças ao xisto e  granito do solo. Apesar de não ser o mais atraente dos vinhos quando muito jovem, o Morgon envelhece bem. Análise organoléptica: vermelho rubi de média intensidade. Nos aromas frutas vermelhas frescas com boa intensidade. Taninos quase imperceptíveis, bem ao estilo da casta, boa acidez, final sutil, elegante, marcado pela fruta. Avaliação: 87/100 pts.

 

Henry-Fessy Moulin-à-Vent 2010 / R$ 85 –  essa denominação de 650 ha é a mais séria da região e o seu cru produz um vinho que não se encaixa no estereótipo  dos beaujolais carnosos e púrpura a serem deixados de lado. Seu caráter deriva do manganês  do solo e ele tende a amadurecer por mais tempo em barris de carvalho dos que os outros crus. Pode manter-se bem depois de 10 anos ficando parecido com um Pinot Noir. Análise organoléptica: um pouco mais intenso do que o anterior, este vinho foi o melhor de todos provados por quem escreve. Exibiu aromas típicos com frutas vermelhas sobre um fundo que recorda doce de banana. Na boca, além do acento mineral, seu equilíbrio gustativo realmente justificou a fama. Álcool, acidez e taninos entrelaçados harmonicamente. Estruturado, cresceu à mesa. Avaliação: 88/100 pts.+ 

Henry-Fessy Fleurie 2010 / R$ 90 – um dos vinhos mais fragrantes e elegantes de Beaujolais, o que, combinado com seu nome charmoso, fez dele um dos mais caros do distrito, mesmo com tantos exemplares provenientes de 800 ha de área cultivada. Felizmente, são muitos os produtores confiáveis dessa região. Análise organoléptica: vermelho rubi intenso. Aromas típicos com doce de banana sobre um fundo que lembra cereja ao maraschino. Na boca, taninos maduros, acento mineral, acidez que provoca salivação e final macio, delicado e sutil. Avaliação: 87,5/100 pts.+

Conclusão

Os vinhos são representativos do que se produz em Beaujolais, eis que equilibrados, frescos, frutados, fáceis de beber e revelaram uma qualidade a mais – vocação gastronômica. Além disso, repetimos que a Inovini acertou não só em importá-los, mas também na fixação dos preços (nenhum chega atingir R$ 100), fator este que certamente concorrerá para o bom posicionamento dos vinhos no mercado. Esses vinhos são uma boa pedida para quem quiser conhecer os Crus de Beaujolais; vinhos leves, frutados, fluídos, delicados, bons para aperitivos, mas que mostram seu verdadeiro caráter à mesa.

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