Porta da Ravessa

Identifica a entrada a nascente da muralha do Castelo de Redondo. Ainda hoje se fala da sua grande relação com os muitos mercadores e jograis que, na Idade Média, a utilizavam e em frente dela promoviam as suas múltiplas atividades. Já o vinho Porta da Ravessa é um DOC Alentejo resultante da vinificação tradicional de curtimenta de uvas predominantemente das castas Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet e Castelão. Apresenta cor rubi acentuada, aroma a frutos vermelhos e compotas, sabor redondo e aveludado. Ótimo a acompanhar carnes vermelhas, massas e pratos condimentados.

O Alentejo

Dentre as principais regiões vinícolas portuguesas, entres as quais Dão, Douro, Bairrada, etc., o Alentejo merece destaque especial, eis que se trata de uma região muito árida e que, até poucos anos, tinha pouca expressão em termos de vinicultura e hoje está a se modernizar e produzir vinhos surpreendentemente bons a preços acessíveis. Lá, uma das principais castas é a Aragonez (Tinta Roriz no Douro e Tempranillo na Espanha). Mas há também outras castas como a Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Trincadeira entre outras castas tintas e brancas importantes. Fonte: Coleção Cozinha País a País – Vinhos – Folha de S. Paulo – 2006  

Degustação

Porta da Ravessa DOC Alentejo 2011 – álcool: 13,5% –  variedades: Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet e Castelão – importador: Barrinhas – preço: R$ 25 (encontrado na maioria dos supermercados) – vermelho rubi intenso com alguma profundidade. Os aromas são unidimensionais com notas de frutas vermelhas. Na boca um degrau a mais. Taninos presentes de boa qualidade contrabalançados por boa acidez que provoca alguma salivação. O sabor é concentrado, com notas picantes que lhe dão personalidade. O álcool é generoso e a persistência é média/boa. Leve mineralidade. O final é um pouco rústico, bem ao estilo de alguns vinhos Alentejanos com um leve toque de chocolate meio amargo. Enfim, um vinho que ostenta uma boa relação preço-qualidade, ótima opção para quem quer fugir da padronização dos “Reservados” chilenos e Malbecs argentinos de baixo custo.  Cresceu à mesa. Uma pena não ser encontrado nos restaurantes daqui de São Paulo, porque certamente seria uma opção viável de baixo custo! Avaliação: 86/100 pts.+

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