Sem dúvida, Arnaldo Caprai é uma das estrelas da Úmbria. Caprai foi o primeiro a acreditar na cepa Sagrantino (uma variedade que se destaca por sua profusão de taninos) e incluíla em um programa de pesquisa de vinhas, seleção de clones e novos plantios (com 30 ha é o maior produtor da uva na DOCG). O investimento está valendo a pena. O crédito vai para o enólogo consultor Attilio Pagli por domar os taninos intransigentes da Sagrantino e desenvolver o complexo estilo de frutas que caracteriza esse produto. O fantástico rótulo Sagrantini 25 anni fala por si, mas o Collepiano e o melhorado Montefalco Rosso Riserva não ficam longe. O mais recente é um corte Merlot-Cabernet Sauvignon muito bem estruturado chamado Outsider. Fonte: Adega Veja Vinhos do Mundo, volume 6, Itália Centro Sul e Ilhas.

Degustação –

Arnaldo Caprai Grechetto Colli Martani (Vigna Belvedere) Grecante 1998. Itália. Álcool 12,5%. Importadora World Wine – preço: R$ 9,90 (já esgotado) – Vinho com coloração amarelo-dourada já bastante evoluída. Aromas amanteigados, fava de baunilha, melão doce fresco e um ligeiro aroma secundário de menta. Essas características nos levam, prima facie, a crer que o vinho estagiou em barrica. Nada mais longe da verdade. São 4 meses em aço inox e 2 meses em garrafa. Na boca, sua complexidade se revela, destacando-se a mineralidade, secundada por maçã verde, um delicado toque de mel e castanhas. Corpo médio e acidez não tão marcada, já devido à idade. Notinhas históricas: Durante o Renascimento, muitos vinhos eram conhecidos como ‘Greco’, ‘Grecante’ e ‘Grechetto’. O Grecante da região de Montefalco era um dos mais apreciados. Na época, o mandatário da municipalidade enviava esses vinhos como valiosos presentes a príncipes e clérigos influentes.

Avaliação: 86-87/100 pts.

Texto inicial compilado por  Jeriel e avaliação de André Schmid

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