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O terceiro Esvaziando a Adega de 2013 teve por tema vinhos variados das safras 2000 a 2002. A maior parte das garrafas procedentes de Portugal (1), Espanha (1), França(1), Chile (2) e Argentina (2 – primeiro e segundo lugares respectivamente). Nenhum vinho bouchonée. Estiveram presentes os Confrades  Clóvis, Rubão, Lucas e quem escreve.

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Merlot que já derrotou Chateau Petrus às cegas foi um dos destaques da degustação: Coldstream Hills

O pódio desta vez foi ocupado respectivamente por um português, um espanhol e um italiano.
O pódio desta vez foi ocupado respectivamente por um português, um espanhol e um italiano.

O Rubão levou um redondíssimo Catena Alta Malbec 2007 adquirido em Londres por 20 libras esterlinas.

A seguir um Santa Helena Borgoña 2001 que decepcionou porque estava em declínio….Borgoña, isso mesmo, veja abaixo:

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Um delicioso Moscatel Roxo foi levado pelo Clóvis:

 

 

Aqui verificamos que uma das dicas mais elementares de harmonização foi confirmada: a cor âmbar na transição para caramelo combinou com a cor do pudim de leite condensado e no paladar o Moscatel prolongou o sabor do pudim e harmonização beirou a perfeição!
Aqui verificamos que uma das dicas mais elementares de harmonização foi confirmada: a cor âmbar na transição para caramelo combinou com a cor do pudim de leite condensado e no paladar o Moscatel prolongou o sabor do pudim e harmonização beirou a perfeição!

9.- Domingos Soares Franco Vinho Regional Terras do Sado Coleção Privada Syrah 2000 – álcool: 13,5% – importador: Mistral – preço: US$ 23,75 –  turvo com muitas partículas em suspensão. Fruta em compota predomina nos aromas (goiabada) sobre uma nota de especiarias. Na boca deu inequívocos sinais de declínio, acidez elevada, taninos macios. Não foi desclassificado porque apresentou razoável evolução na taça: mesmo na descendente apresentou alguma fruta e o desequilíbrio inicial desapareceu. Avaliação: 78/100 pts.

8.- Santa Helena “Gran Vino Borgoña” Vale Central 2001 – álcool: 13% – adquirido no Chile – vermelho rubi com reflexo granada. Começou desequilibrado nos aromas para depois apresentar notas de chá preto. Na boca exibiu doçura um pouco além da conta, álcool elevado e nenhuma fruta. Também melhorou na taça após quinze minutos. Um vinho cujo auge já passou. Avaliação: 79/100 pts.

7.- Caves Primavera Vinho Regional Beiras 2002 – álcool: 12,5% – uva: Baga – importador: Sonae Distribuição Brasil S/A – preço: R$ 19,90 –  Castanho com reflexo granada.  Aberto nos aromas com notas de bala de cevada, tintura de iodo sobre discreto herbáceo. Na boca exibiu taninos macios, redondos, persistência curta, sem amargor. Avaliação: 80/100 pts.

6.- Maria Mansa Douro DOC VQPRD 2001 – álcool: 13,5% – uvas: Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca – importador: Grand Cru – preço: R$ 59 – vermelho rubi com reflexo violáceo e discretíssimo halo granada nas bordas. Aromas finos e complexos com notas de licor de cassis, geléia de frutas vermelhas sobre especiarias. Na boca confirmou os aromas, mas perdeu fôlego muito rapidamente, indicando que foi aberto após seu auge, mesmo assim não decepcionou. Final delicado, sem amargor. Avaliação: 86/100 pts. 

5.- Parallèle “45” Côtes du Rhône Paul Jaboulet Aîne 2000 – álcool: 13,5% – uvas: Grenache (60%) e Syrah (40%) – importador: Mistral – preço: US$ 17,90 (R$ 50,84 em 24.01.2004) – granada com reflexo castanho brilhante. Nos aromas notas empireumáticas, toques de farmácia sobre bala de cevada (produzida pelo extinto Chocolate Sönksen). Mais agradável no paladar, com taninos macios, boa acidez, alguma reminiscência de fruta negra e final de boca elegante, macio. Avaliação: 86,5/100 pts.

4.- Coldstream Hills Merlot 2000 – álcool: 14% – importador: Mistral – região: Yarra Valley/Austrália – preço: US$  36,75 (R$ 91,51 em 20.07.2003) – A Coldstream Hills é uma vinícola-boutique fundada pelo célebre James Halliday. O Merlot ficou famoso no Brasil quando, em uma degustação às cegas, bateu o Château Petrus e outros grandes (e caros) Merlots. Macio, elegante e muito saboroso, com bela presença de fruta e um longo final de boca (portal da Mistral). As uvas são originárias de vinhedos situados na melhor região fria australiana, a de Yarra Valley, no estado de Victoria.Vinificação: A vinificação é realizada em cubas abertas. O amadurecimento é realizado em barricas de carvalho francês, 50% novas, por 14 meses. Análise organoléptica: vermelho rubi profundo com reflexo granada. Aromas abertos com muita fruta vermela e negra sobre uma nota balsâmica. A boca praticamente repete o nariz: um vinho macio (taninos finos), com tudo no lugar certo: álcool, madeira, acidez e fruta. Final longo, macio e persistente, sem arestas.  Merlot exemplar, que tem na tipicidade sua qualidade maior. Avaliação: 89/100 pts.

3.- Lagrein Dunkel Abazzia di Novacella 2000 – álcool: 12,5% – região: Südtiroler/Varna/Bolzano/S. Quirino/Itália – importador: World Wine – preço: R$ 81 – vermelho rubi medianamente concentrado com halo granada. Aberto os aromas com fruta em compota e muita especiaria. Boca exibindo taninos finos, sofisticados complementados pela boa concentração de sabor com toques de chocolate, ameixa e leve mineralidade. Acidez compatível, final macio, longo e levemente adocicado. Avaliação: 89/100 pts.

2.- Castillo de Liria DOC Valencia 2000 – álcool: 12,5% – importador: Proalbe do Brasil Ltda. – R$ 9,90 – adquirido numa promoção do Supermercado Pão de Açúcar já encerrada – vermelho rubi intenso com halo granada. Aroms típicos dos vinhos espanhóis tradicionais com toques de caramelo, bala toffee sobre um fundo defumado. A sua entrada no paladar revelou um vinho de taninos bem macios que encontraram contraponto na acidez  tipicamente gastronômica que conferiu frescor ao vinho. Medianamente concentrado, com boa fruta e final de prova empolgante o suficiente para na média aritmética ter ficado na segunda colocação. Avaliação: 89,5/100 pts. 

1.- Prazo de Roriz Douro DOC 2001 – uvas: Tinta Roriz (43%), Touriga Franca (32%), Tinta Barroca (14%) e Touriga Nacional (11%) – álcool: 13% – importador: Mistral – preço: US$ 22,50 (R$ 44,50 em 08.12.2004) – o campeão da degustação logo se impôs ao exibir bonita cor vermelho rubi brilhante com discretíssimo halo granada. Complexos nos aromas com notas de frutas vermelhas e negras, licor de cassis, tabaco, fumo-de-corda sobre leve defumado. Na boca a sua entrada revelou um vinho de taninos de textura fina, ótima concentração de sabor  com a fruta sendo a protagonista e a madeira coadjuvante. Muito longo com final frutado. Avaliação: 90/100 pts.

Comentários

O vinho que ficou em 2º lugar, curiosamente não obteve nenhum voto dos confrades nesta colocação (os votos foram: 3 confrades o colocaram em 3º lugar e 1 confrade em 4º lugar). Total de pontos 13. O mesmo aconteceu com o vinho que obteve o  3º lugar (3 confrades colocaram em 4º lugar e 1 confrade em 1º lugar). Total de pontos: 13.

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