O singular Carmelo Patti Gran Assemblage 2003, produzido pela bodega de mesmo nome, no ano de 2008 produziu apenas 66 mil garrafas de seus três vinhos tintos e se abastece de uvas de três produtores de Luján de Cuyo – Mendoza. A produção de Carmelo Patti  tem estilo próprio, longe dos modismos e paradigmas correntes nos vinhos de alta gama. O Gran Assemblage 2003 é um corte de Cabernet Sauvignon (48%), Malbec (25%), Merlot (20%) e Cabernet Franc (7%), álcool na casa dos 14%, 12 meses de barrica e apenas 8,5 mil garrafas produzidas.

“Como de costume, a maior parte da mescla é de Cabernet Sauvignon. As variedades são fermentadas em separado, mas estagiadas juntos em madeira por no mínimo um ano, como se fossem somente um vinho. Isso diz um pouco sobre a visão de Carmelo, que já tem em sua cabeça um estilo muito antes de o vinho evoluir. Enfim, trata-se de um vinho fenomenal, pleno de aromas a azeitonas negras, de suavidade, de sutilezas e de acidez, essa acidez que se junta com os taninos para armar a estrutura. Um vinho fundamental”. Fonte – Descorchados 2013

Abaixo o contrarrótulo do Carmelo Patti Gran Assemblage 2003:

Degustação

Carmelo Patti Gran Assemblage 2003 – álcool: 14% – variedades: Cabernet Sauvignon (48%), Malbec (25%), Merlot (20%) e Cabernet Franc (7%) – representante no Brasil: jacquesmartins@hotmail.com – vermelho rubi com halo granada em formação nas bordas. Aberto nos aromas com notas de evolução,  toques etéreos, grafite, tostado, tabaco sobre leve terroso. Boca no mesmo diapasão, taninos aveludados, acidez presente, álcool integrado, boa expansão e profundidade no paladar com toques picantes. O perfil é de um vinho elegante, sem arestas, bem feito, de discreto acento mineral. Nada haver com o estilo a que estamos acostumados, eis que aqui força e elegância caminham lado a lado, com a madeira judiciosamente utilizada e um toque herbáceo fino, delicado. Um grande tinto mendocino, sem dúvida, mas aqui verificamos uma curiosidade. O varietal Cabernet Sauvignon mostrou uma fruta exuberante que este lote de variedades tintas não tem. Normalmente, os grandes vinhos argentinos da atualidade são blends. Os varietais vêm logo em seguida. Aqui tivemos o contrário, acrescido do fato de que o varietal que se destacou foi o Cabernet Sauvignon e não o onipresente Malbec. Contudo, este blend também não decepcionou, nem um pouco, sempre ressalvando que há variações de safra para safra, obviamente. Avaliação: 90/100 pts.

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