Vertical das safras 2001, 2004, 2007 e 2010
Vertical das safras 2001, 2004, 2007 e 2010

O importador Celso La Pastina ofereceu uma degustação seguida de jantar harmonizado para imprensa na noite do último dia 2 de julho, com vinhos orgânicos (e um biodinâmico) chilenos Emiliana com a presença do enólogo da vinícola Alvaro Espinoza e Cristián Rodríguez, Diretor de Exportações da vinícola, no EAT Empório e Restaurante, sito à Rua Dr. Cardoso de Melo n° 1191, Vila Olímpia, SP.

Sobre a Emiliana

Emiliana é a única vinícola do Chile com manejo 100% orgânico. É a maior vinícola orgânica do mundo. Foi reconhecida como “Companhia Verde do Ano”, durante os “Green Awards 2012”, concurso organizado pela prestigiada revista inglesa “The Drink Businness”.

Cristián Rodríguez, Diretor Comercial da Emiliana, Enólogo Alvaro Espinoza e Celso La Pastina
Cristián Rodríguez, Diretor Comercial da Emiliana, Enólogo Alvaro Espinoza e Celso La Pastina

O menu

Criado pelo Chef Manuel Coelho, foi harmonizado com os vinhos Emiliana Novas, Signos de Origen, Coyam e Gê Biodinâmico. Na oportunidade, foi lançado o novo Emiliana Late Harvest 2012.

Emiliana é uma vinícola que trabalha 100% com o conceito de agricultura orgânica e sustentabilidade se preocupando inclusive com as pessoas que trabalham lá, além de vários projetos sociais. Todos seus  vinhos atualmente são certificados como orgânicos: Gê, Coyam, Adobe, Novas e Signos de Origen. No Brasil, com a nova lei, a Emiliana  foi a primeira empresa nesse ramo a estampar o selo de “biodinâmico” em seu produtos.

Descrição e avaliação dos vinhos
A degustação foi comandada por Cristián Rodríguez, Diretor Comercial da Emiliana, que integra conglomerado de vinícolas do grupo Viña Concha y Toro e também por Álvaro Espinoza,  enólogo com farta experiência no Chile em vinhos orgânicos, dinâmicos e biodinâmicos:
Signos de Origen Branco 2011 – álcool: 14,5% – uvas: Chardonnay (65%), Viognier (20%), Marsanne (11%) e Roussanne (4%) – região: Vale de  Casablanca – importador: La Pastina – preço: R$ 91 – Palha na transição para dourado. Aroma de frutas tropicais e cítricas lembrando maracujá e abacaxi com leve toque mineral. Fresco, cremoso, frutado com notas cítricas, boa acidez e final agradável com fundo de baunilha. Alvaro Espinosa explicou que a complexidade deste vinho decorre da utilização de uma cuba ovóide, sem ângulos, de movimento helicoidal contínuo. O vinho é fermentado “sur lie” e nunca é clarificado, as borras permanecem em suspensão durante seis meses resultando num vinhos mais concentrado, sem necessariamente ter passado por madeira. Avaliação: 89/100 pts. +
Novas Carménère (85%) e o restante de Cabernet Sauvignon: aqui a Carménère pontifica num dos melhores vinhos de sua categoria, eis que não custa tanto pelo que entrega: R$ 48
Novas Carménère (85%) e o restante de Cabernet Sauvignon: aqui a Carménère pontifica num dos melhores vinhos de sua categoria, eis que não custa tanto pelo que entrega: R$ 48
Novas Carménère-Cabernet Sauvignon – álcool: 14% – uvas: Carménère (85%) e Cabernet Sauvignon – região: Colchágua – preço: 48 – Vermelho rubi brilhante. Aromas discretos com a presença do álcool pela sua jovialidade. Notas levemente herbáceas e de especiarias, frutas vermelhas doces e discreta compota de goiaba. Na boca subimos mais um degrau: taninos macios, quase aveludados, álcool generoso sem incomodar, presença de fruta doce e compota, especiarias e final suavemente picante. Vinho bem feito, prazeroso, sem arestas. Muito boa relação  preço-qualidade com alguma elegância. Avaliação: 88/100 pts. 
"G" um vinhaço orgânico-biodinâmico que teve seu preço reduzido para R$ 240
“G” um vinhaço orgânico-biodinâmico que teve seu preço reduzido para R$ 240
Gê Biodinâmico 2008 – álcool: Syrah (40%), Carménère (30%) e Cabernet Sauvignon (30%) – álcool: 14,5%  – preço: R$ 240 – vinho elaborado com as melhores parcelas de uvas do Fundo “Los Robes” normalmente utilizadas na elaboração do mais famoso orgânico chileno, o Coyam. Análise organoléptica:  púrpura brilhante com reflexo azulado. Aromas complexos de frutas maduras como amora e ameixas, toques de especiarias e pimenta negra, notas defumadas, tabaco e chocolate sobre grafite, mentol e trufas. Boca no mesmo diapasão intensa, complexa, preenchendo completamente o palato, taninos presentes do tipo “mastigáveis” com boa adstringência, notas de fruta madura e chocolate amargo. Final longo, marcante e persistente. Vinho que pode evoluir arredondando ainda mais seus taninos. Sem dúvida um dos melhores tintos chilenos da atualidade, com a vantagem de custar quase a metade do que se paga por outros vinhos chilenos do mesmo nível de qualidade. Avaliação: 92/100 pts.++ 
O rótulo deste Late Harvest orgânico, após estudos foi pensado nas muheres, que segundo o representante da vinícola, são as maiores consumidores desse tipo de vinhoai
O rótulo deste Late Harvest orgânico, após estudos foi pensado nas muheres, que segundo o representante da vinícola, são as maiores consumidores desse tipo de vinhoai
Emiliana Late Harvest 2012 – álcool: 12,5% – uvas: Sauvignon Blanc (85%) e Gewürztraminer (15%) – região: Vale de Casablanca – preço: R$ 35 – Palha esverdeado brilhante. Aberto e expressivo nos aromas com as típicas notas  terpênicas da Gewürz (lichia, jasmin e grapefruit) sobre uma discreta nota vegetal da Sauvignon Blanc, majoritária no corte mas não nos aromas. Boca rica, ampla, com bom equilíbrio entre doçura  e acidez resultando num vinho fresco, de apelo feminino segundo relato de Alvaro Espinosa. A Gewürz novamente mostra sua personalidade dando peso ao vinho que encontra agradável equilíbrio no frescor da Sauvignon Blanc. Enfim, um vinho gostoso, para ser bebido sozinho ou acompanhando sobremesas não exageradamente doces. Avaliação: 88-89/100 pts.
Vertical das safras 2001, 2004, 2007 e 2010
Vertical das safras 2001, 2004, 2007 e 2010 – preço médio da safra 2010 – R$ 120
Coyam 2001 – álcool: 14,4% – variedades: Merlot (36%), Carménère (21%), Cabernet Sauvignon (21%), Syrah (18%) e Mourvédre (4%) – O vinho Coyam é sucessor do antigo “Santa Emiliana”. Suas uvas são oriundas do “Fundo Los Robles”, uma floresta de carvalho chileno que não é da família “Quercus”.  Last but not least “Coyam” na língua mapuche significa “madeira”. Análise organoléptica: na taça exibiu cor granada com alguma turbidez e particulas em suspensão. Aromas típicos de um vinho evoluído com toques de oxidação, grafite e depois de algum tempo chocolate e mentol. Boca equilibrada, volumosa, boa acidez, taninos dando sinal de cansaço, final longo, persistente e macio. Avaliação: 89-90/100 pts.+
Agnaldo F. Rego acompanha o nosso blog desde o início. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas da La Pastina
Agnaldo F. Rego acompanha o nosso blog desde o início. Atualmente é Gerente Nacional de Vendas da La Pastina

Coyam 2004 – álcool: 15% – variedades: Syrah (37%), Carménère (34%), Merlot (14%), Cabernet Sauvignon (13%) e Mourvédre (2%) – vermelho rubi violáceo intenso brilhante com discreto halo granada nas bordas. Aromas de fruta madura, ameixa, amora, frutas silvestres sobre um fundo herbáceo. Boca equilibrada, volumosa, potente, boa acidez, taninos macios, confirmação da fruta sinalizada nos aromas com boa persistência gustativa num final agradável e persistente. Avaliação: 88/100 pts.+

Cristian, Alvaro, Celso e Agnaldo na noite do evento
Cristian, Alvaro, Celso e Agnaldo na noite do evento

Coyam 2007 – álcool: 14,5% – variedades: Syrah (38%), Carménère (21%), Cabernet Sauvignon (21%), Merlot (17%), e Mourvédre (1%) – A safra da “década” para os chilenos produziu um vinho vermelho rubi violáceo intenso brilhante. Aromas típicos dos tintos chilenos com notas de mentol, frutas negras sobre goiabada em compota. Na boca a sua entrada revelou um vinho mais complexo com taninos volumosos, boa acidez, boa fruta como amora, framboesa e ameixa. Álcool generoso sem incomodar e madeira integrada. Boa persistência, final muito agradável. Avaliação: 89/100 pts.+

Este Azeite de Oliva italiano orgânico impressionou por sua elevada qualidade e preço razoável - R$ 33
Este Azeite de Oliva italiano orgânico impressionou por sua elevada qualidade e preço razoável – R$ 33

Coyam 2010 – álcool: 14,4% – variedades: Syrah (38%), Carménère (27%), Merlot (21%), Cabernet Sauvignon (12%), Petit Verdot (1%) e Mourvédre (1%) – safra do terremoto, que acarretou a perda de cerca de 40% da produção das safras 2008 e 2009. Vinho amadurecido em barricas francesas (80%) e americanas (20%) de primeiro, segundo e terceiro uso, durante doze-treze meses. Análise organoléptica: vermelho rubi violáceo intenso brilhante com reflexo púrpura. Aromas intensos, abertos com frutas maduras, ameixa, amora, frutas silvestres, notas de especiarias, sândalo sobre madeira nobre (cedro). Na boca sua entrada revelou um vinho de taninos ultra-macios, equilibrada, volumosa, potente, acídula, frutada com notas de amora, framboesa e ameixa. Boa persistência com final longo, frutado, muito agradável. Avaliação: 90/100 pts.+

Conclusão

Emiliana Organic Vineyards tem por objetivo “incorporar a agricultura orgânica à Emiliana, eis que em 1998, a empresa adquiriu mais terras para constituir novos vinhedos em Casablanca, Maipo e Colchágua (apontados como os melhores do Chile), dando origem à Emiliana Orgânico ou Emiliana Organic Vineyards, “uma empresa preocupada com o meio ambiente e seus trabalhadoresum projeto único no Chile e pioneiro na América Latina”. A agricultura orgânica é baseada num delicado cuidado com os vinhedos numa relação íntima com o meio ambiente, que permite à Emiliana alcançar a máxima expressão das condições de seu terroir”.  No mesmo sentido o contra-rótulo do Coyam: “Vinho distinto que representa fielmente a filosofia de Emiliana, onde a agricultura orgânica e biodinâmica se converteu na inspiração de trabalho, para obter a essência de nossos vinhedos a máxima expressão do terroir”. São vinhos certificados no Chile, alguns até pelo Instituto Demeter (rede ecológica internacional), obrigatoriamente certificados no Brasil “ex vi legis”, sendo seu importador o pioneiro a conseguir essa certificação. E agora vem o melhor: valem o que custam e alguns dos vinhos Emiliana são verdadeiras barganhas, por que a La Pastina ao precificá-los adotou margens realistas (normalmente tudo que é orgânico é mais caro), o que não deixa de ser uma boa notícia para o consumidor.

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One thought on “La Pastina apresentou novas safras dos vinhos orgânicos chilenos Emiliana e novo Late Harvest”

  1. Gostei das descrições do vinho orgânico da vinícula Emiliana do Chile, que tive o prazer de conhecer e degustar!
    Mas para fazer a compra com vocês para entrega em outro estado (SC), não encontrei uma forma fácil e viavel! Gostaria de ser informado.
    Gostaria de comprar : a) vinho tinto Emiliana Novas Cabernet Sauvignon/Carménère orgânico.
    b) vinho tinto Emeliana Adobe Reserva Carménère orgânico.
    Para tanto o preço de cada e sobre o frete, para entrega em Balneário Camboriú, SC

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