No último dia 24 de julho, 4ª feira, às 10h30, na Mistral Eventos, localizada na Rua Rocha, 292, Cj 11, Bela Vista, realizou-se degustação de vinhos das vinícolas lusitanas (Douro) Lavradores de Feitoria e Poeira, com a presença da enóloga e proprietária Olga Martins.

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Lavradores de Feitoria

De alguns dos melhores vinhedos do Douro, surgem tintos de grande concentração, sabor e tipicidade. A Lavradores de Feitoria foi fundada em 1999 por proprietários de quintas detentoras de alguns dos terroirs mais privilegiados do Douro, em um compromisso declarado de produzir vinhos entre os melhores de Portugal.

Com uma equipe de primeira linha, alta tecnologia e excelentes vinhedos, em poucos anos de existência a Lavradores de Feitoria se consolidou como um dos nomes mais representativos da região, recebendo ótimas notas da imprensa especializada portuguesa e internacional.

Produz vinhos equilibrados e marcantes, com excelente identidade regional. Três Bagos, Grande Escolha, Douro branco, Douro tinto, e o Meruge são exemplos do portfólio desta conceituado vinícola.

www.lavradoresdefeitoria.pt

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Poeira

Projeto pessoal de Jorge Moreira e Olga Martins, Poeira é uma minúscula vinícola, responsável por um dos mais cultuados e premiados vinhos de garagem de Portugal. O grande vinho da vinícola, Poeira, desbancou todos os velhos favoritos na última grande degustação dos melhores vinhos do Douro realizada pela Revista de Vinhos, sagrando-se o grande vencedor isolado.

A publicação apontou o tinto como “um vinho pioneiro, um novo passo na evolução do vinho de mesa do Douro”. Robert Parker classificou a safra de 2007 com 93 pontos, enquanto a Wine Spectator foi ainda além, concedendo 94 pontos ao vinho, que foi descrito como “potente e elegante”. O segundo vinho da vinícola, o delicioso Pó de Poeira, tem sido apontado como um dos maiores achados de Portugal, de excelente relação qualidade/preço. O raríssimo Pó de Poeira branco, por sua vez, foi apontado como “perigosamente apetitoso” nas palavras de João Paulo

Martins e “particularmente impressionante” para Robert Parker.

www.poeira.pt

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Foram degustados os seguintes vinhos:

 

* Três Bagos Branco 2011 – álcool: 12,5% – preço: US$ 37,90 – variedades: Malvasia, Viosinho e Gouveio – apenas a variedade Viosinho fermentou em barricas novas de carvalho francês durante seis meses –  Análise organoléptica: palha com reflexo na transição para dourado. Aromas vegetais num perfil quase unidimensional. Na boca acidez cortante, boa expansão,  álcool integrado, leve nota cítrica e mineral. Final intenso, marcado  pela forte acidez. Avaliação: 86/100 pts.

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* Meruge branco 2010 – álcool: 12,5% – variedade: Viosinho – preço: US$ 87,50 – palha claro brilhante. Aberto nos aromas com notas florais e cítricas. Na boca a sua entrada revelou um vinho macio e cremoso, provavelmente em decorrência do estágio durante seis meses em barrica de carvalho português. Acento cítrico e mineral, acidez pronunciada e final com ligeira rusticidade, sem amargor. Avaliação: 88/100 pts.

* Pó de poeira branco 2011 – palha brilhante na transição para dourado. No início aromas elegantes com notas de nozes e avelãs em profusão. Depois de algum tempo na taça um toque cítrico. Na boca a sua entrada revelou um vinho macio, concentrado, fino, elegante confirmando as notas cítricas do olfato. Mineral e de acidez pulsante, seu final é longo e com alguma cremosidade. Avaliação: 89/100 pts.

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* Três Bagos tinto 2010 – álcool: 14% – preço: US$ 39,90 (safra 2007) – com 110.000 garrafas produzidas, produzido com uvas de cinco quintas com vinhedos entre 25 – 30 anos, sua vinificação se deu parte em cuba de aço inoxidável e a outra parte em lagares. Amadurecido em barrica de carvalho francês usado. Análise organoléptica – vermelho- rubi intenso, brilhante com reflexo púrpura. Frutado nos aromas com notas de amoras, cerejas e framboesa. Uma ponta de álcool, confirmada no paladar volumoso e salivante, de taninos presentes pedindo mais algum tempo na garrafa  para suavização. A madeira não incomoda. O final é de bom cumprimento, seco. Avaliação: 88/100 pts.

*Pó de poeira tinto 2010 – álcool: 14% – preço: US$ 69,90 – considerado segundo vinho depois do Poeira, em sua composição entra uma parte de uvas oriundas de “vinhas velhas” para dar complexidade. Análise organoléptica: púrpura mediamente intenso. Aberto nos aromas com notas de groselha e framboesa. Na boca exibiu taninos firmes, rugosos e intensos sem no entanto agredir o paladar. Álcool generoso, acidez compatível traduzida no bom frescor completam o perfil deste vinho concentrado e suculento, escolhido pelo MW Dirceu Vianna Júnior como um dos cinquenta melhores vinhos de Portugal. Avaliação: 89/100 pts.+

*Poeira 2009 – álcool: 14% – preço: US$ 128,50 – elaborado com uvas de  “vinhas velhas” de 28 variedades e vinhas jovens de Touriga nacional, Souzão e Tinta Roriz. exibiu cor púrpura intensa, brilhante e profunda denotando sua boa extração. Nos aromas predomínio de frutas negras sobre notas de especiarias e discreto herbáceo. Na boca sua entrada revela um vinho rico, de taninos aguerridos de fina textura. Acidez gastronômica, boa concentração de fruta, uma ponta de álcool que não chega a incomodar completa o conjunto deste vinho austero e ao mesmo tempo exuberante. Final de longa persistência. Avaliação: 90-91/100 pts.

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*Meruge 2009 – álcool: 14,5% – preço: US$ 88,50 – variedades: Tinta Roriz (80%), Touriga Nacional e outras castas – aqui a Tinta Roriz faz o papel da coluna vertebral assegurando estrutura para este vinho que pretende seguir o estilo dos grandes vinhos da Borgonha. Conforme salientou a enóloga Olga Martins, a parte final da fermentação é feita nas barricas de carvalho. O resultado é um vinho de cor menos intensa do que os demais, granada brilhante com as bordas violáceas. Aromas de frutas vermelhas. Uma ponta de álcool. No paladar os taninos também são diferenciados, muito macios e sedosos, acidez gastronômica e álcool generoso. Boa concentração de fruta, estilo leve, balanceado e muito fluído. O final é persistente. Avaliação: 90/100 pts.

*Três Bagos Grande Escolha 2007 – álcool: 14,5% – variedades: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Amarela – elaborado com vinhas velhas de mais de 80 anos, exibiu cor violácea com reflexo púrpura. Aberto nos aromas com notas de geleia de frutas vermelhas, compota sobre um fundo defumado. Boca no mesmo diapasão, com taninos firmes reivindicando quase no ponto de maturidade. Acidez de viés gastronômico, álcool generoso sem incomodar, grande expansão e concentração de fruta no paladar fino e elegante. O fim de boca é marcado pela fruta, longo e sedoso. Avaliação: 91/100 pts.+

Aspecto da sala de degustações da importadora Mistral na Rua Rocha, São Paulo
Aspecto da sala de degustações da importadora Mistral na Rua Rocha, São Paulo
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