O tinto Lorca Monastrell Selección faz menção no contrarrótulo ao Conselho Regulador da D.O. Bullas, na qual a variedade Monastrell é a mais adequada para o clima mediterrânico/continental. O solo profundo da zona, de composição arenosa, com presença de calcário, é bom para essa variedade. A Monastrell pontifica na região do Levante, mas a Syrah é uma das variedades ditas internacionais autorizadas na região onde este vinho foi elaborado pelas Bodegas del Rosário.

Lorca Selección Monastrell (70%) e Syrah (30%) obteve 91/100 pts. de Robert Parker
Lorca Selección Monastrell (70%) e Syrah (30%) obteve 91/100 pts. de Robert Parker

 

Na D.O. Bullas estão inscritos vinhedos com extensão de 5,5 mil hectares situados em um relevo acidentado de altiplanos e vales que alcançam até 2.000 metros de altitude. Bullas faz parte de Múrcia (que possui mais 47.000 ha de vinhedos nas três denominações de origem da região: Bullas, Yecla e Jumilla), cujo clima é mediterrânico seco, de invernos curtos muito frios e longos verões quentes com chuvas que alcançam 450 mm anuais. Os vinhedos ocupam planícies escalonadas que se elevam de 450 a quase mil metros de altitude. Na Comarca de Bullas, a variedade tinta Monastrell corresponde a 80% da área cultivada, complementada por Tempranillo, Airén e Macabeo. Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot e Garnacha, autorizadas, quase não estão presentes. Os vinhos de maior personalidade desta D.O. são os rosados – 75% da produção, mas os tintos começam a se destacar e chamar atenção da crítica internacional. Fonte: A Enciclopédia do Vinho – Luis Tomás Melgar Gil – Ediouro

Banner_Calix_novo

Degustação

Lorca Monastrell Denominación de Origen Bullas 2008 – Álcool: 14,5% – Variedades: Monastrell (70%) e Syrah (30%) – Região: Levante/Murcia/Bullas – preço: R$ 83,05 – importador: Cálix/Decanter – Amadurecido dezesseis meses em barricas novas de carvalho francês e húngaro (2a. passagem). Análise organoléptica: púrpura com reflexo violáceo. Frutado nos aromas com notas de cerejas e framboesas. O perfil aromático demonstrou alguma complexidade porque foi se modificando ao longo do tempo na taça, com sugestões licorosas e vegetais. Na boca é tânico (boa qualidade), com álcool integrado e um toque de madeira que não incomoda. O sabor da Monastrell realmente faz a diferença porque não foi ofuscado pela Syrah, minoritária no corte. Final longo, marcado pela persistência e por um sútil amargor. Aqui também a boa tipicidade da variedade é seu destaque. Cresceu à mesa e vai melhorar com o tempo se corretamente conservado.  Avaliação: 88/100 pts.+ 

(Visited 360 times, 360 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *