A dedicada Lucia Bazzocchi Sanjust e seu filho Luca cultivam 30.000 plantas de Merlot na Colli Aretini, na fronteira das colinas de Chianti, para obter apenas 15.000 garrafas do seu extraordinário Galatrona a cada ano. A região de Petrolo está localizada no local que era originalmente existia uma pequena cidade medieval chamada Galatrona (ela própria construída sobre bases que remontam à época romana) ainda existe na propriedade. Com a consultoria do brilhante Carlo Ferrini, ele produz vinhos de exceção. O Galatrona, Tre Bicchierista de muitos e sucessivos anos, apresenta aromas de fruta madura e especiarias, com notas florais e balsâmicas. Oferece grande densidade extrativa e taninos muito finos. Na safra 2010, mereceu 96/100 pts. de Robert Parker. Fonte: importadora Cellar

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O nome Petrolo tem origem romana, deriva de Petrolo petroliarum (mansão, casa de campo pretoriana – Pretoriano era como se denominava o membro da chamada Guarda Pretoriana, que era um grupo de legionários encarregados da proteção da parte central do acampamento de uma legião romana, onde ficavam instalados os oficiais). Embora houvesse vestígio de assentamento na área já no período etrusco, Galatrona é um nome que provavelmente deriva de uma família etrusca que viveu nestes montes 3.000 anos atrás. Esta parte da região de Chianti, com uma forte presença de florestas, sempre foi marcada pelo cultivo de vinhedos e oliveiras, as únicas culturas que se adaptam bem a esta área. Essa região tem uma longa história, mas não somente isso, um verdadeiro terroir para a produção de grandes vinhos. Encontramos indícios em 1716, quando o Grão-duque da Toscana, Cosimo III, expede um decreto que indica as áreas destinadas à produção de vinho de qualidade. O decreto dividia em 4 zonas de Chianti: Centro de Chianti (entre Panzano e Greve), Carmignano (oeste de Florença), Pomino (leste de Florença) e o Val d’ Arno di Sopra (a área de Petrolo).

A vocação vinícola confirmou-se um século mais tarde, quando, em 1834, o então proprietário, o engenheiro-agrônomo George Perrin, membro da Academia de Georgofili de Florença, confirma a qualidade desses solos cultivando a Sangiovese Petrolo, especialmente em vinha locais em campo seco (atual Bòggina) de Chianti, e também ” uvas Franzose ” ao mesmo tempo que cultivava Sangiovese, em virtude de se constituir numa terra capaz de permitir o cultivo de diferentes variedades de uvas.

A propriedade, na década de 40 do século XX, foi comprada pela família Bazzocchi continuando, com dedicação absoluta, a produção de vinhos de alta qualidade. As características especiais desta área são uma verdadeira “mais-valia”; o microterroir do Petrolo, em que as videiras estão convivendo com árvores nativas e oliveiras,  recria as condições únicas, como a composição do solo, o que contribui para equilibrar perfeitamente o cultivo de diferentes variedades de uvas.

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Informações técnicas sobre o Galatrona

Produção: 20.000 garrafas. A colheita das uvas para elaboração do Galatrona são da variedade Merlot, cultivadas nos vinhedos datados do início dos anos 90. A produção por planta é significativamente baixa (máximo 500 gramas por planta) e isso permite a concentração de todos os componentes dessa nobre variedade, essenciais para características de grande estrutura, elegância, equilíbrio e persistência alcançadas por este vinho. A planta remonta ao início dos anos 90 e se estende por 5 hectares. Quase inteiramente dedicados à Merlot, a vinha é também o lar de pequenos lotes das castas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot, variedades também utilizadas em algumas colheitas para a produção do Galatrona.
Vinificação: a maceração das películas tem duração de cerca de catorze dias. As remontagens foram realizadas com extremo cuidado e alta frequência para permitir a extração completa. A fermentação maloláctica ocorre em barricas de carvalho, geralmente com início rápido e curso regular. Após, o vinho permaneceu em barricas de carvalho novo francês pelo período de 18 meses. Durante esta fase o vinho é deixado intacto nas barricas durante os seis primeiros meses “sulle feccie fini”, com especial atenção para a evolução. Este processo permite alcançar maior complexidade. Após o engarrafamento, o vinho começa seu período de afinamento de 6 meses para sua posterior liberação ao mercado.

Algumas pontuações - 96/100 pts. James Suckling - 95/100 pts. Vinous Galloni - 95/100 pts. Wine Advocate - 96/100 pts. Wine Spectator
Algumas pontuações – 96/100 pts. James Suckling – 95/100 pts. Vinous Galloni – 95/100 pts. Wine Advocate – 96/100 pts. Wine Spectator

Degustação –

Galatrona Petrolo Merlot Toscana IGT 2006 – Álcool: 14% – Região: Toscana/Petrolo/Colli Arentini – – Intenso e profundo na cor violácea sem halo de envelhecimento. Aromas refinados e complexos com notas de frutas maduras como cereja e ameixas secundadas por sugestões de tabaco e chocolate, tudo com muita suavidade, delicadeza, sofisticação e ampla sustentação na taça. Na boca sua maciez sobressai logo no início com seu taninos aveludados, polidos, de fina textura. Mas nem por isso deixa de ser poderoso, carnudo, acídulo e mastigável. Os aromas e sabores da Merlot são uma verdadeira prova do potencial desta variedade em solo italiano, notadamente na Toscana. Um verdadeiro “Merlot in purezza”, que termina longo, profundo, interminável deixando no retrogosto uma deliciosa nota de chocolate de primeiríssima qualidade. Altamente recomendado, até porque a diferença de preço na origem e o praticado aqui não é um fator impeditivo de sua aquisição como acontece com muitos vinhos importados. Avaliação: 94/100 pts.++ 

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