Situada na margem esquerda do Rio Torto, no Concelho de São João da Pesqueira, a Quinta do Soque é uma propriedade com cerca de 20 hectares, dos quais 17 são ocupados por vinhas. Com uma localização privilegiada na Região Demarcada do Douro, a Quinta do Soque pertence à família Vicente há mais de 20 anos. O nome do Soque vem do verbo transitivo sovar/espalmar/apertar/pisar e a origem da Quinta, tal como a de muitas grandes Quintas do Douro, remonta a tempos longínquos.
Nos últimos 20 anos, a Quinta do Soque sofreu no entanto uma revolução: investimentos levados a cabo na modernização das vinhas, bem como na construção de uma adega, munida com os mais modernos equipamentos, permitem garantir a produção de vinhos de mesa de elevada qualidade – a Quinta do Soque produz unicamente vinhos tintos, em três categorias: Colheita, Reserva e Vinhas Velhas. Entre 1990 e 1996, à excepção de 1,5 hectares de vinhas velhas, agora com uma média de idades de aproximadamente 70 anos, os vinhedos da Quinta do Soque foram renovados com as castas mais nobres e emblemáticas da região e do país: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca.
A concretização de todos os investimentos, associada à paixão que é colocada na elaboração dos vinhos, levou ao reconhecimento da Quinta do Soque nos mercados vinícolas, em Portugal e estrangeiro. Fonte: Quinta do Soque
O Quinta do Soque Reserva é um vinho elaborado somente nas melhores colheitas e o 2005 é o primeiro ano em que foi produzido. Um vinho de extremos, com concentração, elegância, taninos presentes, mas muito finos, frescor e um longo fim de boca. Resulta de uma vinificação delicada, de macerações levadas ao limite onde todos os detalhes são levados em conta para que se obtenha este vinho complexo, fino e elegante.
Quinta do Soque Colheita DOC Douro 2007 – Álcool: 14,5% – Variedades: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca – importador: Ana Import (inativa) – preço: R$ 69,90 – antigo campeão de vendas da recém-falecida e já saudosa Ana Import, exibiu cor vermelho-rubi escuro, com discreto reflexo granada. No nariz, é amplo, com aromas de frutas vermelhas, ameixa, leves notas de madeira e cravo, canela e chocolate. O que caracteriza este vinho, além do agradável impacto dos taninos de ótima qualidade, que atingem uma adstringência adocicada, é também o seu equilíbrio gustativo, eis que o álcool, acidez, madeira e fruta estão em plena sintonia. Enfim, um “Ex-Libris” na sua faixa de preço, de marcada tipicidade, perfil que oscila entre o clássico e o atual, com mais virtudes do que defeitos. Feito para mesa, mas pode ser desfrutado sozinho. Avaliação: 89/100 pts.