Flávio de Faria no seu “Guia de Vinícolas Chile – 1a Edição 2012” afirma sobre a Viña Balduzzi que: “Estamos te esperando: este é o principal diferencial da Balduzzi, vinícola familiar com quatrocentos anos de experiência, sendo trezentos na Itália e cem no Chile: a visita se inicia quando você chega. É isso mesmo, não é preciso ligar ou enviar e-mail antes de ir! Jorge Balduzzi, terceira geração da família estabelecida no Chile, mantém quatro pessoas sempre disponíveis para receber os visitantes. Mesmo tendo sofrido bastante com o terremoto de fevereiro de 2010 (que se originou na região, Vale do Maule), a vinícola não fechou suas portas e recebe muitos turistas durante o ano todo. Eles aproveitam a localização – a vinícola fica a apenas 1 quilômetro da Ruta 5 – para fazer uma rápida visita e comprar bons vinhos a preços excelentes”
Sobre o Vale do Maule
“O Vale do Maule corresponde a parte mais ao sul do Vale Central (Maipo, Rapel, Cachapoal, Colchágua, Curicó e Maule). É, em termos de extensão de vinhedos, o maior do Chile, com 28.500 ha. Deles, um pouco menos de um terço corresponde à uva país, a variedade tinta que os espanhóis trouxeram para o Chile no século XVI e que não mostrou ser sinônimo de qualidade. Sem dúvida, esse detalhe marca o Maule, como também o esforço de um grupo cada vez mais crescente de produtores que teve sucesso em provar que sua grande diversidade de mesoclimas possibilita a criação de grandes vinhos. Afora a tecnologia empregada por alguns produtores, a atenção está voltada para melhorar a qualidade do vinhedo, seja em regiões próximas dos Andes, seja nas tradicionais áreas costeiras sem irrigação, onde a diversidade de solos e a topografia estão mostrando um expectante potencial que se conecta diretamente com os primeiros vinhedos plantados no vale, há mais de trezentos anos.” (Guia Descorchados 2008).
Degustação
Balduzzi Ultra B 2007 – Álcool: 14% – Variedades: Cabernet Sauvignon (60%) e Carménère (40%) – Região: Vale do Maule – preço na origem: PCH$ 18.200 (aproximadamente US$ 36,40) – púrpura intenso, profundo com reflexo violáceo sem denunciar o peso dos anos, uma vez que amadureceu em barrica de carvalho francês novo durante vinte e quatro meses. Aberto nos aromas de frutas vermelhas e negras que revezam-se entre si sobre um gostoso fundo balsâmico que depois cedeu para sugestões de bala toffee e geleia de frutas negras. Na boca sua entrada revelou um vinho de sólida estrutura de taninos, álcool generoso sem incomodar, acidez intensa, boa expressão de fruta num conjunto que tem “nervo” e personalidade de sobra. Exibiu razoável evolução na taça, ao tornar-se macio e redondo. O fim-de-boca é longo, com alguma adstringência que promete se dissipar com mais algum tempo na garrafa. Avaliação: 89/100 pts.+