No fim dos anos 1980, a vinícola mais famosa da Espanha, a Vega-Sícilia, procura um substituto para seu rótulo Valbuena Tercer Año. O objetivo era produzir um vinho mais atual, feito com a variedade Tempranillo e amadurecido em carvalho francês novo, com uma presença maior de fruta. Queriam algo diferente do estilo de seus vinhos tradicionais, com uma personalidade própria. Em 1987, a vinícola comprou 25 hectares de terras em Padilla del Duero e nelas plantou a cepa Tinto Fino, nome local da onipresente Tempranillo. As uvas forma fermentadas na Vega-Sícilia e, em 1991, nasceu o primeiro Alión. O nome se refere à região de origem da família Alvarez, proprietária da vinícola, na província de León. Mais tarde, outras videiras foram plantadas em terras descansadas da Vega-Sícilia. A safra de 2008 foi boa em Ribera del Duero, quando a marca Alión já estava bem estabelecida como produto típico da região, oferecendo alta qualidade a preço muito razoável. Neal Martin, da equipe de Robert Parker lhe deu nada menos do que 95/100 pts. em fevereiro de 2013.

O portal do importador informa que (safra 2009):  “Alión é sempre um dos melhores e mais premiados vinhos da Espanha, um verdadeiro clássico – uma combinação entre o melhor da Espanha e o melhor do Novo Mundo, com a prestigiosa assinatura das Bodegas Vega-Sicília. Com nada menos que 96 pontos de Robert Parker na safra 2004, trata-se de um vinho fantástico, rico, intenso e moderno, no melhor estilo da Ribera del Duero”.

….aqui vemos a Bodega Alión.

Degustação –

Alión 2008 – 14,5% álcool – Ribera Del Duero/Padilla de Duero/Peñafiel/Valladolid – preço: US$ 189,90 (2009) – Mistral – Vermelho-rubi violáceo profundo quase retinto com discreto halo granada nas bordas. No nariz  uma explosão de aromas com sugestões de frutas escuras maduras (amora e framboesa), madeira fina (cedro) sobre um gostoso fundo balsâmico com uma discreta nota mentolada. Na boca a sua entrada revela um vinho estruturado, de taninos redondos, macios, poderosos de textura fina e aveludada lhe conferindo sofisticação e elegância. Acidez equilibrada, álcool integrado (apesar dos 14,5%), fruta e madeira bem entrosadas. Cremoso, suculento, fresco,  tem um longo e empolgante final. Muita vida na garrafa pela frente. Um vinho de elevada qualidade que varia muito pouco de uma safra para outra, sempre apresentando um nível de excelência que poucos vinhos no mundo conseguem atingir. Avaliação: 93/100 pts. ++

Imagens acima: Show de Tango no INESQUECÍVEL Estación Sur Morumbi cujas atividades foram encerradas por que grande parte do quarteirão foi comprado por uma incorporadora imobiliária. Aqui, a garrafa pôde ser levada graças à generosidade de Julio A. Mansilla que não cobrou rolha!

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O Alión é um vinho que pode ser bebido sozinho, mas sua verdadeira vocação é a mesa. Harmonizou perfeitamente com o excelente  Bife de Chorizo do Estación Sur Morumbi
Alion não precisa de introdução. De propriedade da família Alvarez de Vega-Sicilia, a propriedade de 85 hectares incluiu 35 hectares ao redor da vinícola e 50 hectares da própria Vega-Sicilia. Estreando em 1991, o vinho é proveniente de vinhedos de 20 anos de idade da variedade Tinto Fino, que recebe um estilo moderno de vinificação, usando a tecnologia state-of-the-art e maturação em barricas de carvalho francês de Nevers entre 12 a 14 meses. Pablo Alvarez Alión descreve como “um vinho de Ribera del Duero cujo estilo lembra um Médoc.”
O Alión 2008 tem mais volume e intensidade no nariz quando comparado com o 2.007. Provado pela primeira vez em fevereiro de 2012, e, em seguida, em janeiro de 2013, continua a ser uma expressão fabulosa de Ribera del Duero. Ele se orgulha de seu celestial bouquet de ameixa preta, violetas esmagadas e fumo que se elevam a partir da garrafa, enquanto exibe um nível de equilíbrio que serviria de lição para muitos de seus pares. Na boca é medianamente encorpado com taninos sedosos, suaves,  flexíveis que desmentem a estrutura existente por baixo. A acidez empresta a 2008, um pouco mais de nervosismo do que o 2007, enquanto o acabamento tem um maravilhoso senso de simetria e foco. Tinto de classe mundial.
A avaliação de Neal Martin
If I was asked to hold up a bottle of what modern Ribera del Duero should taste like and what is should aspire to, the 2008 Alion would be the one in my hand. It has more intensity and volume on the nose when compared directly with the 2007. Tasted in February 2012, and then in January 2013, it remains a fabulous expression of Ribera del Duero. It boasts of heavenly bouquet of black plum, crushed violets and tobacco that soar from the glass, while displaying a level of delineation that would serve a lesson to many of its peers. The palate is medium-bodied with supple, silky-smooth tannins that belie the structure underneath. The acidity lends the 2008 a little more edginess than the 2007, while the finish has a wonderful sense of symmetry and focus. World class. Drink 2016-2025+. 
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