O novo Supervisor Comercial da Portus Cale, Ricardo Aretini, conduziu com bastante serenidade a degustação
O novo Supervisor Comercial da Portus Cale, Ricardo Aretini, conduziu com serenidade a degustação

A importadora Portus Cale, no dia 21 de agosto, ofereceu almoço-degustação no Restaurante Aguzzo Cucina e Vino, sito à Rua Simão Alvares, 325 – Pinheiros, de “Vinhos Varietais Portugueses” integrantes de seu portfólio para um pequeno grupo de jornalistas. Foram degustados os seguintes vinhos:

Cova da Ursa Chardonnay 2013 – Álcool: 14,5% – preço: R$ 120

Má Partilha Merlot 2010 – Álcool: 14,5% – preço: R$ 140

Quinta da Romaneira Syrah Vinho Regional Duriense 2010 – Álcool: 13,5% – preço: R$ 180

Bacalhôa Moscatel de Setúbal Colheita 2011 – Álcool: 17,5% – preço: R$ 55

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Cova da Ursa Chardonnay 2013 – Azeitão/Península de Setúbal – 14,5% álcool – R$ 110,00 –  Amarelo palha brilhante. Complexo no olfato com notas amanteigadas secundadas por fruta madura (abacaxi e pêssego principalmente) sobre um fundo com discreto tostado com boa sustentação na taça. Rico na boca com a confirmação das sensações olfativas. Untuoso, razoavelmente fresco, apresenta uma nota cítrica. Um vinho cujas notas de barrica só aparecem no fim-de-boca. Vinho emblemático, que tem na força da fruta tropical aliada à sua elegância seus maiores apelos. Está menos “madeirado” do que nas edições anteriores. Avaliação: 88/100 pts. +

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A primeira colheita do tinto Má Partilha se de deu em 1986. Seu terroir se caracteriza por solos argilo-calcários de uma vinha localizada nas suaves encostas de Azeitão. A localização da vinha, seu solo e as condições climatéricas da Serra da Arrábida dão personalidade a essa casta, vindimada na primeira semana de setembro, com fermentação clássica, lenta e controlada. Já o contrarrótulo assinala que: “Produzido inteiramente com a casta Merlot, de vinhas localizadas nas encostas de Azeitão, onde encontra um terroir ótimo para o seu plantio com elevada qualidade. A sua fermentação foi finalizadas em barricas de carvalho francês “Allier”, seguida de um estágio de dezesseis meses nas mesmas, o que contribuiu para a excelente integração de aromas e sabores, e que lhe conferem uma estrutura complexa e muito persistente. Apresenta um ótimo potencial de envelhecimento em garrafa e é o acompanhamento ideal para pratos de carne, caça e queijos. Servir à temperatura de 14-16°C”.

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Degustação

Má Partilha Merlot Vinho Regional Península de Setúbal 2010 – Álcool: 14,5%  – importador Portuscale – preço médio: R$ 160 – vermelho-rubi intenso de média profundidade com discretíssimo halo granada em formação nas bordas. Nos aromas uma nota forte de álcool dominou o conjunto para depois ceder espaço para ameixa, madeira tostada sobre uma pontinha de ameixa. Na boca sua entrada revelou um vinho alcoólico, potente, com a madeira se destacando, mas sem subjugar a fruta por completo. Exibiu a esperada tipicidade da variedade, mas é um Merlot incomum, de personalidade vincada. Tudo indica que mais algum tempo na garrafa lhe fará bem, acertando o conjunto. Avaliação: 88/100 pts.+

Um Syrah que beira a perfeição no quesito "tipicidade"
Um Syrah que beira a perfeição no quesito “tipicidade”

 

A bonita Romaneira  estava em mau estado quando um consórcio (que incluía Christian Seely, da Noval) assumiu o seu controle em 2004. Os grandes vinhedos foram uma atração para Seely e eles estão sendo modernizados, com 81 atualmente em produção e com potencial de expansão para 200 ha.  Até agora os vinhos se mostraram excepcionalmente bons: o segundo vinho R de Romaneira é uma pechincha; o Quinta é bem feito e elegante. O vinho do Porto Vintage também se revela sensacional. Além dos vinhos, há um pequeno hotel de luxo e restaurante. Fonte: O Grande Livro dos Vinhos – Publifolha – 1a. edição – agosto 2012

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Quinta da Romaneira Syrah Vinho Regional Duriense 2010 – Álcool: 13,5% – Região: Cotas/Alto Douro – preço: R$ 180 – amadurecido durante 14 meses em barrica de carvalho francês de 225 litros a partir de vinhas de mais de vinte e cinco anos, este tinto Duriense de fina estirpe informa no seu contrarrótulo que: “No amplo anfiteatro natural proporcionado pelo Douro, o resultado é um vinho de grande personalidade, com fruta aparente que transmite o caráter da casta mas também a natureza particular da parcela onde foi plantada, engarrafada como monocasta”. Análise organoléptica: empolgante na cor viva, brilhante de matiz púrpura, arroxeado. Intenso e complexo nos aromas, com notas de frutas negras, toques lácteos, especiarias sobre mentol. Boca no mesmo diapasão, taninos potentes “texturizados”, excelente acidez,  muito corpo e, sobretudo, um raro monocasta duriense de excelente tipicidade. Termina harmonioso, como começou. Avaliação: 91/100 pts.+

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Algumas considerações sobre o privilegiado terroir da Península de Setúbal – A Bacalhôa cultiva 28 variedades de uvas e produz 50 vinhos diferentes. As variedades francesas se adaptaram bem, segundo depoimento do enólogo Vasco Garcia, que salientou que a Serra da Arrábida era uma ilha que hoje está numa península. O solo é argilo-calcáreo, muito pobre, as vinhas tem exposição norte onde os dias são muito quentes e as noites são frias,  isto é as condições são favoráveis para o correto amadurecimento das variedades francesas e portuguesas, eis que o ciclo de maturação é longo, portanto, completo. A Moscatel tem ciclo longo, sua maceração é longa – cerca de seis meses – o que concentra o sabor e aumenta o amargor (sim, no Moscatel de Setúbal algum amargor é desejável). A fermentação é interrompida com a adição de aguardente vínica. Outro aspecto interessante ressaltado por Vasco é sobre a procedência das barricas utilizadas e sobre a elaboração do famoso Moscatel de Setúbal. As barricas da Bacalhôa são francesas e do Cáucaso (a região do Cáucaso situa-se no Sudoeste da Europa, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, separando a Europa da Ásia). Segundo Vasco, as barricas russas  dão resultados semelhantes às francesas. Por fim, o grande segredo do frescor dos seus moscatéis é que “uvas sobremaduras não dão frescor, mas o que proporciona o frescor é o longo tempo de maceração, que varia de quatro a seis meses, com uvas verdes para elaboração de um vinho licoroso doce que é o Moscatel”.

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Degustação

Bacalhôa Moscatel de Setúbal Colheita 2011 – álcool: 17,5% – preço: R$ 55 – Este vinho fortificado doce, amadurecido em barricas durante três anos, exibiu sedutora cor topázio claro, brilhante e intenso. Nariz complexo com sugestões de casca de laranja, caramelo, nozes, delicadas notas de frutas secas (figos), doce de laranja e frutas cristalizadas. Na boca subscreve esses aromas, na mesma dimensão assinalada pelos aromas, exibindo exuberância de sobra, terminando macio e aveludado ao deixar gostosas notas tostadas no retrogosto. Avaliação: 88-89/100 pts. 

Vinhos de qualidade reconhecida integram o portfólio da Portus Cale
Vinhos de qualidade reconhecida integram o portfólio da Portus Cale

Conclusão

Para quem conhece bem o vinho português sabe que normalmente são blends de uvas autóctones. Aliás, Portugal no mundo vínico se diferencia pela variedade de uvas vitiviníferas nativas e é por isso que os blends portugueses criaram fama no mercado e são muito bem aceitos pela sua versatilidade.

No entanto, o que muitas pessoas ainda não sabem que Portugal tem produzido cada vez mais vinhos varietais, feitos com apenas uma uva ou com a predominância desta. Lá são denominados “monocastas”. A legislação de cada país e de cada região é que determina a porcentagem mínima necessária para que um vinho possa ser considerado varietal. No Brasil, por exemplo, o vinho varietal precisa ter pelo menos 75% de uma uva.

A Bacalhôa foi uma empresa pioneira em elaborar varietais com castas francesas em Portugal lançando o premiado Quinta da Bacalhôa (90% Cabernet Sauvignon) em 1979, época essa que as variedades francesas mal eram conhecidas no país. O mesmo movimento que a Bacalhôa fez há décadas no Alentejo vem acontecendo atualmente no Douro e felizmente, a Quinta da Romaneira também representada pela Portus é uma das pioneiras em produzir varietais com castas francesas em uma região na qual pouco se fugia das tradicionais castas do Douro.

A Portus oferece diversos vinhos varietais de nacionalidade lusitana em seu portfólio com 100% das variedades portuguesas e internacionais, tendo no seu portfólio um Petit Verdot, o primeiro varietal desta casta da região do Douro. Na degustação, o Syrah do Douro (VRD) da Quinta da Romaneira se destacou.

Ao final, foi distribuído para cada profissional um exemplar da excelente revista “Portus – A revista para quem faz amigos com o vinho” ano 5, n° 10, que tem por Editor Especial o jornalista Marco Merguizzo. 

Portus Importadora
Avenida Lauro de Gusmão Silveira, 479 – Guarulhos – SP.
Telefone:3675-5199
E-commerce: www.portusimportadora.com.br

 

AGUZZO, Alta  Gastronomia Italiana
AGUZZO, Alta Gastronomia Italiana

 

Sobre o Aguzzo, restaurante na qual a degustação se realizou 

Localizado no bairro de Pinheiros e inaugurado há 8 anos, o Aguzzo ficou conhecido pela sua gastronomia italiana oferecida com maestria.

A frente do salão está o restaurateur Fábio Eduardo da Silveira, mais conhecido como Fabinho, ex-Nonno Ruggero, Maremonti e Gero Café e traz sua experiência para atender os exigentes clientes.

Na cozinha, as panelas são divididas por dois grandes profissionais, um que já acompanha a casa há quase dois anos, chef João de Lima com passagens e experiência por países como Alemanha, Grécia, a antiga Iugoslávia e a Romêniae, de outro que volta para o restaurante, o chef Alessandro Oliveira – que já atuou na inauguração do Aguzzo – e trabalhou no Parigi, Maremonti, e Gero (Brasília).

 

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A casa é projeto do arquiteto Roberto Azrak que se dedica a repaginar sempre o local com detalhes cuidadosos como em manter um gracioso espaço no meio do salão com uma adega armazenando 150 rótulos. O ambiente acolhedor traz todos os dias a decoração de arranjos florais que perfumam e enfeitam o espaço. Um bar discreto serve como espera aos clientes que aguardam mesa e degustam drinques da carta.

O piso superior, é reservado para ampliar as instalações em dias mais fervorosos de movimento ou mesmo receber grupos fechados para eventos.

Um dos diferenciais do restaurante Aguzzo é a produção de massas feitas artesanalmente no local o Fetuccini e o Maccheroni, que podem ser combinados com diversos molhos.

Os pratos mais pedidos são Parmigiano all´Aguzzo (filé mignon empanado com pão, feito na casa, crocante, gratinado com parmesão e molho de tomate frescos); Gnocchi della casa con gorgonzola cremoso (massa de batata, ricota e espinafre com molho de gorgonzola); Lasagne alla bolognese (lasanha com molho de carne e queijo) e Risotto di zucchini, shitake e carciofi (abobrinha, cogumelos shitake e alcachofra).

Outra novidade é a abertura do pastifício “Aguzzo Pasta e Pane”, localizado ao lado do restaurante, que conta com a venda das massas  secas e recheadas, como as citadas acima, pães e molhos. Além de poucas mais saborosas receitas de sobremesas.

Aguzzo

Rua Simão Alvares, 325 – Pinheiros – São Paulo – SP

Tel. (11) 3083-7363

Horário de funcionamento: Almoço – segunda à sexta 12h às 15h00. Jantar – Fechado na segunda – terça a quinta: das 19h à 23h. Sábado: Almoço das 12h às 15h e Jantar Sexta e Sábado: das 19h às 24h e Domingos das 12h30 às 17h00 – Fechado no Jantar

www.aguzzo.com.br  

AGUZZO, Alta  Gastronomia Italiana
AGUZZO, Alta Gastronomia Italiana 
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