A Confraria “Esvaziando a Adega” se reuniu, mais uma vez, no sempre recomendado Restaurante Zeffiro (Rua Frei Caneca 669 – tel. 3259 0932 – São Paulo/SP), sob coordenação de Clóvis Pavan, para degustação dos vinhos do Alentejo do produtor “Cortes de Cima”, adquiridos na importadora Adega Alentejana para essa finalidade. Estiveram presentes além de Clóvis, este escriba, Lucas, André, José Luiz, Lacombe, Toledo e Paulo Guerra.

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Sobre a Casa Agrícola Cortes de Cima 

Trata-se de uma propriedade familiar localizada no Alentejo que se dedica à produção de vinhos e azeite. O terroir local se caracteriza pelo sol abundante que se faz sentir anualmente na região na qual amadurecem as uvas que originam os vinhos, bastante conhecidos por seu comedimento, sem exageros de doçura ou excessos de barrica. Na adega, os bagos são cuidadosamente selecionados à mão para oferecer no vinho as suas melhores características naturais: a cor concentrada, o aroma e o sabor típicos, a riqueza das uvas maduras alentejanas. Por fim, cabe destacar que a Cortes de Cima em 1991 foi a primeira vinícola lusitana  a plantar Syrah no Alentejo, proveniente de enxertos do Sul do Rhône. No Brasil essa vinícola está representada pela Adega Alentejana, tel. 011 5044-5760 Fax: (55 11) 5531-1595.

Sobre o Alentejo

Alentejo: a melhor região vinícola do mundo para visitar. A fama da região do Alentejo não conhece fronteiras. O jornal norte-americano USA Today, elegeu o Alentejo como a melhor região vinícola do mundo para visitar. “Esta intrigante região rural é como uma viagem de volta no tempo para os amantes do vinho”, escreve. “O terreno diverso detém olivais e vinhas, aldeias pitorescas, prados cheios de flores e florestas”, continua o jornal de maior circulação nos Estados Unidos. “É uma distinção importante para o Alentejo e para Portugal, que tem impacto muito positivo no potencial de notoriedade que a região pode obter nos mercados internacionais”, afirma Dora Simões, presidente da CVRA.

 

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Espumante Vértice Rosé n/v – Degorgément 06/2013 – Álcool: 12% – Região: Douro – Preço: R$ 99 – Com a lucidez que o caracteriza, Rui Falcão salienta que: “E logo no Douro, uma região que até à criação do Vértice não era contemplada como região natural para este tipo de vinhos. Com raiz no coração do Douro, assentando praça nas imediações de Alijó, nas terras mais altas do Douro, o Vértice é, por direito próprio, um dos nomes mais sonantes e prestigiados dos vinhos espumantes portugueses. Celso Pereira capitaneia o barco e fá-lo com a maestria de quem sabe do que fala e faz. Vértice e Celso Pereira acabaram por ser dois nomes que se confundem tal a dedicação de Celso Pereira à causa do Vértice, bem assessorado por Pedro Guedes, o outro mentor dos vinhos espumantes que saem de Alijó “. Análise organoléptica: O Vértice método champenoise  apresenta uma cor sedutora de matiz salmonado. Floral e frutado apresentou um perlage rico e intenso, com grande cremosidade e suavidade no paladar que só é superada por seu frescor intenso. Bastante seco, sem os habituais excessos, tem um invejável equilíbrio gustativo e sabores convidativos. Termina sem amargor. Avaliação: 89-90/100 pts.+

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Cortes de Cima Sauvignon Blanc 2013 – Álcool: 13% – Região: Vidigueira/Alentejo – preço: R$ 129 – Palha claro brilhante. Aberto nos aromas a lembrar um exemplar do novo mundo com notas de flor de maracujá e arruda. Macio, pleno na boca é um vinho equilibrado, com alguma suculência e muito frescor. O perfil é elegante, contido, eis que sua acidez não é cortante. Termina seco sem amargor ou qualquer aspereza. Avaliação: 89/100 pts.

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Cortes de Cima 2011 – Variedades: Syrah, Petit Verdot, Aragonês e Touriga Nacional – Álcool: 14% – Região: Vidigueira/Alentejo – Preço: R$ 108 – violáceo intenso. Aromas complexos com frutas negras, especiarias (cravo e pimenta-do-reino) sobre ligeiro tostado e algum floral. No paladar o grande destaque fica por conta da qualidade de seus taninos firmes, texturados e de perfil que confere alguma sofisticação ao conjunto. O nariz e a boca são diferentes, eis que na boca se mostrou mais frutado do que o anunciado pelo nariz, contudo, o resultado é agradável. Segundo Rui Falcão, a Syrah dá estrutura, a Petit Verdot frescor, Aragonês fruta e a Touriga Nacional arredonda o corte. O fim-de-boca e longo, prazeroso. Avaliação: 89-90/100 pts.

 

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Monovarietais Campos de Cima – Blogdojeriel.jpg

Cortes de Cima Syrah – Álcool: 14% – Região: Vidigueira/Alentejo – Preço: R$ 129 – concentrado na cor, exibiu aromas típicos da casta com notas de especiarias, groselha, algum tostado sobre um fundo floral (violetas). Na boca se mostrou solidamente estruturado sem perder a elegância, eis que seus taninos são amplos, poderosos e firmes sem ofuscar a fruta, que está à marcar presença ao lado da madeira integrada que lhe confere uma sensação de cremosidade. Acento mineral, acidez que lhe dá aptidão gastronômica, álcool generoso, tudo entrelaçado harmonicamente. Um vinho gostoso e de bom cumprimento no palato. Também se destaca por seu frescor e por ser capaz de evoluir bem na garrafa. A Syrah, definitivamente, é a variedade francesa que melhor resultado dá no Alentejo. Avaliação: 89/100 pts.+

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Cortes de Cima Trincadeira 2011 – Álcool: 14% – Região: Vidigueira/Alentejo – Preço: R$ 178 – Escurão na cor, complexo nos aromas com notas de frutas negras, especiarias e uma convidativa nota crocante. Na boca é um vinho quente, de estrutura marcante, fresco, de taninos mastigáveis e boa concentração de fruta. Um vinho de excelente tipicidade alentejana, gostoso com suas notas crocantes, sua acidez salivante e álcool generoso. Não custa barato mas vale à pena conhecê-lo. Avaliação: 90/100 pts.+

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Cortes de Cima Aragonez 2011 – Álcool: 14% – Região: Vidigueira/Alentejo – preço: R$ 178 – A Aragonez é a Tempranillo da Espanha no Alentejo. Cor intensa, profunda a denotar um vinho concentrado. Frutado no nariz com toques de ameixa, cereja e amora. Boca tânica (requer tempo para amaciamento), boa acidez, álcool elevado, fruta e madeira em integração. Final seco, longo e intenso. Um tinto de boa tipicidade. Avaliação: 88-9/100 pts.+ 

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Cortes de Cima Petit Verdot 2010 – Álcool: 14% – Região: Vidigueira/Alentejo – preço: R$ 233 – Fechado na cor e nos aromas, o que antes de um defeito, é uma característica da variedade em tela. Notas vegetais sobre especiarias. Na boca é um tinto cuja estrutura chama atenção. Camadas sobre camadas de sabores que se revelarão com alguns pares de anos na garrafa, eis que aqui o tempo corre a seu favor. Não é um vinho fácil de compreender, mas é um tinto que saberá recompensar quem tiver paciência com ele. Avaliação: 88/100 pts.++ 

 

Informa o contrarrótulo: "Este vinho é uma produção especial em homenagem a Hans Christian Andersen, aclamado escritor de contos infantis dinamarquês. No ano de 1.866, Hans Christian Andersen viveu três meses em portugal, país ao qual chamou o "paraíso terrestre". O texto contido na parte da frente desta etiqueta foi retirado do conto "O Sapo", escrito durante sua estadia em Portugal. Este vinho foi produzido exclusivamente a partir de uvas seleccionadas da casta SYRAH (100%)"
Informa o contrarrótulo: “Este vinho é uma produção especial em homenagem a Hans Christian Andersen, aclamado escritor de contos infantis dinamarquês. No ano de 1.866, Hans Christian Andersen viveu três meses em portugal, país ao qual chamou o “paraíso terrestre”. O texto contido na parte da frente desta etiqueta foi retirado do conto “O Sapo”, escrito durante sua estadia em Portugal. Este vinho foi produzido exclusivamente a partir de uvas seleccionadas da casta SYRAH (100%)”

Homenagem à Hans Christian Andersen 2010 – Álcool: 14% – Variedade: Syrah – Região: Vidigueira/Alentejo – preço: R$ 233 – A impressão de solidez deste tinto alentejano é transmitida na cor retinta, compacta e profunda. Notas florais com enfase em violetas despontam nos aromas nos quais especiarias como cravo-da-índia e cardamomo se destacam. Depois de algum tempo licor de cassis e toques de groselha dominam a paleta dos aromas. Na boca é um vinho tenso, mastigável, quente, concentrado e profundo. A Syrah aqui tem uma de suas máximas expressões no Alentejo, eis que estamos diante de um tinto assertivo e hedonista. Avaliação: 91-92/100 pts.+

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