Degustação vinhos Terranoble by Decanter com a presença de Francisco Matte

 

No último dia 9 de dezembro, a importadora DECANTER promoveu degustação seguida de almoço dos vinhos TERRANOBLE com a presença de Francisco Matte (Diretor Executivo) e Gonzalo Badilla, Gerente de Exportações  Asia-América da Vinícola. Pela Decanter, o Sr. Adolar Hermann e Cézar França.

Sobre a Terranoble

Terranoble é uma vinícola fundada em 1993 que instalou-se inicialmente no Vale do Maule, maior região produtora de vinhos no Chile, expandindo-se depois para o Vale de Colchágua. Hoje, possui vinhedos no Vale de Casablanca inclusive.  Em seus 190 hectares, Terranoble (produção de cerca de 300.000 caixas anuais) busca produzir vinhos com sabores e aromas frutais bem definidos, representativos de cada variedade de uva e que procuram retratar com fidelidade seu local de origem. A vinícola se pauta pela sustentabilidade, no bem estar de seus trabalhadores, na inovação e na produção de vinhos em terroirs diversos. Em Los Lingues (Colchágua) a Terranoble possui 120 ha, apenas 30 cultivados com Cabernet Sauvignon e Carménère (Andes); Pinot Noir e Syrah na Subdenominação Costa. No Sul (San Clemente/Maule), Sauvignon Blanc, Merlot e Carménère também são cultivadas com pleno êxito. A seguir descrições e avaliações dos vinhos degustados, com destaque para a qualidade eis que agora contam com menos madeira, menos extração, mais balanço, mais fruta e muito mais frescor. Para a Terranoble “menos é mais”.

Terranoble Riesling-Sauvignon Blanc Gran Reserva 2012 – Álcool: 12,5% – Variedades: Riesling (70%) e Sauvignon Blanc (30%) – Região: Vale de Casablanca – Preço: R$ 105 – Palha claro translúcido e brilhante. Aberto nos aromas com sugestões que evocam frutas de polpa branca, destaque para pêra e maçã. Depois de algum tempo surgiu uma notinha mineral. No paladar, sua entrada revelou um branco estruturado, balanceado e fresco. Uma pincelada cítrica foi notada com certa facilidade. Macio, seu final é limpo, sem amargor. Avaliação: 89/100 pts.

Kaykun Pinot Noir 2010 – Álcool: 14% – Região: Vale de Casablanca/Algarrobo – Preço: R$ 153 – vermelho-rubi de média intensidade com reflexo na transição para granada. Aberto com boa intensidade aromática com fruta vermelhas e negras sobre um fundo de especiarias. Depois de algum tempo uma leve nota de fruta em compota (goiaba). Na boca não decepcionou. Taninos macios, boa acidez e principalmente bom entrosamento entre fruta e madeira (7-9 meses em barricas novas de carvalho francês), corpo pleno, álcool integrado e bom frescor. Termina com média persistência, sem amargor, sem austeridade. Um bom pinot, de tipicidade bem “chilena”. Avaliação: 89-90/100 pts.+

Terranoble “Reserva Terroir” Cabernet Sauvignon 2012 – Álcool: 13,5% – Região: Colchagua/Los Lingues – Preço: R$ 72 – violáceo intenso, aromas típicos da variedade com frutas negras (ameixas), mentol sobre um fundo balsâmico. No paladar taninos firmes, álcool generoso, acidez razoável, sabor concentrado, enfim um tinto potente com boa profundidade gustativa e de marcada tipicidade. Avaliação: 88/100 pts.+

   

Terranoble Gran Reserva Carménère 2012 – Álcool: 13,5% – Região: Vale do Maule – Preço: R$ 105 – Vermelho-rubi intenso com alguma profundidade. Bastante frutado nos aromas com reminiscências de cerejas e ameixas sobre leve tostado, sem notas herbáceas. Na boca apresentou taninos macios e revelou bom entrosamento entre fruta e madeira (de dez a doze meses em carvalho novo e de segunda passagem francês) e muito bom frescor. Corpo médio, sem a potência exibida normalmente pelos Carménères chilenos. Um vinho que retrata a atual fase da TerraNoble, na busca do equilíbrio, eis que este exemplar exibiu bem menos álcool e madeira do que nas edições anteriores. Avaliação: 88/100 pts.+  

    

CA1 Carménère Andes 2010 – Álcool: 14% – Região: Colchágua/Los Lingues – Preço: R$ 117 – Púrpura intenso, profundo. Aromas complexos com sugestões de licor de cassis, chocolate e especiarias. No paladar é um vinho envolvente, com taninos presentes de boa qualidade, madeira integrada, bom frescor proporcionado pela acidez que confere personalidade a este vinho que procura expressar a influência de seu local de origem, enfim, um vinho que pretende exprimir o terroir. Final longo, marcante, persistente. Avaliação: 89/100 pts.+

CA2 Carménère Costa 2011 – Álcool: 14% – Região: Colchágua – Preço: R$ 117 – Púrpura intenso, profundo. Aromas complexos com sugestões de frutas vermelhas, chocolate e especiarias. No paladar é um vinho concentrado, de taninos texturados, madeira integrada (oito meses em barricas novas francesas), crocante, de bom frescor proporcionado pela acidez pulsante que confere personalidade a este tinto que procura expressar a influência de seu local de origem. E o faz bem! Final longo, marcante, intenso e persistente. Avaliação: 89-90/100 pts.+

Lahuen by Terranoble Azul 2011 – Álcool: 13,5% – Variedades: Cabernet Sauvignon (70%), Syrah (24%) e Grenache (6%) – Região: Maule/San Clemente – Preço: R$ 128,10 – Escurão na cor profunda e intensa, este corte de estilo “mediterrâneo” revelou aromas mentolados, especiados sobre frutas vermelhas e negras com boa sustentação. No paladar subscreveu as sensações olfativas. Taninos finos lhe conferindo elegância. Um tinto potente, com a fruta presente sem ser encoberta pela madeira. Sabor concentrado, sem o rastro alcoólico deixado amiúde pelos tintos do Novo Mundo. Enfim, um vinho longo, de perfil mastigável e com grande sobrevida na garrafa. Vale o preço! Avaliação: 90/100 pts.+

TerraNoble Tricau 2014 – Álcool: não divulgado – Regiões: Los Lingues (Colchágua) e Itata – Variedades: Carignan (65%) e Cinsault (35%) – Preço: não divulgado (trata-se de uma amostra especialmente engarrafada para essa degustação) – vermelho-rubi brilhante de média profundidade. Aberto nos aromas com frutas vermelhas e negras em primeiro plano. Depois notas de vermute, álcool evidente sobre um toque tostado. Impressionante no paladar, por ser um tinto volumoso e acídulo, lembrando alguns tintos do Sul da França. Redondo, limpo, muito fresco e agradável, o estilo mediterrânico caminha a passos largos no Chile, eis que os experientes vinhateiros chilenos estão a exibir um invejável manejo de algumas variedades que ensejam a produção de vinhos para a mesa, sem os habituais e indesejados excessos de álcool  e madeira tão comuns alhures. Enfim, a combinação da Carignan amadurecida por vinte e quatro meses em barricas usadas de carvalho francês com a Cinsault sem passagem por madeira ensejou este vinho gostoso, prazeroso, que flui  delicadamente no paladar. Avaliação: 91/100 pts.