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No dia 31 de janeiro de 2015, a Confraria Esvaziando a Adega reuniu-se mais uma vez no sempre recomendado restaurante Zeffiro (Frei Caneca 669, SP) para degustar vinhos brancos do Velho Mundo (tema livre). Estiveram presentes além deste escriba, André, Lucas, Clóvis, José Luiz, Ricardo Mello e Lacombe.  A seguir a relação dos vinhos degustados com informações sobre eles:

Os trabalhos froam abertos com a abertura de uma garrafa do Espumante italiano Mionetto Rosé levado pelo Confrade Ricardo Mello
Os trabalhos foram abertos com uma garrafa do Espumante italiano Mionetto Rosé levado pelo Confrade Ricardo Mello

 

Espumante Sergio MO Rosé NV – Variedades: Raboso e Lagrein – Preço: de R$ 126,50 por R$ 56,90 – importador: World Wine – de coloração casca de cebola, exibiu aromas de frutas vermelhas. No paladar é fresco, de médio corpo e com sútil amargor final que não chega a incomodar. Espumante levado por Ricardo.

Garzon Albariño Reserva 2012 – Álcool: 13,6% – Importador: World Wine – De R$ 99 por R$ 58,90 – Localizada próximo a vários pontos turísticos uruguaios, como Punta del Leste e La Barra, a Bodega Garzon é a combinação perfeita entre história e futuro. Com grande influência da brisa do Oceano Atlântico (a apenas 18 km de distância), os pequenos vinhedos, com menos de um hectare cada, revelam toda a expressão de seus microclimas. Para a vinícola os grandes vinhos do mundo são elaborados onde a variedade de uva tem as melhores condições, tais como em Garzon, onde seus vinhos representam esta perfeita integração.

Esporão Reserva 2002 – Antão Vaz, Arinto e Roupeiro –  Álcool: 13,5% – Região: Alentejo/Reguengos de Monsaraz – importador: Qualimpor –

Bouzeron Aligoté Domaine A. Et P. de Villaine 2006 – importador: Expand – Região: Borgonha/Bouzeron/Côte Chalonnaise – Preço: R$ 135 (safra 2011 – US$ 90 na Mistral) –  Informa o importador que: “Este é um Aligoté diferente de todos os outros. Perfumado, delicado, cheio de fruta e mineralidade e vibrante, com notas discretas de baunilha no nariz e uma textura aveludada no palato, o vinho tem a assinatura de charme de Aubert de Villaine, co-proprietário do cultuado Domaine de La Romanée-Conti. Na propriedade em Bouzeron, uma vila na Côte Chalonnaise que privilegia a casta Aligoté, o produtor cultiva as uvas nas encostas privilegiadas das colinas, talhando este branco singular, que dá prazer logo nos primeiros anos, mas também pode ser guardado por mais de uma década”.

Tablas Creek “Côtes de Tablas Blanc” 2010 – Álcool: 13,5% – Variedades: Viognier (54%), Grenache Blanc (30%), Marsanne (8%) e Roussanne (8%) – importador: World Wine –  A vinícola Tablas Creek representa a união de duas cultuadas famílias do mundo do vinho, os Perrin (proprietários do Château de Beaucastel) e Robert Haas (fundador da Vineyard Brands – importante representante americano de vinhos de diversos países). Após um período de procura por uma região no Novo Mundo com as características semelhantes às de Châteauneuf-du-Pape – onde se localiza o Beaucastel –, encontraram na Califórnia, a oeste de Paso Robles, uma propriedade de 48 hectares, e a adquiriram em 1989, e assim plantaram as mesmas variedades de uvas do Rhône. Com isso trouxeram clones das variedades Mourvédre, Grenache Noir, Syrah, Counoise, Roussanne, Viognier, Marsanne, Grenache Blanc, Picpoul Blanc e com elas tem elaborado vinhos de ótimo reconhecimento do mercado e da mídia especializada, inclusive com avaliações de Robert Parker superiores a 90 pontos.

Domaine Leccia Patrimonio  2009 – Álcool: 13% – Variedade: Vermentino – 

CARM Maria de Lourdes DOC Douro 2008 – Variedades: Gouveio (40%), Viognier (30%) e Rabigato (30%) – A Casa Agrícola Roboredo Madeira é uma empresa familiar do século XVII. Tem 60 hectares de vinhedos na nobre zona do Douro Superior, com características agrestes que reúnem solos muito pobres e pedregosos, profundos declives, poucas chuvas e altas temperaturas. É ali que produz uvas orgânicas a partir da agricultura biológica, sem uso de defensivos, e vinhos de alta qualidade. Produz ainda azeitonas, em 200 hectares de oliveiras, e extrai apenas azeites extravirgens, de acidez muito baixa, com características únicas que refletem o terroir de cada quinta.

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7° lugar – Vinho húngaro acima (levado pelo André). Aromas terpênicos a lembrar um bom Gewürz. Boca mineral, razoavelmente fresca, média persistência final. Fácil de beber, fácil de gostar, simples, sem muita sofisticação, tem boa relação preço-qualidade. Elaborado com variedades autóctnones da Hungria.

O Bouzeron Aligoté estava com a rolha vazada mas nem isso foi capaz de tirar seu brilho na degustação!
O Bouzeron Aligoté estava com a rolha vazada mas nem isso foi capaz de tirar seu brilho na degustação!

6° lugar – CARM Maria de Lourdes DOC Douro 2008 – Álcool: 12,5% – Variedades: Gouveio (40%), Viognier (30%) e Rabigato (30%) – preço: R$ 196,90 (em promoção por R$ 99,90) – importador: World Wine – Dourado brilhante. Aromas fechados com leve viés cítrico. Boca densa ressentido-se de frescor dando sinais de declínio. Mesmo assim no cômputo geral ficou na sexta colocação. Vinho levado pelo Confrade Ricardo.  179 por 99,90

 

Tablas Creek 2010 - elegância equivalente a de um Chateauneuf-du-pape branco. Vinho que arrancou elogios. levado pelo Clóvis
Tablas Creek 2010 – elegância equivalente a de um Chateauneuf-du-pape branco. Vinho que arrancou elogios. levado pelo Clóvis

5° lugar – Esporão Reserva 2002 – Antão Vaz, Arinto e Roupeiro –  Álcool: 13,5% – Região: Alentejo/Reguengos de Monsaraz – importador: Qualimpor – Dourado brilhante. Aromas cítricos secundados por notas de nozes e castanhas. Boca firme, volumosa, com médio frescor sem no entanto dar sinais de cansaço. Final longo, sem amargor. Vinho levado por este escriba, adquirido no supermercado Carrefour em 2005.

 

Um branco da Corséga da variedade Vermentino
Um branco da Corséga da variedade Vermentino

4° lugar – Garzon Albariño Reserva 2012 – Álcool: 13,6% – Importador: World Wine – Preço promocional: R$ 60,50 – O único exemplar do Cone Sul na degustação é um branco Cisplatino, de cor palha esverdeado brilhante. Aromas complexos com fruta branca sobre toques minerais. Boca intensa, firme e fresca. Média persistência. Vinho levado pelo Confrade Lucas.

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3° lugar – Domaine Leccia AOC Patrimonio 2009 – Álcool: 13% – Região: Córsega – Variedade: Vermentino – A primeira surpresa da degustação. Um Vermentino gostoso, muito fácil de beber. Mineral, de bom volume no paladar, sua boa acidez o habilita para a mesa. Vinho levado pelo Confrade José Luiz.

 

Um branco duriense levado pelo Ricardo
Um branco duriense levado pelo Ricardo

 

2° lugar – Bouzeron Aligoté Domaine A. Et P. de Villaine 2006 – Variedade: Aligoté – importador: Expand – Região: Borgonha/Bouzeron/Côte Chalonnaise – Preço: R$ 135 (safra 2011 – US$ 90 na Mistral). O vinho mais intrigante da degustação eis que sua rolha estava vazada. Dourado brilhante, quase ouro velho. Muito elegante e sedutor no olfato, com notas de frutas secas, marzipã sobre um fundo defumado. Boca no mesmo diapasão, encorpada, expansiva com várias camadas de sabores. Acidez delicada, final longo. Um vinho que necessitou de tempo na taça para mostrar suas inúmeras virtudes. No começo da degustação todos imaginaram que o vinho estava “bouchonée”, mas ao final da degustação  o vinho se mostrou…e não decepcionou….houve quem dissesse: “mesmo ruim o Aligoté estava bom”. Só não ganhou porque sua rolha vazada deve ter contribuído no aceleramento no processo de evolução…Vinho levado por este escriba.

 

O Cone Sul foi representado pelo excelente Albariño Garzon Reserva 2012
O Cone Sul foi representado pelo excelente Albariño Garzon Reserva 2012

1° lugar – Tablas Creek “Côtes de Tablas Blanc” 2010 – Álcool: 13,5% – Variedades: Viognier (54%), Grenache Blanc (30%), Marsanne (8%) e Roussanne (8%) – importador: World Wine – De R$ 232,90 por R$ 99,90 – campeão da peleja foi um branco que mais parecia um “châteauneuf-du-pape californiano”, que na taça exibiu bonita cor amarelo com reflexo dourado brilhante. Aromas complexos e intensos com notas de frutas tropicais maduras (abacaxi, damasco, carambola), favo de mel sobre toques florais. Pleno de boca confirmando toda a complexidade olfativa com sabores cítricos, minerais e se destacando sobretudo por seu elevado frescor. Termina intenso, profundo e muito persistente. Vinho levado pelo Confrade Clóvis.

Da esquerda para direita os três primeiros lugares.
Da esquerda para direita os três primeiros lugares.
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