Sem dúvida estamos na melhor porção do Rhône. Os tintos são longevos e os brancos complexos. A reputação de Hermitage vem do século XVIII, mas as uvas são cultivadas bem antes dessa época. Amiúde os Hermitages eram adicionados aos Bordeaux para lhes dar mais profundidade, cor e robustez. A denominação se dá sobre somente uma única colina de granito sobre a cidade de Tain L’Hermitage, margem direita do Rio Rhône. O aspecto do solo varia nos seus 140 hectares, com diferentes micro-climas. 75% da produção corresponde aos tintos que necessitam no mínimo de uma década na garrafa, podendo envelhecer até por 20 ou mais anos, num estilo particular que pode ser comparado aos melhores Bordeaux. O Hermitage branco leva Roussanne e Marsanne e tem bouquet de mel na juventude e evolui na garrafa demonstrando seu forte acento mineral. A tinta que mais se destaca é a Syrah.
Gabriel Meffre – Laurus Hermitage Blanc 2008 – álcool: 13,5% – Variedades: Marsanne e Roussane – preço: R$ 284 (recebeu 92/100 pts. de Wine Spectator na safra 2007) – Importador: Smart Buy Wines (importação descontinuada) – palha na transição para dourado brilhante. Aromas complexos com flores, frutas secas, nozes, castanhas, tâmaras, amêndoas, leve sugestão de mel sobre um fundo defumado com ampla sustentação na taça. Na boca a sua entrada revela um vinho delicado, rico, fresco, denso, viscoso, profundo, mastigável e muito persistente. Pouco conhecidas nestas bandas, as variedades Marsanne e Roussanne representam “last but not least” o apogeu dos brancos do Rhône, sem perder de vista a importância da Viognier e de outras variedades locais. Deixa uma suave nota de mel no longo fim-de-boca. Aberto num ótimo momento de sua evolução na garrafa. Avaliação 90-91/100 pts.