A história da Bodega Goulart remonta a 1915, quando o Marechal  Gastão Goulart – líder militar brasileiro que estava no exílio político na Argentina – comprou duas propriedades de 15 hectares em Mendoza e nelas plantou as variedades Malbec e Cabernet Sauvignon. Em 1928, Gastão expandiu sua propriedade com a compra de uma gleba de 28 hectares em Lunlunta. Gastão retornou ao Brasil em 1932 para liderar Revolução Constitucionalista, deixando essas terras para trás.

Décadas mais tarde, a neta de Gastão, Erika, descobriu a escritura das propriedades em Mendoza. Profissional de marketing no Brasil, Erika fez uma mudança drástica de vida e mudou-se para Mendoza em 1988 para prosseguir com o negócio do vinho. Juntamente com experiente engenheiro agrônomo Mauricio Parodi, Erika recuperou as terras de seu avô, tanto através da replantação e reabilitação de videiras originais. Demorou quase seis anos para atingir as condições ideais para a produção de vinho de primeira qualidade.

Erika, em seguida, trabalhou com o consultor de vinificação Luis Barraud para atingir o objetivo de produzir vinhos para venda comercial.

Localizadas em Luján de Cuyo, na província de Mendoza, as propriedades gozam dos benefícios de de sua proximidade do rio Mendoza, bem como do clima ensolarado da área. Entre os vinhedos da vinícola a vinha Don Pedro – nome dado para o filho mais velho de Erika -, que está localizada na área de prestígio que é Lunlunta, região na qual há apenas cinco produtores de vinho. A propriedade Goulart também inclui a vinha Don Lucas, nome do filho mais novo de Erika e a vinha Don José, nome do marido de Erika.

Um Malbec elegante, sem os habituais excessos de extração, madeira e álcool.
Um Malbec elegante, sem os habituais excessos de extração, madeira e álcool.

 

Degustação

Goulart “M” The Marshall Reserva Malbec 2011 – Álcool: 14,2% – Região: Mendoza/Vale de Uco – Importador: www.wine.com.br – preço: R$ 80 – Quase retinto com reflexo púrpura nas bordas. Aberto nos aromas com notas florais (violetas), muita groselha, licor de cassis, amoras sobre especiarias doces (cravo principalmente) e leve tostado (oito meses de amadurecimento em barricas de procedência não divulgada). Na boca a sua entrada revelou um vinho de taninos firmes com alguma doçura sem ser enjoativo. Álcool generoso sem incomodar. A fruta se destaca e promove uma sensação agradável no paladar fresco e aveludado. Saboroso, seu sabor evoca um bombom do tipo “cherry brandy”. Termina convidando o degustador a uma nova taça. Detentor de relação preço-qualidade, mais um escolha feita com acerto pela equipe do ClubeW. Avaliação: 90/100 pts.+

 

No contrarrótulo toda rica história dessa  vinícola arentino-brasileira
No contrarrótulo toda rica história dessa vinícola argentino-brasileira
(Visited 1.097 times, 1.097 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *