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No dia 27 de junho de 2015, a Confraria Esvaziando a Adega reuniu-se mais uma vez no sempre recomendado restaurante Zeffiro (Frei Caneca 669, SP) para degustar vinhos tintos de mais de dez anos. Estiveram presentes além deste escriba, Lucas, Clóvis e José Luiz.  A seguir a relação dos vinhos degustados:

Porca de Murça Reserva DOC Douro 2000 –

Terra Andina Cabernet Sauvignon Maipo 1997 –

José Maria da Fonseca Primum Terras do Sado 2000 –

Luis Pato Vinha Barrosa DOC Bairrada 2000 –

Kanonkop Paul Sauer Stellenbosch 1996 –

Agora os vinhos degustados às cegas na ordem de classificação:

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5º lugar – Porca de Murça Reserva DOC Douro 2000 – Álcool: 13,5% – importador: Barrinhas – preço na época de aquisição: R$ 29,90 (Pão de Açúcar) – preço atual: R$ 75 (wine.com.br) – O lanterninha da degustação é um duriense muito famoso no Brasil. Exibiu cor granada brilhante. Aromas típicos de um vinho evoluído com as notas terciárias prevalecendo sobre um fundo mentolado. Na boca taninos macios, boa concentração de sabor e fim-de-boca curto, demonstrando alguma fragilidade. Herbáceo, rústico, dando sinais de cansaço. Avaliação 85/100 pts.

Cabernet chileno de 1997!
Cabernet chileno de 1997!

 

4º lugar – Terra Andina Cabernet Sauvignon Maipo 1997 – Álcool: 12,5% – importador: PramSul (inativa) – o quarto colocado foi um chileno, cuja rolha estava corroída sem comprometer o vinho. Análise organoléptica: vermelho-rubi bem claro (quase um clarete) com reflexo atijolado. Aromas complexos notas animais e herbáceas. Boca firme, taninos ainda presentes de boa qualidade. Final limpo, de média persistência, sem qualquer aspereza corroborando a assertiva de que os Cabernets chilenos são vinhos longevos e despretensiosos. Avaliação: 87/100 pts.

 

José Maria da Fonseca Primum safra 2000 das uvas Touriga Nacional e Touriga franca estava perfeito!
José Maria da Fonseca Primum safra 2000 das uvas Touriga Nacional e Touriga franca estava perfeito!

 

3º lugar – José Maria da Fonseca Primum Terras do Sado 2000 – Importador: CBD – preço: R$ 9,90 (promoção)  preço atual: não é mais produzido – blend das variedades portuguesas Touriga Nacional e Touriga Franca com passagem em barrica de carvalho. Análise organoléptica: vermelho-rubi com reflexo granada. Aromas complexos com notas florais, balsâmicas e de frutas secas. Muito macio e equilibrado no paladar sem denunciar o peso de quinze anos. Termina vigoroso, limpo e suave, com alguma vida na garrafa pela frente. Avaliação: 89/100 pts.

Vinha Barrosa produzido por Luis Pato ficou num honroso segundo lugar, porque desta vez quem ganhou foi um vinho do Novo Mundo......
Vinha Barrosa 1998 produzido por Luis Pato ficou num honroso segundo lugar, porque desta vez quem ganhou foi um vinho do Novo Mundo……

 

2º lugar – Luis Pato Vinha Barrosa DOC Bairrada 1998 – preço: R$ 79,90 (Supermercado Mambo) – importador: Mistral – preço atual: US$ 109,90 (safra 2011) – um tinto da Bairrada do famoso produtor Luis Pato. Muita gente experiente gosta de fazer um paralelo entre a Baga, Nebbiolo e Pinot Noir, focando essa comparação na elegância. De fato existe alguma semelhança, mas na degustação às cegas ficou evidenciado que a Baga tem sabores bem distintos das variedades Pinot Noir e Nebbiolo. Análise organoléptica: granada com particulas em suspensão. Aromas complexos com notas minerais quase salinas predominando nos aromas, que a cada momento mudavam na taça. Couro velho, fumo-de-corda e ervas aromáticas completaram a paleta de aromas deste “Vinha Barrosa” . No paladar, um vinho encorpado, denso, de boa acidez e álcool integrado. Com vida pela frente, ficou na honrosa segunda colocação. Avaliação: 90-91/100 pts.

 

.....o "campeão" foi um vinho da África do Sul da safra 1996!
…..o “campeão” foi um vinho da África do Sul da safra 1996!

 

1º lugar – Kanonkop Paul Sauer Stellenbosch 1996 – Variedades: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot – US$ 39,75 – (custou R$ 55,25 em 21.09.2006) – preço atual – US$ 95,50 (2008) – importadora: Mistral – o campeão da peleja exibiu cor intensa com halo granada brilhante. Aromas complexos, com notas de evolução que remetem a um vinho bordalês: couro, sous-bois, tabaco, licor de cacau, cogumelo tudo isso sobre um fundo terroso. Boca viva, corpo pleno, taninos delicados, de fina textura. Tudo no lugar certo: álcool, acidez e taninos consolidam o perfil de um vinho elegante, sofisticado, aberto no momento certo porque não vai evoluir. Final de média/longa persistência. Avaliação: 91/100 pts.

 

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