A audaciosa Dona Antônia Ferreira (1811 – 1896) construiu, no Douro, um império que permanece até hoje. A empresa continuou nas mãos da família até 1987 quando foi vendida à Sogrape. Líder em Portugal, a Ferreira construiu sua reputação com Tawnies e com o Barca Velha, um Douro tinto não fortificado vendido ao preço dos melhores portos vintage, feito com cepas do Porto (principalmente Tinta Roriz, com um pouco de Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Amarela) e somente nas melhores safras – 14 desde o lançamento em 1952. Fonte: Coleção Veja Vinhos do Mundo – volume 10 – Portugal e Grécia
Sobre o Douro
Uma das melhores regiões vinícolas do mundo, o Douro também é uma área muito bonita. Fica difícil não se encantar com a escala e os terrenos selvagens, com vinhedos em encostas, plantados em terraços ao lado do rio Douro e seus afluentes. Durante séculos, a posição privilegiada do Douro no mundo dos vinhos esteve baseada na qualidade de seus fortificados, conhecidos como vinhos do Porto. Eles já foram os únicos vinhos respeitáveis da região, mas isso é passado. Atualmente, a área produz um número crescente de vinhos de mesa de alta qualidade. A combinação de solo xistoso, encostas íngremes, vinhas velhas e cepas de uvas portuguesas diferentes e únicas, nas mãoes certas, resulta em alguns vinhos tintos magníficos, bons para guarda, e brancos cada vez melhores. Fonte: O Grande Livro dos Vinhos – 1a. Edição – Publifolha – 2012
Degustação
Casa Ferreirinha Quinta da Leda DOC Douro 2009 – Álcool: 14,5% – variedades: Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz – Preço no Brasil: R$ 455 (2010) – vinho amadurecido em barricas novas francesas (50%) e usadas (50%) – cor vermelho-rubi profundo, com reflexo violáceo. Paleta de aromas complexos e sofisticados, com ampla sustentação na taça, dominado por frutas negras (amora, ameixa e figo), tons balsâmicos, caixa de charutos, madeira nobre (cedro), algo resinoso sobre especiarias, tudo em perfeita integração. Na boca é um vinho denso com volume, acidez viva, salivante, taninos firmes e texturados. O final é longo, persistente, subscrevendo as sensações olfativas iniciais. Um verdadeiro “primus inter pares”. Avaliação: 92-93/100 pts.+