Um dos pilares da Viña Cono Sur é a vinicultura orgânica. Ela permite, por exemplo, a aplicação de leveduras selecionadas. O maquinário e ferramentas que se utilizam nesse processo devem ocupar-se unicamente desta atividade. Aceita-se o uso de sulfitos em doses baixas. Quanto ao engarrafamento, o material da etiqueta, a tinta da impressão, o tipo de cortiça e as caixas de embalagem também devem ser orgânicos, com papel reciclado, pois o conceito orgânico é coerente e globalizado. A certificação é algo necessário para acreditar-se na veracidade dos vinhos orgânicos e para isso existem empresas internacionais que certificam o processo. Elas realizam visitas periódicas, baseando-se em normas internacionais que regulamentam a produção de vinhos orgânicos. Os certificados se aplicam para cada colheita, o que implica num controle permanente. Entre as empresas mais conhecidas mundialmente podem ser mencionadas a INMO Control (Suíça), Demeter (Suíça), Natureland (Alemanha) e Proa (Chile). Cerca de 40% da produção da Viña Cono Sur é orgânica. Fonte – Guia de Vinhos Chilenos 2003-2004 – Ariel Pérez e Cláudia Fusatto.

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Vinificação: colhidas à mão, as uvas são desengaçadas diretamente em cima de tanques de madeira para evitar qualquer forma de bombeamento. Cada parcela é fermentada separadamente para distinguir as diferenças na estrutura do solo antes da mistura final. O vinho é amadurecido por no mínimo um ano e é dividido igualmente entre barricas novas de carvalho de 2-3 anos de idade, período no qual ocorre a fermentação maloláctica. A filtração é muito leve, feita antes do engarrafamento, que ocorre entre 12 a 14 meses depois do amadurecimento nas barricas.

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Degustação – 

Cono Sur 20 Barrels Cabernet Sauvignon 2010 – Álcool: 13,5% – Região: Vale do Maipo/Pirque – importador: La Pastina – Preço médio: R$ 170,50 – vinho elaborado com parcelas dos vinhedos do Don Melchor. Foi a grande surpresa da degustação ocorrida em agosto último em SP com a presença do Enólogo Matías Ríos, porque arrancou elogios sinceros dos presentes. Análise organoléptica: cor violácea intensa com reflexo púrpura sem denunciar o decurso de cinco anos. Este tinto é produzido com uvas oriundas na parte mais próxima da Cordilheira, no vale do Maipo e amadureceu em barrica francesa na integralidade durante doze meses. Aberto nos aromas com notas de creme de cassis, licor de cacau, madeira nobre sobre discreto mentol. Na boca, sua entrada revelou um vinho de taninos redondos, álcool integrado, madeira deixando espaço para fruta e corpo pleno. Acidez firme, promovendo uma gostosa sensação de boca fresca. Um vinho de uma ótima safra para tintos que certamente vai crescer à mesa, notadamente como acompanhamento de carnes grelhadas. Avaliação: 91/100 pts.+

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