2015-09-10 16.02.57

No último dia 19 de setembro, a CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, organismo que certifica e promove os Vinhos do Alentejo, promoveu na Cidade de São Paulo uma degustação com cerca de 30 vinícolas, que aproveitaram o momento para dar a conhecer as novidades e os rótulos que já se revelam ícones no mercado brasileiro. Além da participação na degustação livre, muitos profissionais, jornalistas, blogueiros e demais entendidos de vinhos também lotaram as degustações comentadas de vinhos alentejanos, conduzidas pelo conceituado crítico português, Rui Falcão. A seguir nossas impressões acerca da degustação conduzida brilhantemente pelo referido crítico:

O primeiro vinho a ser degustado foi o novo "Trinca Bolotas" produzido pela Sogrape, Além da tipicidade, exibiu relação preço-qualidade.
O primeiro vinho a ser degustado foi o novo “Trinca Bolotas” produzido pela Sogrape, Além da tipicidade, exibiu relação preço-qualidade.

 

 

O Cortes de Cima, um blend de quatro variedades, a saber: O Cortes de Cima, um blend de quatro variedades, a saber: Syrah, Petit Verdot, Aragonês e Touriga Nacional. Aqui, o resultado é um vinho equilibrado, harmônico e muito gostoso, bem conhecido dos brasileiros.
Cortes de Cima 2011, blend de quatro variedades, a saber: Syrah, Petit Verdot, Aragonês e Touriga Nacional. Aqui, o resultado é um vinho equilibrado, harmônico e muito gostoso, bem conhecido dos brasileiros.

 

 

Adega de Borba Premium 2012, produzido com as variedades Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Trincadeira cultivadas em solos xistosos, amadurecido seis meses em barricas novas de diversas procedências, exibiu muito corpo e potência.

 

Este Reserva exibiu taninos aveludados, muita suculência e inequívoca vocação gastronômica.
Este Conde D’Ervideira Reserva 2011 exibiu taninos aveludados, muita suculência e inequívoca vocação gastronômica.
O Tinto da Talha Grande Escolha, é um vinho elaborado com as variedades: Touriga Nacional e Alicante Bouschet – Vinho cuja passagem por carvalho restringe-se apenas à fermentação maloláctica. Três semanas de carvalho novo. Um vinho "crocante" e persistente.
O Tinto da Talha Grande Escolha 2009, é um vinho elaborado com as variedades: Touriga Nacional e Alicante Bouschet – Vinho cuja passagem por carvalho restringe-se apenas à fermentação maloláctica. Três semanas de carvalho novo. Um vinho “crocante” e persistente.

 

Monte do Pintor, um Alentejano de perfil clássico de minúscula produção também participou da degustação. Conta com importador no Brasil.
Monte do Pintor VRA, um Alentejano de perfil clássico de minúscula produção também participou da degustação. Conta com importador no Brasil.

 

Terras d'Uva Grande Escolha 2011, produzido por Henrique Uva da Herdade de Mingorra foi mais um tinto que se destacou na degustação. Elaborado com as variedades Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional na boca se mostrou complexo e persistente. Importação da Devinum
Terras d’Uva Grande Escolha 2011, produzido por Henrique Uva da Herdade de Mingorra, foi mais um tinto que se destacou na degustação. Elaborado com as variedades Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional na boca se mostrou complexo e persistente. Importação da Devinum.

 

Poliphonia Signature 2011, elaborado com as variedades Alicante Bouschet, Petit Verdot e Syrah, amadurecido dezoito meses em barrica de carvalho francês, exibiu boa complexidade olfativa com sugestões de frutas negras, especiarias (pimenta branca) sobre um fundo balsâmico. Boca no mesmo diapasão, taninos macios, fruta madura, bom frescor e sobretudo ótimo equilíbrio gustativo. Encorpado, longo e concentrado, este vinho tem atributos para uma boa evolução na garrafa nos anos vindouros.  Um dos melhores vinhos do evento, porque conjugou singularmente força à elegância.
Poliphonia Signature 2011, elaborado com as variedades Alicante Bouschet, Petit Verdot e Syrah, amadurecido dezoito meses em barrica de carvalho francês, exibiu boa complexidade olfativa com sugestões de frutas negras, especiarias (pimenta branca) sobre um fundo balsâmico. Boca no mesmo diapasão, taninos macios, fruta madura, bom frescor e sobretudo ótimo equilíbrio gustativo. Encorpado, longo e concentrado, este vinho tem atributos para uma boa evolução na garrafa nos anos vindouros. Um dos melhores vinhos do evento, porque conjugou singularmente força à elegância.

 

qui dificilmente o consumidor irá errar. O Esporão Private Selection ou Garrafeira é um tinto de sólida estrutura, taninos aveludados e ótima concentração de sabor. Na safra 2011 está composta das variedades Aragonez, Alicante Bouschet e Syrah.  Um vinho que pode integrar a carta de qualquer restaurante!
Aqui dificilmente o consumidor irá errar. O Esporão Private Selection ou Garrafeira 2011 é um tinto de sólida estrutura, taninos aveludados e ótima concentração de sabor. Na safra 2011 está composto das variedades Aragonez, Alicante Bouschet e Syrah. Um vinho que pode integrar a carta de qualquer restaurante!

 

Aqui um vinho elaborado com uma variedade que tem parentesco com a Alicante Bouschet. Estamos falando da Grand Noir, que participa com 54% deste corte, em parceria com 24% de Trincadeira e 22% da Aragonês. Um vinho complexo, profundo, denso, com a tipica "pegada alentejana" e que agora conta com novo importador: Decanter
Aqui um vinho elaborado com uma variedade que tem parentesco com a Alicante Bouschet. Estamos falando da Grand Noir, que participa com 54% deste corte, em parceria com 24% de Trincadeira e 22% da Aragonês. Um vinho complexo, profundo, denso, com a tipica “pegada alentejana” e que agora conta com novo importador: Decanter

 

Os vinhos Alentejanos conjugam modernidade com tradição; uvas locais com uvas internacionais; potência com elegância e finalmente aquilo que o consumidor mais espera: relação preço-qualidade, uma das melhores entre os países produtores do "Velho Mundo"
Os vinhos Alentejanos conjugam modernidade com tradição; uvas locais com uvas internacionais; potência com elegância e finalmente aquilo que o consumidor mais espera: relação preço-qualidade, uma das melhores entre os países produtores do “Velho Mundo”

 

Tintos Alentejanos
Os tintos Alentejanos “pedem comida”

 

Crítico Rui Falcão e Maria Amélia (CVRA) - evento com vinhos criteriosamente escolhidos.
Crítico Rui Falcão e Maria Amélia (CVRA) – evento com vinhos criteriosamente escolhidos.

Sobre o Evento –

Antes de tecer considerações sobre o evento, importante fazermos uma pequena digressão sobre a importância que essa região vinícola vem adquirindo no contexto português: recentemente, o Alentejo já foi eleito a melhor região vinícola do mundo para visitar. A fama da região do Alentejo não conhece fronteiras. O jornal norte-americano USA Today, elegeu o Alentejo como a melhor região vinícola do mundo para visitar. “Esta intrigante região rural é como uma viagem de volta no tempo para os amantes do vinho”, escreve. “O terreno diverso detém olivais e vinhas, aldeias pitorescas, prados cheios de flores e florestas”, continua o jornal de maior circulação nos Estados Unidos. “É uma distinção importante para o Alentejo e para Portugal, que tem impacto muito positivo no potencial de notoriedade que a região pode obter nos mercados internacionais”, afirma Dora Simões, presidente da CVRA.  Agora segue nossa opinião sobre o evento – Mais uma vez os vinhos Alentejanos brilharam na degustação conduzida de maneira formidável pelo culto e gentil Rui Falcão. Desta vez a tônica da degustação foi a aptidão gastronômica dos vinhos tintos degustados, cada qual analisado de forma acurada e profunda pelo condutor da degustação, que salientou que a cada dia os vinhateiros portugueses arrancam dos vinhedos as castas internacionais que dão lugar às variedades nativas.  A única variedade francesa que pontifica é a Syrah, que dá resultados auspiciosos produzindo vinhos quentes, poderosos, repletos de fruta e longevos. Misturada com as castas locais o resultado é ainda melhor, eis que essa casta é muito versátil, amadurece bem no calor alentejano e cresce nas parcerias. Já a onipresente Cabernet Sauvignon está a perder espaço, muito mais por suas qualidades do que propriamente por seus defeitos. Rui enfaticamente salientou que essa casta bordalesa ao ser adicionada aos cortes em proporções elevadas tem o condão de ofuscar as demais, notadamente as portuguesas. Então, os enólogos optaram por acrescentá-la, amiúde, no percentual máximo de 5%.  Mais do que isso é desnecessário. Seu caráter dominante descaracteriza a tipicidade alentejana. Em pequenas quantidades a Cabernet traz frescor, fruta e aroma aos vinhos enriquecendo-os. Por fim, impende frisar que de fato evidenciou-se de forma inequívoca a vocação gastronômica dos tintos alentejanos. Dotados de taninos, álcool e acidez em quantidades generosas, são vinhos essencialmente feitos para a mesa para acompanhar pratos untuosos e de molhos fortes.  Las but not least, são vinhos que já fazem parte do gosto brasileiro, eis que falam “bom português” e também porque são descomplicados, versáteis e harmonizam com a maioria dos pratos da nossa cozinha. E o principal: há muitos vinhos bons abaixo de R$ 100!!

Saúde!

Alentejo 3

(Visited 556 times, 556 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *