A Bodega Tamarí integra o conglomerado de vinícolas da Viña San Pedro Tarapacá, o segundo grupo vitivinícola de Chile que vende cerca de 27 milhões de caixas por ano e exporta vinhos a 80 países. O grupo é proprietário de prestigiadas bodegas e propriedades, seis delas no Chile e duas na Argentina – Finca La Célia e a própria Tamarí.

01A bandeira argentina

Sobre o vinho Tamari Dos Mundos –

O vinho Tamari Dos Mundos, resulta da parceria luso-argentina que reuniu um time de enólogos top, incluindo o premiado português Luís Duarte. Tamarí Dos Mundos combina a exuberância de Mendoza com o estilo classudo e distinto dos tintos europeus. O que acontece quando um premiado enólogo europeu é desafiado a criar um vinho em um dos mais cobiçados terroirs de Mendoza?  O resultado vem a seguir.

2015-12-04 22.08.16

No contrarrótulo há um pequeno depoimento de Luís Duarte –

Luis Duarte

“He arribado desde Portugal, un país del viejo mundo en busca de nuevos desafios, nuevos  retos que me invitan a seguir una de mis grandes pasiones: el vino. Durante mi búsqueda aterricé en un valle de Mendoza, Argentina, el reconocido Valle de Uco, donde me impresionó la pasión con que hacian las cosas, y donde descubrí que un mejor resultado se puede concretar a través de un estilo elegante, de carácter y seductor del viejo mundo, en conjunto con la innovación, frutosidad, jugosidad y flexibilidad del nuevo mundo. Esta exclusiva mezcla creada en conjunto con el apasionado equipo enológico finaliza con Dos Mundos de Tamari”

Degustação – 

Dos Mundos de Tamari Blend 2013 – Álcool: 14,5% – Região: Mendoza/Vale de Uco – Variedades: Malbec (73,1%), Petit Verdot (14,6%), Tannat e Cabernet Franc em partes iguais (5,2% cada) e Cabernet Sauvignon (1,9%) – Calevin – Vermelho-rubi intenso com reflexo violáceo denotando concentração e juventude. No começo aromas tímidos com o álcool e a madeira disputando a primazia. Com o decurso do tempo na taça se formou na taça uma verdadeira paleta de aromas: baunilha, licor de cassis, frutas negras (framboesa, ameixa, cereja, etc..) sobre um fundo balsâmico. Boca no mesmo diapasão, plena de taninos finos, álcool generoso, muito boa concentração de fruta que não está subjugada pela madeira (dezoito meses em barrica). Trata-se de um vinho potente, com algum mineral, que tem “nervo” e que guarda alguma semelhança com os poderosos e deliciosos vinhos Alentejanos que Luís Duarte elabora com invejável maestria em Portugal. O final de prova é longo, com leve adstringência que é sinal de que este tinto tem grande potencial de evolução na garrafa. Aconselha-se decantar por vinte minutos. Ou mais! Avaliação: 90/100 pts.+

Luis Duarte1

O enólogo Luís Duarte, segundo Rui Falcão –

De enólogo a produtor, Luis Duarte é um dos responsáveis pela evolução da vinificação no Alentejo. Um dos consultores mais respeitados da região, ele foi premiado duas vezes como enólogo do ano em Portugal e eleito um dos seis melhores do ano no “Wine Awards 2010” na Alemanha (wine.com). Luís Duarte não sofre de um dos males mais maçadores e comuns no mundo do vinho, um ego inflamado que o obrigue a procurar fazer vinhos-troféu, vinhos com aspirações a serem os melhores de qualquer curso ou eleição, vinhos de aparato e soberba que pretendam ser os melhores do mundo. Garante a pés juntos que lhe dá muito mais prazer profissional e pessoal fazer vinhos sérios e seguros que não sejam de produção virtual. Prefere dedicar-se a elaborar vinhos sinceros e sensatos no preço, vinhos que não cedam a especulações, preferindo fazer vinhos de volume suficiente para que uma maioria possa desfrutar deles em lugar de uma produção exclusiva de um vinho extraordinário que faça acelerar o ritmo cardíaco de quem o prove… mas ao qual poucos consigam aceder.

Bastou uma mera meia dúzia de anos para que Luís Duarte se transformasse num dos grandes produtores do Alentejo, com uma plêiade de marcas que, curiosamente, a generalidade dos consumidores portugueses desconhece. A maioria dos seus vinhos é vendida fora de portas, maioritariamente no Brasil e Angola, sem desprimor de outros mercados mais tradicionais. Desta forma, Luís Duarte não entra em conflito direto com os seus produtores no mercado nacional. O sucesso de rótulos como Rapariga da Quinta, Rubrica, Agricultura, Matéria e muitos outros é tal que Luís Duarte se transformou num dos maiores exportadores de vinho alentejano para o Brasil, situando-se hoje como um dos nomes mais conhecidos de Portugal naquele país. Assim houvesse mais produtores com visão e ambição.

Folha: http://www.publico.pt/vinhos—cronica/jornal/luis-duarte-o-enologo-racional-28402617

 

Tamari

(Visited 842 times, 843 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *