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A Bodega Bouza está estabelecida no Departamento de Montevidéu, Camino La Redencion 7658, Telefone:+598 2323 4030,  e-mail: visitas@bodegabouza.com, importador: Decanter, foi mais uma das bodegas visitadas a convite da Wines of Uruguay no “programa de visitas às bodegas do Uruguai”, no último dia 15 de abril. Lá chegando este escriba foi recebido por Cristina Santoro (Exportações & Marketing), pelo Gerente Geral Marcelo Martínez Hellbusch e também pelo Enólogo-Chefe Eduardo Boido. 

Sobre a Bodega Bouza –

A Bodega Bouza é uma vinícola-boutique gerida por uma família que acredita que produzir pequenas quantidades leva a uma qualidade melhor. Seus vinhedos ocupam 22 há, com 13 há em Las Violetas e 9 hectares em Montevidéu, produzindo cerca de 90 mil garrafas por ano. Cinco variedades de uvas são mescladas para produzir muitos vinhos de estilos diferentes.  Um exemplo é a Albariño, que a família afirma ser a primeira a cultivar na América do Sul. Os vinhos de destaque, de boas colheitas, podem ser deliciosos, mas exigem tempo para amadurecer. A Bouza também faz um excelente varietal de Tannat, que mostra o que a variedade pode fazer no Uruguai. A vinícola possui um restaurante (imagem acima) onde se saboreia a comida regional e onde também se pode provar e comprar vinhos de edição limitada. A coordenação enológica cabe ao respeitado enólogo Eduardo Boido, que enfatiza seu trabalho com cinco variedades bem adaptadas ao terroir local: Tannat, Merlot, Tempranillo, Albariño e Chardonnay. Há promissoras experiências com Riesling e Pinot Noir.

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A seguir a relação dos vinhos degustados no dia da visita a essa bodega preparada para o turismo receptivo:

Bouza Albariño 2014 – Álcool: 13% –

Bouza Cocó 2013 – Álcool: 13% – Variedades: Chardonnay (65%) e Albariño (35%) –

Bouza Riesling 2012 – Álcool: 14% – Apenas 300 garrafas produzidas –

Bouza Tempranillo Rosé 2014 – Álcool: 14%

Bouza Pinot Noir 2015 (sem rótulo) – elaborado com uvas das regiões de Pan de Azucar e Punta del Leste – solo pedredegoso – primeira colheita –  oito/nove meses de passagem por barrica bordalesa. Vinho degustado logo após a realização da fermentação maloláctica.

Bouza Merlot B9 Parcela Única 2013 – Álcool: 14% –

Bouza Montevidéu 2012 – Álcool: 14% – Variedades: Tannat, Merlot e Tempranillo –

Bouza Tannat B6 2013 – Álcool: 16% –

 

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Bouza Albariño 2014 – Álcool: 13% – dourado brilhante, aromas florais, elegante e de boa acidez, traduzida no alegre frescor deste vinho cítrico e de corpo delicado. Acento mineral. Notas de erva cidreira. Final longo.

Enólogo da Bouza com uma garrafa do então recém-engarrafado Riesling
Enólogo Eduardo Boido com uma garrafa do então recém-engarrafado Riesling

Bouza Cocó 2013 – Álcool: 13% – Variedades: Chardonnay (65%) e Albariño (35%) –Vinho que homenageia a mãe de Juan Bouza, Sra. Socorro Lopes “Cocó”. Análise organoléptica: palha esverdeado brilhante. Aromas intensos e convidativos com notas de côco, baunilha e abacaxi. Na boca sua entrada revelou um branco rico, fresco, com notas típicas da fermentação em barrica enriquecendo seu sabor. Intenso e de ótimo frescor, cresceu ainda mais à mesa. Final longo, persistente.

Bouza Tempranillo Rosé 2014
Bouza Tempranillo Rosé 2014

Bouza Riesling 2012 – Álcool: 14% – Apenas 300 garrafas produzidas – vinho elaborado a partir de clones alsacianos, na taça exibiu linda cor amarelo-limão, aromas cítricos com uma gostosa nota que recorda mousse de limão se destacando no conjunto. Com 16 g/l de açúcar residual tem doçura equilibrada pela acidez resultando num vinho fresco, sápido e muito gostoso de beber.

 

 

Bouza Tempranillo Rosé 2014 – Álcool: 14% – coloração casca de cebola brilhante com discreta opacidade. Aberto nos aromas com notas florais (violetas), leve defumado sobre uma ponta de baunilha. Na boca a sua entrada revela mais fruta do que o anunciado pelo nariz; acidez vivaz que lhe garante seu bom frescor, com alguma doçura sem ser enjoativo. Encorpado, Álcool integrado, fruta e madeira em perfeita comunhão e uma concentração de sabor muito bem conseguida, com boa persistência e um delicioso final marcado por notas de morangos e cerejas. Refrescante e festivo.

Enólogo da Bouza com uma garrafa do então recém-engarrafado Riesling
Enólogo da Bouza com uma garrafa do então recém-engarrafado Riesling

Bouza Pinot Noir 2015 (sem rótulo) – elaborado com uvas das regiões de Pan de Azucar e Punta del Leste – solo pedregoso – primeira colheita –  oito/nove meses de passagem por barrica bordalesa. Vinho degustado logo após a realização da fermentação maloláctica. Análise organoléptica: cor esmaecida típica da variedade com a fruta vermelha se destacando nos aromas sendo confirmada na boca. Uma ponta de álcool que não chega a desequilibrar o conjunto. Madeira integrada. Corpo bom e final macio, sem amargor. Um Pinot de boa tipicidade (Novo Mundo).

Bodega Bouza
Bodega Bouza

Bouza Merlot B9 Parcela Única 2013 – Álcool: 14% – um Merlot potente, aveludado, denso, de taninos mastigáveis sem afrontar a tipicidade da variedade. Aveludado, expressivamente frutado, pode ser apontado com alguma tranquilidade como um dos melhores exemplares da variedade no Cone Sul.

Uruguay

Bouza Montevidéu 2012 Álcool: 14% – Variedades: Tannat, Merlot e Tempranillo – este majestoso vinho pode ser definido apenas com uma palavra: complexidade. Costuma ter excelente desempenho nas degustações às cegas. Análise organoléptica: cor intensa, aromas balsâmicos e frutados, boca sólida, firme com taninos de excelente textura. Segundo Eduardo Boido, a Tannat contribui com a estrutura do vinho e a Tempranillo e Merlot com fruta e elegância.

 

 

Bouza Tannat B6 2013 – Álcool: 16% – cor profunda, aromas fechados com uma ponta de framboesa, taninos volumosos e grande expansão no paladar. Aqui temos uma das melhores expressões  da Tannat. Robusto e longevo, devido a sua elevada graduação alcóolica os aromas lembram vermute. Mas tem um pouco de fruta, a framboesa típica da Tannat. Na boca taninos macios, álcool, acidez e madeira em perfeita harmonia. Um Tannat encorpado, marcado pela fruta fresca e por seu intenso frescor. Seu estilo o distancia dos Tannats pesadões porque aqui temos um vinho poderoso, acídulo, fresco e frutado. Sem dúvida, estamos diante de um estilo que representa a evolução da vinicultura na compreensão dessa intrigante casta. Altamente recomendado!

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