2016-04-27 23.05.00

Confraria Vinho & Boa Cia. reuniu-se na noite de 27.04.2016 para degustar às cegas tintos do Piemonte produzidos com a variedade “Nebbiolo – Barbarescos com mais de cinco anos de idade”. Estiveram presentes os confrades: Ricardo, Mônica, Paulo Guerra, Bibe, Flávio,  Núbia, Paulo Morais e Márcia. Ausentes: Mônica e Cecília. Convidados: Fernando Zanelatto, Chico e Laura. A coordenação do mês coube a este redatorque elegeu o tema e o restaurante que recebeu os confrades com atendimento atencioso e tranquilo, destacando o serviço do vinho executado serenamente pelo Maître d’hotel Robério Góes. 

Vicent Gasnier assinala que: “Feito também com a Nebbiolo, o Barbaresco, proveniente da área central de Langhe, é conhecido como irmão do Barolo. Embora os vinhos dos melhores produtores sejam tão concentrados, estruturados e impressionantes quanto o Barolo, há diferenças sutis. Os taninos são mais macios, a fruta é mais vermelha que preta, e o vinho se desenvolve mais rapidamente que o Barolo. É limpo, profundo, sutil e fino. Esses fatores são determinados tanto pelo vinicultor como pelo terroir. A DOCG Barbaresco inclui três comunas: Neive, Treiso e Barbaresco. A produção de três milhões de garrafas por ano, em media, equivale a produção italiana de vinhos Barolo”.

Rabajà por exemplo (o Paulo Guerra levou uma garrafa) é um dos nove “Crus de Barbaresco”, a saber: Asilii, Moccagatta, Montefico, Montestefano, Ovello, Pajoré, Pora, Rabajá e Rio Sordo. Rabajà é apontado como o mais importante “Cru” porque seus vinhos nas safras excepcionais conseguem superar, em qualidade, os Barolos. Seu terroir é privilegiado. Não é à toa que produtores da envergadura de Bruno Giacosa, Bruno Rocca e Giuseppe Cortese fizeram fama. O Barbaresco Rabajà Riserva, lançado pela primeira vez em 1996 teve em 2001 uma de suas melhores safras e foi amadurecido em carvalho francês e esloveno e na garrafa por mais três anos. Tornou-se um vinho inesquecível, amealhando “tre bicchieri” do Gambero Rosso 2005 e altas pontuações de Robert Parker e da Wine Spectator, por conta do estilo poderoso e equilibrado que manifesta. Um vinho dessa magnitude é capaz de resistir por muito tempo e por isso, só pode ser produzido em safras excepcionais como 2001. Por fim, o afinamento do Barbaresco Rabajà Riserva 2001 recebeu abordagem tradicional ao passar 18 meses em barricas de carvalho de grande capacidade.

A seguir a lista dos vinhos na ordem decrescente de preferências:

7. Barbaresco Marziano Abbona 2009 – Paulo Morais

6. Barbaresco Prunotto 2009 – Ricardo Mello

5. Barbaresco Prunotto 2004 – Jeriel

4. Barbaresco Giuseppe Cortese Rabaja 2009 – Paulo Guerra

3. Barbaresco Dezzani 2008 – Fernando Zanelatto

2. Barbaresco La Spinetta Vigneto Valeirano 2005 – Flávio Siqueira

1° lugar – Barbaresco Sori’ Paitin 2001 – Chico

Este Barbaresco de Marziano Abbona, um excepcional produtor ficou na sétima colocação. Degustação às cegas revelam resultados surpreendentes, não é mesmo?
Este Barbaresco de Marziano Abbona 09, um excepcional produtor ficou na sétima colocação. Degustação às cegas revelam resultados surpreendentes, não é mesmo? Foi levado pelo Paulo Morais e custa R$ 543,21 na Mistral

 

Os dois Prunottos - 2004 e 2009, ficaram respectivamente nas sexta e quinta colocações. Mais uma surpresa!
Os dois Prunottos – 2004 e 2009, ficaram respectivamente nas sexta e quinta colocações. Mais uma surpresa! Atualmente o disponível é o 2012 que custa R$ 367!

 

Mais uma surpresa da degustação. O convidado Fernando Zanelatto levou o Barbaresco Dezzani, reconhecido por sua relação preço-qualidade
Mais uma surpresa da degustação. O convidado Fernando Zanelatto levou o Barbaresco Dezzani, reconhecido por sua relação preço-qualidade

 

 

Na segunda colocação um gigante: La Spinetta Vigneto
Na segunda colocação um gigante: La Spinetta Vigneto Valeirano 2005
O grande campeão foi levado pelo convidado Chico. Um Barbaresco 2001 que ainda tinha fruta e muita vida na garrafa pela frente.
O grande campeão foi levado pelo convidado Chico. Um Barbaresco 2001 que ainda tinha fruta e muita vida na garrafa pela frente. Um vinho complexo, que não sentiu a passagem do tempo, teve desempenho impecável. Era importado pela Mistral…..

Barbaresco é uma  comuna italiana da região do Piemonte, Província de Cuneo, com cerca de 638 habitantes. Estende-se por uma área de 7 km2, tendo uma densidade populacional de 91 hab/km². Faz fronteira com Alba, Castagnito, Guarene, Neive e Treiso. Normalmente, o vinho Barbaresco é mais leve que seu irmão Barolo (também elaborado com a uva Nebbiolo), com teor alcoólico mínimo de 12,5%, que permanece no mínimo nove meses em tonéis de carvalho, necessita de mais 21 meses de amadurecimento na garrafa ou 45 meses no caso do Riserva. A uva utilizada é a Nebbiolo com a qual também outros vinhos de prestígio no Piemontesão elaborados: Barolo, Gattinara, Ghemme, Boca, Fara, Sizzano e um não Piemontês, o Valtellina Superiore. Outras cepas tintas  importantes na região são Dolcetto, Barbera, Michet, Lampia e Rosé. Os melhores produtores são  Marziano Abbona, Antichi Poderi di Galina, Bera, Piero Busso, Ca’ del Baio, Cascina Brusciata, Cascina Luisin, Ceretto, Cigliuti, Dezanni, Fontanabianca, Fontanafredda, Fratelli Giacosa, Gaja, Bruno Giacosa, Gresy, La Ca’ Bianca, L Contea, Cortese Lano, Moccagatta, Montaribaldi, Morassino, Fiorenzo Nada, Paitin, Pasquero, Giorgio Pelissero, Pio Cesare, Produttori del Barbaresco, Prunotto, Prunset, Ressia, Massimo Rivetti, Rizzi, Vano e Varaldo”. Fonte – Enciclopédia do Vinho – Ediouro – 2008 – página 201 – Itália

No centro da

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