Rhône-Sul

Como sabemos, o Vale do Rhône é uma região produtora francesa de grande disparidade climática. Enquanto que o Norte é mais frio (clima temperado de influência continental com bruscas mudanças de temperaturas) e uma única cepa responde por sua produção (Syrah), o Sul é quente, fértil e nele pontificam diversas castas como a própria Syrah, Grenache, Mouvèrdre, etc. No Norte o solo é predominantemente rochoso e por conta do declive e da erosão, são necessários terraços de rocha e estacas de madeira para as treliças. A Syrah, como supramencionado, é a cepa protagonista e o seu cultivo se dá nos cinco “Crus”, a saber: Côte-Rôtie, Hermitage, Cornas, St-Joseph e Crozes-Hermitage. Ela apresenta nuances específicas de acordo com a denominação. Na ala das brancas, as principais variedades são Viognier, Marsanne e Roussanne.

Chateauneuf-du-pape2

Já o Sul do Rhône responde por 95% da produção e a principal apelação é Châteauneuf-du-Pape, seguida por Gigondas, Vacqueyras, Tavel, Lirac e em nível de produção Cotes-du-Rhône e Cotes-du-Rhône Villages se destacam, assim como Cotes-de-Ventoux. Os vinhos são marcados pelo estilo vigoroso, cálido e se assemelham aos do Languedoc-Roussilon e Provence do que propriamente aos elegantes vinhos do Norte. O clima é mediterrâneo e os verões são secos, quentes e os invernos chuvosos. A Grenache é a base dos tintos em parceria com diversas outras uvas (supracitadas). Os brancos tem menor participação e costumam ser cheios e frutados.

2016-04-26 22.03.56

Degustação –

Château de La Gardine Chateauneuf-du-Pape 2012 – 14,5% álcool – Variedades: Grenache (65%), Mourvédre (20%), Syrah (14%) e Muscardin (1%) – preço: R$ 432,90 importador: DecanterO clima na região é de  padrão mediterrânico, com verões calorosos e secos e invernos frios e úmidos; Algumas barreiras naturais ajudam a mitigar a forte influência do vento Mistral que sopra desde os Alpes até o sul. São três os tipos de solo de Châteauneuf-du-Pape: os cascalhos rolados do período Diluvium Alpino, os calcários em pedras brancas do Urgoniano e os solos sem cascalhos do Mioceno. Análise organoléptica: vermelho-rubi intenso, profundo, impenetrável com reflexo violáceo. Aromas inebriantes de frutas negras maduras, especiarias, chocolate, tabaco, geleia de frutas vermelhas tudo com ampla sustentação. Boca no mesmo diapasão, taninos presentes de ótima qualidade, harmonia entre álcool (uma pontinha que não chega a incomodar), fruta, madeira e acidez. Vinho equilibrado, expansivo, salivante, a ostentar boa fruta no paladar que se destaca pela alta intensidade de sabor, a confirmar as complexas notas sentidas no olfato. Encorpado, de bom cumprimento, termina sem arestas prometendo ganhar complexidade na garrafa nos próximos anos. Avaliação: 92/100 pts.++

Chateauneuf-du-pape
Chateauneuf-du-pape

 

(Visited 661 times, 661 visits today)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *