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Confraria Vinho & Boa Cia. reuniu-se na noite de 02.08.2016 para degustar “vinhos ícones safra 2007 – degustação horizontal”. Estiveram presentes os confrades: Núbia, Ricardo, Mônica, Paulo Guerra, Bibe, Flávio, Cecília e Paulo Morais. Ausente justificadamente: Márcia. A coordenação da degustação coube a Flávio Siqueira, que adquiriu os vinhos e escolheu o restaurante Rubayat Faria Lima, que recebeu os confrades com atendimento atencioso e tranquilo, destacando o serviço do vinho executado pelo Sommelier Robson. A seguir as avaliações dos vinhos na ordem decrescente de preferências:

Nestes três tintos a Cabernet Sauvignon dse destaca
Nestes três tintos a Cabernet Sauvignon se destaca

 

4° – Don Melchor 2007 – US$ 90 (NY) – Álcool: 14,5% – o menos evoluído do painel tinha cor intensa, com discreto reflexo granada em formação nas bordas. Notas de frutas negras entrelaçadas a especiarias em profusão. Boca intensa, firme, taninos macios ainda presentes, conjunto equilibrado pedindo mais algum tempo na garrafa para mostrar seu potencial, que não é pequeno. Ficou em último lugar para o grupo porém em terceiro lugar para este redator. Avaliação: excelente

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3° – Poggio Al Tesoro Sondraia Bolgheri DOC 2008 – preço: US$ 45  (NY) – Álcool: 14,5% – o segundo supertoscano introduzido na degustação não decepcionou. Na taça todos os benefícios da boa adaptação das uvas francesas ao terroir local: Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc harmonicamente combinadas num corte bordalês típico. Quente, concentrado, um tinto poderoso que vale o preço. Pena que não era 2007! Avaliação: excelente

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2° – Sassicaia Tenuta San Guido Bolgheri 2007 – Preço: US$ 250 (NY) – vermelho-rubi com ligeira turbidez e halo granada.  Nariz complexo com as notas herbáceas da Cabernet Sauvignon, licor de cassis sobre um fundo balsâmico. Boca macia num vinho que agradou a maioria, mas que para este redator mais uma vez não justificou sua fama. Encorpado, potente, com a madeira equilibrada mas faltou-lhe pegada e elegância. É  um vinho que tem uma ampla legião de admiradores, mas no Brasil é vendido por mais de R$ 2.700, o que motiva muita gente a trazê-lo de fora, principalmente dos EUA onde seu preço é menos exagerado. Avaliação: excelente

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1° – Château Pape Clément Pessac-Léognan 2007 – US$ 165,00 (NY) – Álcool: 13% – Cor profunda com reflexo granada em formação, opulento nos aromas com sugestões terrosas, licor de cassis sobre um fundo herbáceo fino. Depois de algum tempo café torrado. No palato subimos mais um degrau. Revelou taninos finíssimos, excelente concentração de sabor em camadas e bastante aberto; expressivo na fruta (nesta safra o corte recebeu 49% de Merlot – informação do contrarrótulo seguido de Cabernet Sauvignon 46% e C. Franc 3%) já está pronto mas deverá evoluir bem nas próximas décadas. Apontado como uma das estrelas dessa safra é um tinto marcado pela opulência entrelaçada à elegância de maneira formidável. Um vinho de taninos abordáveis, encorpado cujo final longo anuncia longa vida na garrafa. Avaliação: espetacular

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Gaja Barbaresco 2007 – Preço: US$ 310 (NY) – Álcool: 14% – cor típica, granada brilhante. Extremamente complexo, multifacetado e delicado no nariz que se desenvolveu ao longo da degustação ao exibir notas etéreas e de tabaco, grafite e humus. Paladar de taninos delicadamente finos, texturados e macios. Frutado, equilibradíssimo e de grande profundidade gustativa, sua acidez é fenomenal, conferindo harmonia e sofisticação ao conjunto. Um vinho multidimensional, marcado pela vivacidade, verdadeiro paradigma de elegância. Justificou plenamente sua fama. Avaliação: espetacular

 

O Don Melchor, na opinião deste escriba, exibiu a cor mais jovem de todos vinhos: sinal de que irá longe, muito longe!
O Don Melchor, na opinião deste escriba, exibiu a cor mais jovem de todos vinhos: sinal de que irá longe, muito longe!

 

O serviço do vinho coube ao Robson do Rubayat Faria Lima. Robson primou pelo equilíbrio e discernimento.

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Sommelier Robson: serenidade e muita competência no serviço do vinho

A seguir imagens da degustação:

O grande destaque da degustação foi provado separadamente – o Gaja Barbaresco é elaborado de Nebbiolo e todos os demais com Cabernet Sauvignon –

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Todos vinhos na ordem das escolhas:

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Aqui todos vinhos, inclusive um intruso que não poderia ter sido incluído na degustação simplesmente porque não era da safra 2007. Outro fato que foi coibido por este redator era que a ordem do serviço dos vinhos na qual  o Gaja Barbaresco havia ficado na segunda posição. Salientamos  que o Gaja é feito de Nebbiolo uma uva que tem personalidade própria que não permite que seja confundida com a Cabernet Sauvignon, majoritária na maior parte dos outros vinhos degustados. Assim, o Gaja foi o primeiro a ser degustado. Na foto, os vinhos na ordem das preferências. Infelizmente, a degustação não ocorreu às cegas.
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