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No último dia 19.09.2016, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejena – CVRA, promoveu em São Paulo degustação dos principais produtores dessa importante região vinícola de Portugal. Pela CVRA, esteve presente Maria Amélia Vaz da Silva (Diretora de Marketing). Após a degustação vários produtores apresentaram seus vinhos para o público. A seguir, nossas impressões sobre o produtor José Maria da Fonseca (Importador Decanter), tradicional vinícola sediada na Península de Setúbal que também produz vinhos no Alentejo:

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Ripanço Private Selection 2013 – Álcool: 14% – Vinho Regional Alentejano – Região: Alentejo/Distrito de Évora/Conselho de Reguengos de Monsaraz: Alicante Bouschet, Syrah e Aragonês – importador: Decanter – Preço: R$ 100,10 – vinho amadurecido 6 meses em barricas usadas de carvalho francês e americano. Trata-se de tinto que representa a região do Alentejo, Centro-Sul de Portugal, elaborado a partir do blend de três variedades, duas portuguesas e uma francesa – Análise organoléptica: vermelho-rubi intenso. Apresenta aromas de frutas vermelhas e negras sobre um fundo levemente tostado. No paladar taninos macios, boa acidez e o álcool generoso ajuda a confirmar a maciez e doçura do conjunto. Termina quente, com boa persistência, sem amargor. Vinhos simples, fácil de beber, suculento e equilibrado. Avaliação: Muito Bom

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José de Souza 2012 – Vinho Regional Alentejano, 13,5% álcool, lote de Grand Noir (48%), Trincadeira (32%) e Aragonês (20%) – Preço: R$ 113,00 – este é o primeiro vinho produzido pela JMF no Alentejo, na Herdade do Monte da Ribeira, Estrada para Monsaraz, em 72 hectares de vinhas. Ali estão plantadas as variedades tintas Trincadeira, Aragonês e Grand Noir. Análise organoléptica: vermelho-rubi violáceo quase púrpura. No nariz sente-se uma leve nota de ameixas e amoras sobre um fundo levemente tostado (nove meses de amadurecimento em barricas de carvalho americano e francês). Na boca sente-se o vigor dos taninos jovens, frutas negras (ameixas e amoras novamente) e madeira em integração, acidez gastronômica e um final seco e persistente. Avaliação: Muito Bom

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José de Souza Mayor Vinho Regional Alentejano 2012 – Álcool: 14% – Preço: R$ 213,00 – lote das uvas Grand Noir (proporção de 54%, variedade criada por Henry Bouschet, cruzamento das uvas Aramont e Petit Bouschet, sua expressão máxima no Alentejo é atingida nas regiões da Vidigueira e de Portalegre), Trincadeira (24%) e Aragonês (22%) – Elaborado com uvas pisadas em lagar e fermentadas em ânforas de barro, amadureceu em barricas novas de carvalho francês durante nove meses e foi engarrafado sem filtração. Domingos explicou didaticamente o papel de cada variedade no corte: a Aragonês tem forte impacto no paladar, a Trincadeira confere estrutura e a Grand Noir aporta acidez. Análise organoléptica: vermelho-rubi com reflexo violáceo. Aberto nos aromas com notas predominantemente balsâmicas e frutadas sobre um discreto tostado. Na boca o seu perfil é moderno, com taninos macios que lhe conferem invulgar elegância. De grande concentração, é um tinto poderoso de acidez elevada que chama a atenção por estar em harmonia com a fruta, álcool, madeira resultando num conjunto equilibrado. Avaliação: Excelente +

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“J” de José de Souza VR Alentejano 2011– álcool: 14,4% – Variedades: Grand Noir (60%), Touriga Francesa (28%) e Touriga Nacional (12%) – Preço: R$ 343,20 –As uvas oriundas de um talhão de apenas 1,2 hectares foram colhidas manualmente. Parte da fermentação é feita em lagares. A outra parte da fermentação decorre durante oito dias em ânforas de barro, seguido de duas semanas de contacto pelicular. O vinho amadureceu catorze meses em barricas de carvalho francês novo. Foi engarrafado sem ser filtrado ou estabilizado pelo frio. Análise organoléptica: Mais intenso e profundo na cor do que o vinho anterior. Aromas complexos de frutas negras, tâmaras, chocolate tipo “Nougat”, tabaco sobre um fundo balsâmico. Na boca confirmou os aromas elegantes com taninos presentes de textura fina, aveludados e sedosos. A fruta aqui está profusamente presente e exerce o papel central, coadjuvada por madeira (barrica francesa – Taransaud, 14 meses, primeiro uso) de ótima qualidade. O estilo é clássico, com acento moderno mas bem longe do estilo “arrasa quarteirão”, eis que apresentou equilíbrio de todos seus componentes. Praticamente sem arestas, de bom frescor, profundo e persistente, promete evoluir positivamente na garrafa nos próximos dez anos, ou mais eis que a safra 2011 foi espetacular no Alentejo!  Avaliação:  Excelente++

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