No último dia 20 de setembro, a CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, organismo que certifica e promove os Vinhos do Alentejo, promoveu na Cidade de São Paulo uma degustação com mais de vinte vinícolas, que aproveitaram o momento para dar a conhecer as novidades e os rótulos que já se revelam ícones no mercado brasileiro. Além da participação na degustação livre, muitos profissionais, jornalistas, blogueiros e demais entendidos de vinhos também lotaram as degustações comentadas de vinhos alentejanos, conduzidas pelo jornalista brasileiro (RJ) Alexandre Lalas. A seguir, os vinhos Alento do produtor Luis Louro, importados por Magnum, tel. 41 3019 6213, apresentados por Aluisio Katchasnovski.
Após seis anos de experiência na Quinta do Mouro com seu pai e de um intenso estágio de quatro anos em Sonoma County, na Califórnia (EUA), Luís Louro, então formado em Enologia, decidiu que era hora de elaborar os seus próprios vinhos. Desse sonho nascia a Adega do Monte Branco, em Estremoz, cidade Alentejana onde se situa a maior concentração de produtores de vinho de Portugal. O objetivo de Luís Louro era elaborar vinhos de castas majoritariamente portuguesas, tendo como valores essenciais a modernidade, a qualidade e o preço.
Construída em 2006, a adega conta com a mais moderna tecnologia e arquitetura e tem capacidade para produzir 200 mil litros de vinhos. Os 25 hectares de vinhas estão plantados em dois tipos de solo, graníticos e calcários, pelos quais se distribuem as castas tintas Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Merlot, Syrah, Cabernet Sauvignon e as brancas Roupeiro, Fernão Pires, Arinto e Antão Vaz.
Luís Louro assumiu a responsabilidade técnica sobre todo o processo, da produção da uva à elaboração do vinho, para assegurar que eles possuam personalidade marcante e caráter distinto. Desse modo, quem degusta não tarda a associar o paladar à região e ao produtor.
Degustação –
Alento branco 2015 – Variedades: Roupeiro, Fernão Pires e Bical – Palha brilhante, aromas perfumados com notas de pêssego e maçã verde. No paladar é um branco consistente, com notas cítricas. Alegre, vivaz, fresco, bem elaborado, tudo equilibrado. Para ser bebido já.
Alento rosé 2015 – Variedades: Aragonês e Touriga Nacional – cor na transição para casca de cebola, bem ao estilo provençal. Nariz ostentando boa fruta, fresco, empolgante. Cumpre aquilo que se propõe: ser um vinho descomplicado e hamronioso, sem amargor ou doçura em excesso. Deve crescer à mesa com saladas, massas ou culinária tay.
Alento branco Reserva 2014 – Variedades: Antão Vaz e Arinto – Álcool: 12,5% – aqui as notas de madeira tostada dão suporte à fruta dando-lhe vida e movimento. Cítrico, o frescor impõem-se na boca, com delicadeza e elegância, num branco elegante e refinado, com leves pinceladas minerais ao lado de frutas de caroço. Longo, volumoso, tem um final animador e convidativo.
Alento tinto 2013 – Variedades: Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Nacional – vermelho escuro, profundo, intenso e envolvente, lembrando frutas maceradas em álcool, pimenta-do-reino e tons florais. Na boca a boa estrutura de taninos logo se impõe, formando um perfil fresco e concentrado. Enfim, um vinho bem elaborado que deve se destacar à mesa. Além disso, tem a favor de si sua relação preço-qualidade.
Alento Reserva 2012 – Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Syrah – Álcool: 14% – escurão e profundo na cor, exibiu uma paleta de aromas digno de um bom reserva alentejano: ameixa, amora e framboesa coadjuvadas por baunilha sobre uma notinha defumada. Tudo entrelaçado harmonicamente. Álcool generoso sem incomodar, grande profundidade gustativa e acidez perfeitamente integrada, taninos presentes, final firme de grande persistência. Um ano de estágio em barricas novas de carvalho francês. O conjunto é de grande nível para sua categoria.
