Austrália

Algumas das mais antigas vinhas da Austrália estão na “South Australia”, particularmente em Barossa Valley e McLaren Valley, onde há muitos vinhedos centenários. As vinhas daqui, remontando a 1840, têm uma aparência notável, com tronco grosso, exemplares nodosos, que rendem pouco por pé e, característicamente fazem vinhos soberbos. Ninguém sabe exatamente por que vinhas velhas produzem vinhos excepcionais, embora depois de tanto tempo no solo os sistemas extensivos de raízes e o baixo rendimento natural das uvas podem significar que as vinhas atingiram um estado de equilíbrio natural. Parece também que os vinhedos que conseguem ficar tão velhos apresentam melhor desempenho. Fonte: O Grande Livro dos Vinhos – 1a. Edição – Publifolha – 2012

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O Wakefield é um corte bastante comum na Austrália: Shiraz e Cabernet. Só que infelizmente, ao contrário do que verificamos com alguns blends de CS e Malbec (Argentina) e CS e Carménère (Chile), o resultado foi um vinho sem personalidade, sem a “pegada” típica de alguns vinhos daquele distante país. Enfim, seu gosto neutro não entusiasmou nada.

Degustação – 

Wakefield “Promised Land” Cabernet-Shiraz South Australia 2010 – álcool: 13,5% – preço médio: R$ 70 – importador: Casa Flora – Vermelho-rubi de média concentração. Perfil aromático unidimensional com uma discreta nota herbácea e mais nada. No paladar taninos macios, corpo magro, álcool integrado e fruta escassa. Acidez baixa que também concorre para o desequilíbrio do conjunto. Direto, franco, sem demonstrar a exata dimensão da feliz parceria dessas duas variedades na Austrália, seu fim-de-boca é curto, neutro, sem amargor. Enfim, um vinho sem personalidade, sem maiores atrativos. Avaliação: 84/100 pts.  

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