Situada ao norte das zonas de Barolo/Barbaresco, no sopé dos Alpes perto de Lago Maggiore, a zona de produção do tinto Gattinara (elevada à DOC em 1990) ocupa apenas 120 hectares no município homônimo de Gattinara, no Piemonte. Esses 120 hectares pertencem a cerca de 100 proprietários, dos quais apenas 15 engarrafam seus próprios vinhos. Em 1920, Clemente Travaglini fundou sua vinícola em Gattinara. A cantina possui 55 dos pouco mais de 100 hectares disponíveis desta minúscula denominação e produz manualmente os seus vinhos, que são de grande expressão, força e elegância. Essa denominação possui três grandes crus: Osso San Grato, San Francesco e Castelle. Fontes: World Wine e Luis Tomás Melgar Gil

 

A onipresente variedade piemontesa Nebbiolo, aqui chamada de Spanna, é a majoritária e são permitidas pequenas proporções de Vespolina e Bonarda di Gattinara. Obtém-se anualmente uma produção de 4,6 mil hectolitros de um vinho tinto grená alaranjado, seco, com fundo amargo que desprende um aroma de violetas quando envelhece. Deve ter, ao menos 12,5% de álcool e 5,5 gramas de acidez por litro. Já o Gattinara Reserva (Riserva) tem que superar 13% de teor alcoólico. Fonte – A Enciclopédia do Vinho – Luis Tomás Melgar Gil – Ediouro

Vinhedos de Spanna (Nebbiolo), ao fundo a cidade de Gattinara
Vinhedos de Spanna (Nebbiolo), ao fundo a cidade de Gattinara – Imagem extraída do facebook

Degustação –

Travaglini Gattinara DOCG TreVigne 2005 – Álcool: 13,5% – Região: Piemonte/Gattinara – Importador: World Wine – Preço médio: R$ 389,00 – Após a colheita, as uvas passam pelo processo de vinificação tradicional em tanques de aço inox com temperatura controlada por cerca de quinze dias. Em seguida tem afinamento de 40 meses em barricas de carvalho, sendo 30 meses em carvalho da Eslavônia;  20% por 10 meses em pequenas barricas de carvalho (o produtor não menciona a origem), e, finalmente, mais oito meses na garrafa antes de ser comercializado. O microclima particular, as diferentes altitudes, a composição do solo e do trabalho do viticultor dão origem a este TreVigne, o resultado da seleção de uvas Nebbiolo a partir de três vinhedos “storici”. Last but not least, as colinas de Gattinara têm a mesma composição mineralógica dos Alpes: rochas de granito, pórfiro, quartzos e minerais de ferro, de cor avermelhada típica das rochas locais. Análise organoléptica: vermelho-rubi com reflexo granada brilhante. Ricos aromas de violetas, couro, tabaco sobre especiarias. Na boca sua entrada revelou um vinho tânico (ótima qualidade), álcool integrado, um pouco austero, rico, pleno de acidez e de nítido acento mineral. Um tinto que sempre premia quem tem paciência de aguardar sua evolução na garrafa e aqui não foi diferente: foi aberto no seu melhor momento. O final é bem acabado, longo, seco, sobretudo de longa persistência. Um grande tinto piemontês, eclipsado por Barolos e Barbarescos é verdade,  mas não merecia custar tão caro no Brasil! Avaliação: 91/100 pts.+

Em 1920, Clemente Travaglini fundou sua vinícola em Gattinara, região alpina do Piemonte próxima ao Laggo Maggiore. A cantina possui 55 dos 90 hectares disponíveis desta minúscula denominação e produz manualmente os seus vinhos, que são de grande expressão, força e elegância. Fonte: World Wine
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