Renato Ratti seguiu uma tradição italiana diferente: deixou seu país assolado pela depressão econômica em 1955 para ir atrás de emprego em outro país. E, conseguiu um aos 21 anos no Brasil, fazendo vermute Cinzano. Ele passou cerca de 10 anos aprendendo sobre o vinho Sul-americano, que era a base para fazer vermute. Aos 31 anos decidiu voltar para casa e fazer um trabalho melhor com Barolo do que seus antigos vizinhos faziam.
Quando Renato voltou, um dia estava dirigindo em torno da área, quando avistou uma abadia do século 13 em uma região pouco desenvolvida. “Ele pensou que, se os monges construíram a abadia, deveria ser um local agradável”, disse Pietro. Ele comprou um pequeno lote de terra em Marcenasco, que era um vinhedo logo abaixo da Abadia de l’Annunziata (Nossa Senhora da Anunciação em La Morra) que pertencia há um homem velho que morava ao lado e alugou a abadia fazer seu vinho.
A primeira inovação de Renato foi fazer um Barolo de “vinhedo único”. Isto porque todos os Barolos até então eram elaborados com uvas de vinhedos misturados.
Fonte: http://blog.wblakegray.com/2011/06/renato-ratti-and-single-vineyard-barolo.html
Degustação –
Renato Ratti Barolo “Marcenasco” 2007 – Álcool: 14,5% – Região: La Morra/Piemonte – Importador: Expand – preço atual: R$ 575,19 (2012) – Marcenasco resulta da mistura de uvas de vinhedos diferentes. Na taça um Barolo granada límpido, brilhante, mostra um aroma floral persistente, com reminiscências de especiarias, tabaco, muito chocolate e humus. Amadurece um ano em barricas de carvalho francês e um ano em grandes tonéis de madeira da Eslavônia, além de um ano de afinamento em garrafa. O resultado é um vinho surpreendentemente complexo, elegante, encorpado, volumoso e longevo. Seus taninos – finíssimos – inundam e acariciam o paladar. Sua acidez é simplesmente perfeita sendo um dos pilares de sustentação deste vinho mítico. Exibiu uma ponta de álcool que não chegou a desequilibrar o conjunto. Seu sabor é delicioso, sem a mineralidade/austeridade cansativa de alguns Barolos. Delicado, potente, sem denunciar o peso de dez anos eis que exibiu alguma fruta madura. Consabidamente os vinhos Renato Ratti são abordáveis já na juventude, mas também são de longa guarda. Este Marcenasco impressionou pela persistência, daqueles que insistem em permanecer no palato, de tão longo que é! Avaliação: 94/100 pts.+