Em 1864, Eloy Lecanda fundou a vinícola que simboliza a lenda dourada de vinho tinto espanhol. Ao longo de sua longa história tem pertencido a diferentes proprietários, mas manteve uma personalidade inquestionável, elaborando vinhos concentrados, maduros, generosos e extremamente elegantes. O estágio atual começou em 1982, quando El Enebro SA, uma empresa detida pela família Mezquíriz Álvarez, adquiriu a vinícola e os vinhedos do empresário venezuelano Miguel Neumann. A partir desse ano, a família de David Álvarez e seus filhos Pablo, Jesús David, María José, Emilio, Juan Carlos, Elvira e Marta, desenvolveram uma política de harmonização das correntes inovadoras exigidas pelo setor do vinho com o processo de vinificação tradicional. A área das vinhas foi ampliada e as antigas videiras de quase meio século de idade foram replantadas, isto é, o processo de modernização atinge tanto o interior como o exterior da bodega.

Vega

Sobre o Valbuena

O tinto Valbuena tem um amadurecimento mais curto que o Vega-Sicilia Único. Trata-se  de um vinho que procede de vinhas algo mais jovens e, em sua composição, se encontra majoritariamente Tempranillo e mais Merlot do que Cabernet Sauvignon. Tem de se irmão maior a cor cereja granada com reflexo alaranjado, a expressão etérea de sua graduação alcoólica e o acento de sua excelente evolução oxidativa, fruto de um carvalho bem curtido, traço característico dos tintos Vega-Sicilia. De sua própria personalidade destaca a tipicidade  de suas variedades, com um matiz de fruto vermelho maduro. Em boca, tem uma estrutura mais delgada que o Vega-Sicilia Único mas com a complexidade da associação vinosa-frutada.

Vega

 

O Valbuena 2007 foi degustado ao lado de vinhos de alta qualidade
O Valbuena 2007 foi degustado ao lado de vinhos de alta qualidade

Degustação –

Valbuena 5° ano 2007 – álcool: 13% – região: Ribera del Duero – variedades: Tempranillo (predominante), Merlot (+) e Cabernet Sauvignon (-) importador: Mistral – preço: US$ 425,00 (catálogo outono/2014) – nos EUA US$ 129,97 (Total Wines – safra 2011) – vermelho-rubi intenso, profundo, com discreto halo granada em formação. Aromas medianamente intensos todavia muito complexos com notas de especiarias, alcatrão, fruta madura (ameixa), toffee, sobre um fundo madeirado. Toda essa complexidade foi confirmada no palato, onde a quantidade dos taninos de excelente qualidade chamam atenção. Acidez salivante. Enfim, um vinho equilibrado, concentrado, com toda sua estrutura calcada na fruta e na madeira de maneira racional. Outra qualidade é o seu frescor e a sensação aveludada que provoca no palato. Evidentemente, estamos diante de um vinho de longa guarda, que retribui aqueles dotados da virtude da paciência de esperar. Longo, persistente, deixa uma nota de chocolate no fim-de-boca. Avaliação: 95/100 pts.++

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