A família Torres dedica-se à viticultura desde o século XVII e fundou a própria empresa em 1870. Possui hoje 1.700 hectares de vinhedos na Cataluña e é a maior vinícola do país, entregando ao mercado 35 milhões de litros de vinhos por ano. A casa é bastante conhecida dos brasileiros, que há muito se habituaram a rótulos como Coronas, Gran Coronas, Sangre de Toro, Viña Sol. Miguel Agustin Torres, formado em enologia na França, começou a trabalhar na empresa em 1961 e assumiu definitivamente o lugar do pai, Miguel Torres Carbó, em 1991. Representando a quarta geração da família, foi ele quem comandou a ampliação dos negócios na Espanha, há alguns anos, com novas vinhas em Ribera del Duero, no Priorato, Toro e Jumilla. Além disso, em 1994 comprou a vinícola de Jean Leon, mais em homenagem ao amigo espanhol que fez sucesso com um restaurante em Los Angeles, nos Estados Unidos, com quem mantinha amistosa rivalidade. Jean Leon foi o primeiro a plantar Cabernet Sauvignon no Penedés, logo seguido por Miguel Torres (texto extraído do portal Winexperts – 24.11.1996).

2017-07-23 15.51.00

Informações do contra-rótulo

”Há mais de 3 décadas atrás, nasceu na Espanha, um vinho misterioso. Seu rótulo: preto. Sua garrafa: Borgonhesa. Sua variedade: Cabernet Sauvignon. Muito poucos acreditavam no projeto. Certamente ninguém poderia esperar que em 1979 triunfasse numa degustação às cegas em Paris (Olimpíadas do vinho), contra os vinhos mais afamados no mundo. Esse foi o começo de uma nova era. O momento em que nós paramos de sonhar, para começar a caminhar, ano após ano, safra após safra”.

O Mas La Plana foi degustado entre vinhos de diversas procedência e se destacou.
O Mas La Plana foi degustado entre vinhos de diversas procedência e se destacou.

Degustação –

Torres Mas La Plana Cabernet Sauvignon 2005 – 14% álcool – Penedès/Catalunha – preço médio R$ 495 (2012) –Importador: Devinum – Originário de vinhas velhas, de mais de 50 anos, elaborado com uvas da finca Mas La Plana (39 hectares) plantadas na década de 1970, no Penedés. As uvas procedem de três parcelas: Torreta, Plana y Teula. Amadurecido em barrica de carvalho francês nova (Tronçais e Nevers) durante dezoito meses. É um dos principais expoentes de Cabernet Sauvignon no mundo, uma vez que sagrou-se campeão da “Olimpíada Mundial do Vinho” organizada pela revista Gault-Millau em Paris, com pontuação superior a vinhos como Château Latour e Château Haut-Brion; em 1990  o mesmo  Gran Coronas Etiqueta Negra (atual Mas La Plana), desta vez da safra 1971, conseguiu pontuação superior a de vários Primeiros Cru do Medóc. Análise organoléptica: exibiu cor vermelho-rubi com reflexo violáceo e leve halo granada em formação. Aromas complexos e intensos para um vinho de doze anos com notas de cassis, amoras sobre um fundo de madeira nobre (cedro) com ampla sustentação na taça. Na boca é um vinho sedoso, encorpado, de taninos polidos, com a fruta ainda presente e uma boa dose de especiarias. Equilibrado e com tudo rigorosamente no sítio certo, termina longo e no retrogosto deixa uma nota tostada. Amadureceu 15 meses em carvalho de origem não divulgada. Degustado pela primeira vez em 15.07.2009, pela segunda vez em 31.03.2010 e agora, apresentou excelente evolução na garrafa e vai evoluir bem nos próximos cinco anos, desde que convenientemente armazenado, eis que para este tinto o tempo praticamente não passou! Avaliação: 93/100 pts.+

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