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No último dia 17 de agosto, o Restaurante Dell’Arte em parceria com a importadora Wine Lovers, realizou jantar harmonizado com vinhos orgânicos Alentejanos (Portugal) Bojador. Houve a presença do Enólogo português Pedro Ribeiro e da Restauranteur Érica Maieira, entre outros. Cerca de mais de cinquenta comensais participaram do evento, no qual foram degustados os seguintes vinhos:

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Bojador Vinho Regional Alentejano branco 2015 – Álcool: 12% – Preço: R$ 79,50 – Variedades: Antão Vaz e Arinto – Palha claro com reflexo esverdeado brilhante. Aromas complexos: tons florais e frutas de caroço dominam o conjunto. No paladar verificamos a subscrição das sensações olfativas. Muita maciez ao lado de seu gostoso frescor. Corpo médio. Fino, untuoso, termina com boa persistência, sem amargor. Cresceu à mesa. Avaliação: 89/100 pts.

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Bojador Vinho Regional Alentejano Rosé 2015 – Álcool: 12% – Preço: R$ 79,50 – Variedades: Touriga Nacional e Aragonez – rosé de tonalidade salmão brilhante, perfil aromático unidimensional com alguma reminiscência de frutas vermelhas. No paladar corpo médio/leve, razoável frescor num perfil de ligeira mineralidade e a sua maciez dá vida ao conjunto. Final suave, mineral, sem amargor. Avaliação: 86-87/100 pts.

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Bojador Vinho Regional Alentejano 2015 – Álcool: 14% – Preço: R$ 79,50 – Variedades: Aragonez (50%), Touriga Nacional (30%) e Tinta Roriz (20%) – violáceo com reflexo púrpura a denunciar juventude. Aromas complexos – notas florais, frutas negras, especiariais sobre ligeiro defumado. No paladar verificamos a subscrição das sensações olfativas. Taninos macios, acidez média, mas este vinho ressente-se um pouco da “pegada” típica dos tintos alentejanos. Deixa no retrogosto uma nota frutada. Avaliação: 88/100 pts.

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Bojador Vinho Regional Alentejano Reserva 2015 – Álcool: 14% – Preço: R$ 119,00 – Variedades: Alicante Bouschet (60%), Touriga Nacional (30%) e Aragonez (10%) – quase retinto na cor de grande profundidade, este potente tinto Alentejano exibiu aromas sérios com notas de frutas em compota, tabaco, grafite, humus com ampla sustentação na taça. No paladar a sua entrada revelou um vinho de grande envergadura, de taninos opulentos mas ao mesmo tempo gentis conferindo a pegada típica dos tintos dessa importante região produtora de Portugal. A inclusão da variedade Alicante Bouschet certamente faz a diferença no corte. A madeira está bem integrada e permite a livre expressão da fruta. As especiarias também estão presentes e, provavelmente são provenientes do estágio em barrica. Final longo e persistente, com o frescor (acidez) promovendo uma sensação agradável, a convidar o degustador ao próximo gole. Detentor de inequívoca relação preço-qualidade, ainda mais por se tratar de vinho orgânico, sabidamente de preço mais elevado que os demais. Avaliação: 90/100 pts.

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Enólogo Pedro Ribeiro
Enólogo Pedro Ribeiro

Os vinhos acima descritos foram harmonizados respectivamente com os seguintes pratos do Dell’Arte Ristorante:

Pastelzinho misto –

Creme de batata doce com hortelã e lascas de bacalhau –

Tortelli de alheira com cebolas caramelizadas e maçã verde e molho leve –

Costeleta de cordeiro com risoto de açafrão – 

Sobremesa: panacota com calda de vinho do Porto

 

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Abaixo os dois destaques da degustação –

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Bojador Vinho Regional Alentejano branco 2015 – Álcool: 12% – Variedades: Antão Vaz (50%), Arinto (30%) e Alvarinho (20%) – Avaliação: 89/100 pts.

 

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Deliciosa costeleta de cordeiro com risoto de açafrão do restaurante Dell’Arte

 

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Bojador Reserva 2015 – Álcool: 14% – Variedades: Alicante Bouschet (60%), Touriga Nacional (30%) e Aragonez (10%) – Avaliação: 90/100 pts.

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Conclusão –

De fato o jantar harmonizado foi exitoso, não só pela qualidade dos pratos servidos bem como no acerto das harmonizações. O Enólogo Pedro Ribeiro serviu os vinhos por si produzidos aos comensais. O atendimento transcorreu normalmente assim como o serviço do vinho, eis que havia garçons suficientes para tanto. O conforto do Dell’Arte Ristorant é amplo porque existe um espaço entre as mesas bem superior à média dos restaurantes paulistanos. E, o principal: não faltou vinho para ninguém, que, aliás, tiveram sua precificação dada corretamente pelo importador. É sempre bom destacar que os vinhos orgânicos, em razão de seu método específico de produção, são sempre mais caros que os vinhos convencionais. E, nem sempre a qualidade é superior. Todavia, não foi o que aconteceu com os vinhos Bojador, que justificaram a fama. Segundo Pedro Ribeiro: “A Espaço Rural materializa um sonho antigo – transformar em vinho o amor profundo que tenho pelo Alentejo. E escolhi a Vidigueira para o fazer. É aqui, neste lugar único, com uma tradição milenar de dedicação à vinha e ao vinho, que faço os meus vinhos. Vinhos que quero que transportem a alma do Baixo Alentejo. Produzidos a partir de vinhas velhas selecionadas e acompanhadas por mim. Vinhos minerais, frescos, elegantes, emotivos e autênticos! Toda a produção é em regime biológico e a vinificação é feita com intervenção mínima”.

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