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No dia 18 de outubro, a Vinícola Peterlongo, que passa por um amplo processo de retomada, ofereceu almoço harmonizado com espumantes e vinhos por si produzidos aos formadores de opinião de São Paulo. Destaco que desde 2015, ano de seu centenário, a empresa que elaborou o primeiro espumante brasileiro em 1913 e, a partir daí, deu início à história da bebida no país, vem colocando em prático um ambicioso projeto de reposicionamento da marca. Um dos pesados investimentos foi a contratação, no ano passado, do enólogo francês, Pascal Marty, que já liderou projetos ícones como Almaviva e Opus One. Os primeiros resultados começam a aparecer na taça e pudemos comprovar essa afirmação. A seguir a descrição e avaliação dos vinhos degustados, na presença de Luiz Carlos Sella (proprietário), Pascal Marty (enólogo) e Lucinara Masiero (Assessora de Imprensa) :

 

Presence Moscatel

Espumante Moscatel Presence Peterlongo – elaborado sob a supervisão de Pascal Marty, aqui tivemos mais uma vez a confirmação do nível de excelência dos moscatéis nacionais. Elaborado pelo método Asti, com leveduras selecionadas e controle de fermentação, revelou-se equilibrado e prazeroso. Análise organoléptica: palha claro brilhante. Perlage adequada. Borbulhas pequenas em profusão. Nos aromas boa complexidade com tons florais sobre uma nota de mel. Na boca a sua entrada revelou um espumante macio, de corpo médio, acidez correta proporcionando um gostoso frescor. Sente-se uma notinha de açúcar residual que não tem o condão de macular o conjunto como um todo, equilibrado, suave e sem amargor. Avaliação: 88-89/100 pts.

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Espumante Peterlongo Privilege Brut – Variedades: Pinot Noir e Chardonnay – Preço na vinícola: R$ 75,90 – elaborado pelo método Champenoise (18 meses de autólise), na flûte exibiu cor amarelo ouro brilhante. Borbulhas finas e delicadas. Ao nariz, aromas de pão tostado, brioche, fermento sobre uma ponta de mel. Pleno em boca, com bom volume, macio, fresco e de sabor agradável com doçura na medida certa. Possui borbulhas pequenas e numerosas que se movimentam com distinção pela flûte. O fim-de-boca é limpo, sem amargor, bastante persistente. Avaliação: 90/100 pts.

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Terra Sauvignon Blanc 2016 – Álcool: 12,5% – Região: Vale Central (85% Curicó e 15% Leyda) – Preço: R$ 35 – apenas 3600 garrafas produzidas deste Sauvignon Blanc de cor límpida, translúcida e brilhante. Os aromas são os típicos dessa variedade com notas de pimenta branca, toques vegetais (arruda) sobre uma ponta de frutas tropicais. A boca subscreveu os aromas. Análise Avaliação: 88/100 pts.

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Terra Carménère 2015 – Álcool: 12,5% – Região: Vale Central (Maule/Pencahue) – Preço: R$ 35 – apenas 4000 garrafas produzidas deste Carménère sem passagem por barrica. na taça um tinto de cor intensa, muito amigável nos aromas, sem notas herbáceas e com uma boa participação de frutas negras (ameixa). Na boca é macio com taninos redondos, álcool integrado, fruta evidente e um fim-de-boca harmonioso, de média persistência. Avaliação: 88/100 pts.

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Armando Memória Merlot 2015 – aqui as uvas são cultivadas em Encruzilhada do Sul (Serra do Sudeste). Na taça um tinto de cor vermelho-rubi de média intensidade. Aroma frutado com notas de cerejas, ameixas e especiarias. Na boca, taninos macios a confirmar a tipicidade da variedade por conta da fruta, boa qualidade dos taninos e equilíbrio do conjunto. Medianamente persistente, termina harmônico. Avaliação: 88-89/100 pts.

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Marco Merguizzo, Álvaro Galvão, Pascal Marty, este redator e Luis Carlos Sella  – Peterlongo
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