Por Eduardo Morya –

No mês de setembro desembarcaram em São Paulo os representantes da Bodega Piedra Negra, Sr. Simon Debrach e Sr. Thibault Lepoutre, para divulgar os vinhos e manter contatos para futuras importações. A Bodega Piedra Negra pertence ao Grupo Lurton, que elabora vinhos na Europa e na América do Sul.
Na América do Sul o Grupo produz vinhos no Chile e na Argentina, local em que esta estabelecida a Bodega Piedra Negra, com plantios próprios na Finca Chacayes, em Vista Flores, no Valle de Uco, Mendoza.
Para elaborar seus vinhos varietais ou cortes, brancos, roses e tintos, também utiliza uvas de produtores da IG e de outras regiões.
A Finca esta localizada na IG Los Chacayes, que forneceu identidade aos vinhos da Bodega e agregou atributos ao terroir, variedades e vinhos.
Os plantios próprios (IG) são estabelecidos em terras altas (1.100 m a.n.m.) aos pés da Cordilheira, em solos pobres, pedregosos, bem drenados, com clima semidesértico e de grande amplitude térmica, fatores que permitem uma boa condução técnica das videiras e maturação das uvas.
Sete rótulos fazem parte da gama de produtos da Bodega e na prova, todos mostraram grande qualidade. Vamos relatar a prova da linha Gran Lurton (branco e tinto), vinhos com muita expressão aromática e saborosos:

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Gran Lurton Los Chacayes Corte Friulano 2017 – branco seco – Corte composto de Tocai (70%), Sauvignon Blanc (16%), Chardonnay (7%) e Viognier (7%) – o corte é alterado conforme a safra, porém sempre com 70-80% de Tocai e a Chardonnay é proveniente de Gualtallary. O mosto fermenta em madeira, realiza fermentação maloláctica parcial e somente a Tocai estagia em carvalho francês por nove meses. Possui cor amarela, com reflexos esverdeados, boa intensidade aromática com cítricos, notas de herbáceos e baunilha, remetendo a integração entre o vinho e a madeira. Na boca é equilibrado, com boa acidez (fresco), amplo e final untuoso.

 

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Gran Lurton Corte Argentino 2103 – tinto seco – Blend de Cabernet Sauvignon (85%) e Malbec (15%) – A fermentação maloláctica é realizada em barricas e tem estagio de doze meses em barricas francesas (50% novas e 50% de segundo uso). Possui cor rubi, aromas complexos de frutas vermelhas maduras e madeira bem trabalhada, lembrando especiarias, tostados, baunilha e toques de café. Na boca revela boa estrutura, taninos maduros, volume, notas de frutas e final longo. Dois vinhos de esmerada produção e em breve devem estar no Brasil.

O Enófilo Eduardo Morya participa da Confraria Esvaziando a Adega – Blogdojeriel.jpg
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