No dia 28 de setembro de 2018, os participantes da Confraria Esvaziando a Adega reuniram-se para degustar os vinhos abaixo descritos e avaliados – Vertical de Quinta Vale D. Maria DOC Douro. A seguir a ordem das preferências dos degustadores, destacando que a prova transcorreu às cegas, no Rubayat Faria Lima, com o serviço do vinho do Sommelier Moraes como destaque. Dela participaram, além deste redator, os confrades José Luiz, Melissa, Lucas, Clóvis e Eduardo Norya. Antes da vertical foi degustado o excelente branco chileno Ritual Sauvignon Blanc 2015:

Ritual Sauvignon Blanc 2015 – Álcool: 14% – Região: Vale de Casablanca – garrafa trazida do Chile pelo Eduardo – palha claro quase translúcido. Aromas abertos e complexos com um frutado vibrante,  prevalecendo notas cítricas a confirmar sua ótima tipicidade. Na boca um vinho que se destaca por seu volume, densidade e frescor, com boa fruta: maracujá, maçã verde e acento mineral. Final limpo, de grande persistência emoldurado por um toque vegetal bem típico da variedade. Avaliação: 90/100 pts.

Champagne Pierre Mairet Brut Nature – Blogdojeriel.jpg

Champagne Brut Nature Pierre Mairet – Álcool: 12% – coloração evoluída exibindo tonalidade na transição para dourado brilhante, mousse viva, perlage rico, mostrou-se potente e cheio de vida com notas cremosas no paladar sobre um fundo cítrico, mel e especiarias com boa evolução na taça. Aromas típicos – leveduras e um toque oxidado que lhe dá complexidade e personalidade. Um champagne elegante de boa evolução na garrafa, estilo tostado, deixando uma gostosa nota amendoada no retrogosto. Tem delicadeza e profundidade. Avaliação: 91/100 pts.

Vertical de Quinta Vale D. Maria na ordem das preferências dos degustadores safras: 2006, 2002, 2010 e 2007 – Blogdojeriel.jpg

 

O exemplar da safra 2006 ficou em 1° lugar. Pontuação: 17/20 pts. Revista de Vinhos

Ranking da degustação:
4° lugar – Quinta Vale D. Maria DOC Douro 2007 – ficou em último lugar sem dar sinais de decadência. Aromas convidativos – licor de cassis, frutas negras em compota, taninos macios e um final persistente, pedindo mais algum tempo de garrafa.

3° lugar – Quinta Vale D. Maria DOC Douro 2010 – aqui o fator tempo irá fazer a diferença daqui alguns anos. O mais jovem da degustação não decepcionou. Apenas reforçou a máxima de que “quanto mais velho melhor” tem plena aplicação aos vinhos dessa reputada quinta. Recebeu 93 Pontos – Robert Parker’s Wine Advocate. Fechado nos aromas, taninos de boa qualidade, acidez promovendo o frescor do conjunto. Termina longo.

2° lugar – Quinta Vale D. Maria DOC Douro 2002 – cor evoluída com ligeira turbidez, aromas terciários com grafite, tabaco, couro e discretíssimo mentolado. Na boca é um vinho que está no auge da evolução. Taninos sedosos, macios, acidez na medida, álcool integrado, enfim um tinto sem arestas. Persistente, tem um longo retrogosto. Às cegas não entregou sua idade, a não ser pela cor!

1° lugar – Quinta Vale D. Maria DOC Douro 2006 – Álcool: 14,5% – Variedades: Tinta Amarela, Tinta Francisca, Sousão, Touriga Franca, Tinta Roriz e outras variedades típicas do Douro. Na taça um vinho de cor intensa com ligeiro halo granada nas bordas. nariz aberto, sofisticado com licor de cassis, madeira nobre e uma reminiscência de frutas negras. Muito macio na boca em razão dos taninos sedosos, frutas negras e um final longo, persistente, sem dar sinais de cansaço. Impressionou os degustadores por sua elegância e frescor!

O exemplar da safra 2007 obteve a 3a. colocação na degustação às cegas – Blogdojeriel.jpg – Quinta Vale D. Maria
Douro Noval Black – Blogdojeriel.jpg

Noval Black Porto – Álcool: 19,5% – Porto simplesmente espetacular. Retinto na cor,  possui aromas intensos de frutas vermelhas como cereja e amora emolduradas por notas de chocolate, além de paladar encorpado com taninos maduros, macios e de excelente complexidade com final muito longo. Cresceu na harmonização com chocolate. Perfil hedonista com várias camadas de sabor. Avaliação: 93/100 pts.++

Algumas linhas para a Quinta Vale D. Maria –

A Quinta Vale D.Maria tem registro de propriedade datado de 1868 e foi arrendada em 1996, demonstrando potencial extraordinário para produzir vinhos excelentes, tanto Portos quanto vinhos tintos do Douro. Desde 2007, a Quinta pertence, novamente, à Van Zellers & Co, empresa fundada em 1780, também proprietária e arrendatária de outras propriedades. A partir daí, renasceram antigas marcas do Porto Van Zellers e VZ também foram criadas e desenvolvidas as marcas VQPRD Douro (Van Zellers Douro Tinto, Branco e Rosé e VZ Branco), Quinta Vale D. Maria Douro Tinto e Portos Vintage, Reserva e LBV, Casa de Casal de Loivos Douro Tinto e o vinho CV-Curriculum Vitae Douro Tinto. A equipe é composta de viticultores e enólogos reconhecidos em Portugal e no mundo pela busca da harmonia entre o velho e o novo vinho português: Sandra Tavares da Silva, Joana Pinhão, Mariana Brito, Courtney Christie, José Carlos Oliveira e Cristiano Van Zeller. No Douro – as videiras plantadas nas íngremes encostas da Região do Douro são um retrato de uma bela união entre o homem e a natureza!

José Luiz, Melissa, Lucas, Clóvis (em pé), Eduardo e Jeriel – Confraria Esvaziando a Adega
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