A Bacalhôa Vinhos/Portus Importadora promoveram na noite de 29.11.2018, em São Paulo, o lançamento da nova linha Bacalhôa varietais no Emporio Mercantil da Rua dos Pinheiros 1.174, com a presença do enólogo coordenador da Quinta da Bacalhôa, Vasco Penha Garcia. Na oportunidade, os clientes puderam degustar após ouvir suas judiciosas considerações e também adquirir os vinhos com bons descontos. Ainda marcaram presença, pela Portus: Iara Bastos e Gustavo Cunha. Pelo Empório Mercantil: Murilo Cardoso e equipe. A seguir as descrições e avaliações dos vinhos por este redator que dividiu impressões com o Enófilo Eduardo Morya, da Confraria Esvaziando a Adega:

Bacalhôa Verdelho – Blogdojeriel.jpg

Bacalhôa Vinho Regional Península de Setúbal Verdelho 2016 – Álcool: 13% –  A Verdelho, uva autóctone portuguesa dá excelente resultado na Península de Setúbal. Na taça coloração palha brilhante. Aromas abertos com fruta de polpa branca. Acento cítrico que se repete na boca. Equilibrado, macio e fresco, estagiou nas suas borras durante três semanas, o que lhe garantiu alguma untuosidade e um persistente final. Avaliação: 89/100 pts.

Bacalhôa Greco di Tufo – Blogdojeriel.jpg

Bacalhôa Vinho Regional Península de Setúbal Greco di Tufo 2017 – Álcool: 13% – este é um branco inusitado: um equilibrado Greco di Tufo, uva que atinge sua máxima expressão em Nápoles, Itália, segundo salientou o enólogo Vasco Garcia, da Quinta da Bacalhôa. “Trata-se de um exemplar similar a um Orange Wine eis que fermentado com películas à moda ancestral o que lhe confere corpo e capacidade de envelhecimento”, arrematou o enólogo. Vamos ao vinho: palha levemente acobreado. Uma verdadeira paleta de aromas domina esse branco que tem o dedo do milionário português Joe Beraldo, dono da Bacalhôa, que o aprecia muito. Cítrico – muita lima, pêssego sobre um fundo defumado. Na boca subimos mais um degrau. Untuoso, solidamente estruturado, mineral e novamente cítrico, muito refrescante, esse branco exótico vale a experiência porque deve crescer a mesa, notadamente com pratos à base de bacalhau, aves, etc… Avaliação: 90/100 pts.

Bacalhôa Moscatel Roxo – Blog do jeriel.jpg

Bacalhôa Vinho Regional Península de Setúbal Moscatel Roxo Rosé 2017 – Álcool: 13% – essa variedade é encontrada apenas em Setúbal. Produzido com uvas da casta Moscatel Roxo plantadas, em 2003, nas encostas Norte da Serra da Arrábida, em Azeitão, na vinha da Quinta dos Frades. A cor tonalidade casca de cebola já anúncia um rosé equilibrado, cheio de predicados. A fruta doce do nariz encontra contraponto no sabor seco, mineral e volumoso do paladar, marcado pela acidez que te chama para o próximo gole. Termina limpo, fresco, com razoável persistência, fruta e mineralidade. É apontado, com razão, como um dos melhores rosés da Península e Setúbal! Deve crescer à mesa. Avaliação: 89/100 pts.

Bacalhôa Merlot 2014 – Blogdojeriel.jpg

Bacalhôa Vinho Regional Península de Setúbal Merlot 2014 – Álcool: 14% – tinto amadurecido durante 18 meses em barricas novas e usadas de carvalho francês, vinho reconhecidamente de longa guarda. Importa destacar que o Má Partilha deixa de ser produzido assumindo no seu lugar este Merlot menos extraído, menos carregado, com utilização judiciosa da madeira e menos alcoólico. E qual o resultado? Um Merlot fresco, quase guloso, frutado, que respeita o caráter varietal. Parece ter sido concebido para o mercado brasileiro (mas não foi. Na realidade a Bacalhôa tem forte tradição no cultivo de variedades francesas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Chardonnay, etc..), eis que seu estilo chega a lembrar em alguns momentos os (bons) Merlots da Serra Gaúcha. Enfim, beba-o sozinho ou com comida. Para quem gosta da variedade é a escolha certa! Avaliação: 89-90/100 pts.++ 

Bacalhôa Syrah – Blogdojeriel.jpg

Bacalhôa Vinho Regional Península de Setúbal Syrah 2015 – Álcool: 14% – Este Syrah passa a ocupar o espaço do ótimo, clássico mas quase desconhecido “Só Syrah”. Da excelente safra 2015, é da variedade francesa de melhor adaptação ao ambiente português dando bons resultados praticamente em todas regiões e a Península de Setúbal não é exceção. Na taça tem cor intensa, aromas marcados pelas especiarias, fruta em compota sobre um fundo tostado. Na boca a sua entrada revelou um tinto poderoso, de taninos macios, com tudo no lugar certo: álcool, acidez, fruta e madeira. Largo e expansivo, terminou longo sinalizando grande sobrevida na garrafa. Avaliação: 90/100 pts.++

Flagrante da Quinta da Bacalhôa em Portugal
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